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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Mexico City - Mexico | 20:15

- Hola, chicas!

Georg cantarolou algumas palavras em espanhol no microfone que acabará de roubar do vocalista.

Depois de quase quatro horas de voo, aterrizamos na Cidade do México. Fomos recebidos por algumas fãs e alguns paparazzis que já nos aguardavam dentro do aeroporto. E como de costume, os garotos sorriram e deram autógrafos.

Quando chegamos ao hotel em que ficaríamos hospedados, dividimos os quartos igualmente como da última vez, exceto que dessa vez Thomas ficaria comigo, e nos acomodamos. Meu pai e Benjamim estipularam meia hora hora para que cada um de nós se organizasse em seus respectivos quartos e então, após os trinta minutos, teríamos que nos apresentar no hall do hotel para irmos até o local do show, e começar a passagem de som o quanto antes. E aqui estávamos.

- Você quer me devolver esse microfone, idiota? - diz Bill perseguindo o baixista.

- Dame más gasolina! - cantou Georg enquanto corria de um lado para o outro.

- Quer parar com esse seu espanhol fajuto e me dar essa merda! - Bill aumentou o seu tom de voz, ficando vermelho.

- Sei lá o que, la gasolina! - Georg ria e cantarolava enrolando as palavras.

- Os bobões já acabaram? - Gustav arranca o microfone da mão do baixista - Precisamos terminar de ajeitar os instrumentos. Tem gente que não conseguiu afinar as cordas ainda. Não é, Vic?

Reviro os olhos para o baterista que retornava até a sua bateria e volto a dedilhar o meu baixo. Apesar de já saber, mais ou menos, tocar o instrumento, ainda era péssima para afinar as cordas. Na última vez, fiquei dois dias sem tocar o baixo, pois fui obrigada por Georg a tentar afinar as cordas até conseguir.

Respiro fundo ao escutar a risada escandalosa de Thomas vindo dos bastidores e me viro para encarar o italiano risonho.

- Por que não sobe aqui e faz isso você mesmo? - provoco o meu melhor amigo com um sorriso irônico.

O garoto estreita os olhos e passa a língua sobre os dentes.

- Se eu for até aí, te dou uma aula, loirinha!

Solto uma gargalhada alta e nego com a cabeça.

- Quem vai dar aula para quem? - disse Tom se aproximando do palco, segurando duas garrafas de água.

- Não é nada. - dou de ombros - Só estou com dificuldade para afinar as cordas.

Kaulitz ergue as sobrancelhas e assente. Ao me alcançar, ele me entrega uma das suas garrafas e começa a analisar o meu baixo. Tom passa o dedo indicador de uma vez sobre todas as cordas e um som trêmulo, nada agradável, sai do instrumento. Mordo o lábio e ele faz uma careta.

AFFAIR | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora