Victoria De Angelis
Lisbon - Portugal | Jupiter Hotel | 22:30
O elevador se movia lentamente. Os garotos ao meu redor riam de alguma coisa que eu não prestava atenção. Forço os meus olhos através dos três italianos que atrapalhavam a minha visão e foco no nosso empresário. Ele estava em frente às portas do elevador com as mãos enterradas nos bolsos, observando as luzes dos números de andares ligando e desligando, uma por uma.
Mordo o lábio. Minhas mãos suavam.
Eu estava inquieta. A minha mente trabalhava a todo vapor e eu não sabia o que fazer para acalmá-la. Tudo me levava aquele garoto idiota, presunçoso, narcisista, irritante, arrogante, egoista, o própria diabo. Ele era as piores coisas que eu conseguia pensar e mesmo assim me atraia até o inferno. O que ele planejava fazer agora que tinha o meu segredo na palma da mão? Quais eram as suas intenções? Eu não sabia como decifrar Tom Kaulitz. Nunca soube.
Eu estava no limbo e não sabia como sair dele.
As portas do elevador se abrem no terceiro piso, o andar onde ficava o quarto dos garotos. Eles se viram para mim e cada um beija a minha testa, se despedindo. Sorrio para os italianos que saiam do elevador, acenando e sumindo pelo vasto corredor.
Respiro fundo.
Sinto um olhar queimar sobre mim e meus olhos voam até o homem moreno, que agora se encontrava encostado na parede metálica do elevador. Seu maxilar estava travado e seus olhos negros fixados em mim. Benjamin retira as mãos dos bolsos da sua calça social e desvia o olhar para as suas mangas, onde ele começa a abrir as abotoaduras habilidosamente. Ben puxa para cima do antebraço as mangas da sua camisa preta perfeitamente passada, deixando um pedaço visível das suas tatuagens.
As portas se fecham.
- Foda-se. - ele rosnou.
Benjamin aperta o botão de emergência, fazendo o elevador parar de funcionar e ele avança na minha direção.
Rapidamente, Ben me empurra para o outro lado do elevador, me prendendo entre o seu corpo e a parede de espelho, enquanto agarrava os meus pulsos com uma mão e os colocava por cima da minha cabeça. Meu coração estava tão acelerado que eu conseguia senti-lo socar o meu peito, me fazendo arfar bruscamente. Inclino a minha cabeça para olhar em seu rosto e sinto a sua respiração pesada bater contra as minhas bochechas. Seu olhar escuro penetrando no fundo dos meus olhos como raios furiosos. Ele parecia faminto.
- Sabe o quanto você me torturou esses dois dias, Victoria? - Benjamin diz roucamente à um centímetro do meu rosto.
Sua mão livre pousa na lateral da minha coxa, começando a subir suavemente até o cós da minha calça e abrindo o zíper.
- Achei que estivesse chateado comigo. - sussurro.
- Ainda estou. - ele roça os lábios nos meus - Mas se eu ficasse mais um segundo sem tocar em você...
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AFFAIR | Tom Kaulitz
Fanfiction- Você sabe o que dizem. "Se você ama uma pessoa, tem que deixar ela ir, se um dia ela voltar, ela será sempre sua, se não, é porque nunca foi."