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Victoria De Angelis
Los Angeles - Califórnia | De Angelis House
Após entrar no quarto, encosto as minhas costas desnudas na porta e respiro fundo. Fecho os olhos com força ao sentir minha cabeça doer por completo e passo as mãos pelo rosto.
Em um estalo algumas memórias da noite passada e a discussão com Bill dominaram a minha mente.
Eu realmente agi daquele jeito?
Que burrice, Victoria!
Me assusto ao ouvir batidas na porta atrás de mim e por impulso a abro rapidamente me dando a visão de Thomas. Ele estava pronto para falar alguma coisa mas apenas empacou com a boca aberta assim que viu o meu estado.
- Passou um caminhão por cima de você? - debochou segurando o riso.
Reviro os olhos para o italiano e agarro sua camiseta o puxando para dentro do quarto.
- Onde você estava ontem a noite? Como pode me deixar beber tanto? Como pode me deixar nas mãos do Kaulitz?
- Primeiro, eu bebi e dancei a noite toda no The Palace. - mostrou um dedo - Segundo, eu não forcei você a beber. - mostrou dois dedos - Terceiro, você está viva, não está? - finalizou mostrando três dedos e sorrindo irônico.
Bufo irritada começando a distribuir tapas pelos braços de Thomas que grunia de dor a cada batida.
- Você é um péssimo melhor amigo!
Passo as mãos pelos cabelos os puxando para trás por fim me jogando na cama e encarando o teto.
- Essa doeu! - Thomas faz beiço e se deita ao meu lado - Aliás, porque está com a mesma langerie de ontem?
- Longa história. - digo fechando os olhos.
- A noite com Tom foi boa? - indaga malicioso.
- Cala boca, italiano de merda!
Indignada, me levanto da cama em um movimento pegando o travesseiro e pressiono contra o rosto de Thomas que gargalhava descontroladamente.
- A culpa não é minha que você sentou no gêmeo errado! - provocou me fazendo ficar vermelha de raiva.
O garoto segura meus pulsos e agilmente me joga no colchão logo saindo correndo quarto a fora.
Ele me paga!
Me coloco em pé rapidamente para correr atrás de Thomas, mas assim que dou um passo sinto aquela terrível dor de cabeça se intensificar.
Decido ir procurar algum remédio pela casa, talvez na sala ou na cozinha. Saio do quarto atravessando o corredor, porém antes que eu chegasse perto das escadas vejo a porta do escritório do meu pai ser aberta e começo a me aproximar.
- Pai, será que o senhor tem algum...
Paro bruscamente ao perceber que não era o meu pai.
A mulher morena que estava muito próxima do meu pai na noite anterior, me encarava de cima a baixo em um misto de confusão e surpresa. Pressiono os lábios ao reparar em um detalhe bastante importante, ela ainda vestia o mesmo vestido vermelho.
- Você deve ser a Victoria! - sorriu largo.
- Sim. E você é..? - questiono a analisando com certa desconfiança.
- Me chamo Ana! - disse colocando os cabelos para trás dos ombros - Victor me falou muito de você.
- Engraçado, ele nunca me falou sobre você. - sorrio fechado.
Aparentemente meu pai não me conta sobre muita coisa.
Ana parece ter ficado levemente chateada mas, ainda assim, não deixou de sorrir gentil.
- Ah, então... É um prazer finalmente conhecê-la! - diz enclinando a cabeça levemente para o lado - Estou ansiosa para ver você tocando com os meninos!
Confusa, franzi o cenho para a mulher que me encarava com seu olhar meigo.
Quem é ela?
Minha atenção é tirada de Ana quando vejo a porta do escritório ser aberta novamente, meu pai e Ben passam por ela enquanto trocam algumas palavras. Benjamin é o primeiro a notar a minha presença e automaticamente sorri para mim, mas ao chegar mais perto de nós duas ele desce seu olhar e arregala os olhos, tanto que parecia que iriam pular para fora.
- Mas que pouca vergonha é essa, Victoria? - diz o homem loiro incrédulo quando finalmente me encara.
- O que? - desentendida sigo o seus olhares e só então lembro que ainda estou seminua - Eu posso explicar!
- Victoria?
Escuto algumas vozes conhecidas atrás de mim e me viro rapidamente. Vejo Tom, Bill, Gustav, Georg e Thomas parados no meio do corredor, todos com a mesma expressão de Benjamin.
Meu olhar automaticamente cai em Bill que estava com os seus cabelos bagunçados e rosto inchado como se tivesse acabado de acordar, ele me fitava preocupado. Ao seu lado, Tom parecia assustado enquanto seus olhos passeavam por todos naquele maldito corredor.
Que situação!
Sinto um tecido gelado ser colocado sobre os meus ombros, cobrindo o meu tronco inteiro até a metade das coxas. Ergo meus olhos para cima e vejo Ben se colocar na minha frente para abotoar o seu terno cinza que agora cobria o meu corpo.
- Obrigada. - sussuro agradecida.
- De nada. - Benjamin sussura de volta.
Suspiro aliviada e conto até três mentalmente tomando coragem para encarar meu pai. Assim que me volto para ele, posso ver sua expressão séria e zangada.
- Vocês cinco, voltem para os quartos! - disse autoritário apontando para os garotos no corredor que logo o obedeceram.
Os meninos saem em silêncio e entram em seus quartos um por um. Observo que Tom para na frente da sua porta e me encara por alguns segundos, vejo sua boca se mover.
"Você está bem?"
Leio em seus lábios.
Eu apenas balanço a cabeça confirmando e ele assente por fim entrando no quarto.
Respiro fundo.
- Pai...
- Benjamin, pode dar uma carona para Ana? - meu pai pergunta com a voz calma.
- Claro - Ben responde gentil - Por aqui, senhorita!
Benjamin mostra o caminho.
- Foi um prazer conhecer você, Victoria! - disse a bela mulher sorrindo e acenando para mim.
Reviro os olhos quando vejo Ana dar as costas.
- E você, mocinha, para o meu escritório. - meu pai diz indo em direção ao cômodo.
Droga!
Respiro fundo e o sigo.
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Estou de volta, manas! Desculpem o sumiço, estava resolvendo algumas coisas. Bora continuar essa fic! 🤍
