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Victoria De Angelis
Rome - Italy | Victoria's House | 4th May 2010 | 06:00
O som forte e agudo do despertador ecoa pelo quarto, cortando o silêncio da manhã sem piedade. A claridade do dia entrava pela janela e batia no espelho ao lado do guarda-roupa, refletindo a luz em todo o quarto.
Desligo o alarme do pequeno aparelho e me remexo sobre a cama. Sinto braços fortes apertarem o meu corpo desnudo, me mantendo perto do seu calor. Escuto um bocejo.
- Preciso me preparar para a viagem. - digo sonolenta - E você precisa... - ele chupa o ponto sensível do meu pescoço, me fazendo arfar - Ir.
- Eu preciso de mais cinco minutos com você. - sua voz rouca sopra no meu ouvido, enquanto seu peito vibrava sobre as minhas costas.
Seus dedos escorregam pela lateral do meu corpo, deixando um rastro de arrepio pelo caminho percorrido, por fim cravando na minha pele. Ele puxa o meu quadril para mais perto e posso sentir o seu comprimento duro.
- Boa tentativa. - solto uma risada anasalada - Mas você realmente precisa ir.
Ele suspira.
- Posso pelo menos tomar um banho antes?
- Claro que pode. - digo virando meu corpo de frente para ele. Vejo o seu sorriso crescer.
- Ótimo.
Ele rapidamente se levanta da cama, contornando o móvel, e parando na sua frontal. Franzi o cenho, confusa. De repente, suas mãos agarram as minhas pernas e meus olhos se arregalam quando ele me puxa até o fim da cama, me forçando a ficar de pé. Ele se inclina para frente, passando os braços ao redor meu quadril e dando um impulso, dou um grito quando ele joga o meu corpo sobre o seu ombro e começa a ir na direção do banheiro.
- Eu nunca disse que tomaria esse banho sozinho. - ele diz, dando um tapa na minha bunda.
- Você é impossível! - digo entre gargalhadas.
(...)
Dentro do avião | 11:20
Duzentos e vinte e cinco, duzentos e vinte e seis, duzentos e vinte e sete...
Tudo estava indo de acordo com o que planejamos. Nós embarcamos no avião às nove horas da manhã. Benjamin conseguiu passagens para um voo sem escalas, então a viagem duraria, estatisticamente, três horas e dez minutos. Faltando uma hora para chegar em Lisboa, Ben ligou para o hotel em que ficaremos hospedados, confirmando a reserva da nossa estadia até o dia da final da Eurovision. O gerente, muito educado, disse que os quartos já estavam preparados para a nossa chegada e que estaria nos esperando pessoalmente.
- Ainda não me trouxeram aqueles saquinhos de amendoins. - choramingou Ethan.
Eu estava sentada entre Ethan e Benjamin. O mais velho descansava no assento com a cabeça inclinada para trás e olhos fechados, mas não estava dormindo. Enquanto isso, o mais novo devorava qualquer comida que ofereciam no avião.
