𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!

Capítulo 31

Mariane Narrando

Tenho 25 anos, Raul e eu estamos nessa a 8 anos, não é a primeira vez que ele arruma mulher na rua, então eu ja to vacinada e ciente de quando tem piranha nadando do meu mar.

Eu já estáva desconfiada que alguma coisa estava acontecendo, ele começou a ficar estranho, Raul não era muito de baile, mas de um tempo passou a frequentar bastante os bailes.

E no pagode teve aquele episódio, ele fazendo aquelas caras pra não sei quem, depois os sonhos chamando a tal preta, fiquei puta e fui passar algumas semanas na minha mãe eu achando que ele ia agir como da outra vez, ficar doido atrás de mim, me ligar mandando voltar.

Mas não, teve uma atitude totalmente contrária do que eu esperava, voltei como quem não quer nada, ele não fez nenhuma questão, só ligou mesmo pelo fato dos filhos dele estar em casa.

Algo tem, conheço bem o pai dos meus três filhos, pelo que eu fiquei sabendo ele tem andado muito fora do morro quando eu não estava aqui, saia na sexta, voltava só domingo e assim ia indo...

Voltei uma semana depois do dia das crianças, cheguei em casa e a mesma se encontrava vazia.

Rodei a porra toda e nada dele, mandei mensagem pra Viviane e ela me deixou a par de tudo, ta desde quinta-feira fora da favela.

Aiai Raul, quando eu descobrir quem é a tua putinha, você vai estar fudido na minha mão.

Rodei a casa toda pra ver se tinha vestido de algo que possa desconfiar, mas não a casa estava um brinco, sei que quando não estou aqui, ele paga alguém pra vim arrumar a casa, lavar as roupas pra ele...

Passei a investigar, tentei achar peças pra começar a montar esse confuso quebra cabeça, mas o homem ta esperto, não ta deixando vestijos, mas eu sei que o único lugar que eu vou achar algo sobre está no celular dele, tenho que arrumar um jeito pra pegar aquele aparelho.
Alguns tempos depois.

Sábado 10 horas da manhã.

Senti esse filho da puta deitando na cama, abri os olhos pra ver as horas e era 8h30, ele é assim, come as piranhas dele depois vem deitar na minha cama.

Virei de lado olhando pra cara dele, ele dormindo todo largado, vontade de dar logo um socão no nariz dele.

Virei ficando de costas pra ele, joguei minhas pernas pra fora da cama e por fim dei impulso sentando na mesma, levantei da cama e fui pro banheiro.

Sai do banheiro enrolada na toalha fui fazer minha higiene e aproveitei pra tomar um banho, primeira coisa que dei de cara quando sai do banheiro foi com o celular do corno, fui até a penteadeira e peguei o mesmo.

Fui desbloquear e vi que era digital, fui até a cama sentando na mesma peguei o dedo do corno e coloquei no celular, desbloqueou na hora.

Olhei tudo no whatsapp dele, olhei conversas, status, conversas arquivadas e não achei nada, tava indo bloquear o celular mas resolvi olha a galeria e páh.

Achei foto de mulher na galeria, enviei a foto da piranha pra mim e apaguei a minha conversa com ele, ele deve ta esquecendo como eu sou, só pode.

Horas mais tarde.

Decidi dar uns passeios pela favela, vou procurar saber quem é a piranha da foto hoje, fui dar um banho nos meninos rápido, depois dos três arrumados, foi a minha vez, depois de arrumada e cheirosa, peguei minhas crias e fomos pra rua, coloquei o Ray no carrinho e fui empurrando ele na calçada e os meninos andando no canto.

Cheguei na casa da Viviane, bati na porta e a Brenda atendeu, a menina que ficou com as crianças pra mmi no dia do pagode, o Ryan e o Rodrigo passaram por mim entrando na casa, com a ajuda dela eu entro com o Ray, vou até o sofá e me sento no mesmo.

- Eai tia, tudo bem? - a Brendinha me cumprimenta e senta do meu lado pra poder brincar com o Ray.

- E a sua mãe, aquela safada? Cadê? - perguntei e ela aponta lá pra cima - vou lá falar com ela, passa o olho neles rápidinho pra mim? - pergunto e ela assenti. - obrigada meu amor.

Entrei no quarto e ta a outra lá deitada na cama, vou até a cama me sentando na mesma e ela desvia o olhar da tv depois de desligar e me olha.

- Quem é viva sempre aparece né gata - falou pra mim e eu assenti - o que te trás aqui na minha humilde residência.

- Raul ta me traindo - falei soltando e pegando meu celular.

- Quero novidade, quem é a da vez? - perguntou e eu neguei. - e como você sabe que ele ta te traindo mulher?

- Meu faro ta me dizendo Viviane, eu to sentindo, lembra da confusão que teve no pagode? Que ele me bateu? - ela assentiu - então ele me levou pra casa porque eu vi ele olhando de cara feia pra alguém, depois disso ele dormindo começou a chamar Preta, Preta.

- Hãm? - ela falou e eu desbloquiei meu celular e coloquei na foto.

- Essa foto aqui, achei no celular dele - falei entregando o celular na mão dela.

- Eu acho que eu sei quem é essa garota, calma ai - me entregou o celular e pegou o dela, ficou lá mexendo - aqui, virou o celular pra mim.

- Luana? De onde essa garota é? - falei e levantei a cabeça pra olhar pra cara dela ela balançou a cabeça.

- Não faço a mínima idéia, mas vejo ela com frequência aqui, anda muito com os filhos do Índio - ela falou.

- Índio? Ele sempre tem que ta envolvido - falei puta - eu não quero acreditar que o Raul ta pegando essa garota, essa menina não dever ter nem 20 anos.

- Até parece que isso é problema pra eles Mariane - ela falou e eu encarei ela - sabe muito bem que pra esses caras não importa a idade e sim se tem buceta, e você olha como a menina é bonita tu acha que eles iam deixar passar?

- Tá começando a fazer sentido, parando pra pensar aqui, acho que no dia que ele me bateu ela estava aqui, agora eu não lembro - falei e ela ficou me olhando - me ajuda Viviane, vim aqui pra você me dar uma solução.

- Como garota? Você não lembra dela no dia da briga de vocês, essa foto na galeria dele não deve querer dizer nada ou pode dizer tudo, mas como a gente vai provar? - ela falou e eu fiquei pensativa - esse quebra cabeça ta muito confuso.

- Sim, mas eu vou juntar mais peças, conheço o marido que eu tenho e sei que ele não consegue me esconder as coisas por muito tempo - falei dando um sorriso - logo logo eu descubro quem é a piranha que ta sentando pra ele.