Raul Narrando.
- Eu ja falei Raul, eu tropecei e cai em cima do balcão, foi sem querer - a Mariane falou e eu serinho olhando pra cara dela.
- Acha mesmo que eu acredito nisso? - falei chegando perto dela e ja peguei no pescoço, sorte que os meninos não estão aqui - eu sei do que você é capaz, você gosta de afrontar ela Mariane, você não se manca.
Conforme eu ia falando, eu ia fechando a minha mão no pescoço dela, ela começou a bater na minha mão, eu encarando ela, soltei o pescoço dela e ela caiu sentada no chão.
- Agora acabou a porra da paciência - falei me alterando - Não quero mais saber de você mexendo com a Luana, se eu souber que você olhou pra cara da minha mulher eu vou te arrebentar.
- Eu.. Eu sou a mãe dos seus filhos - falou se recompondo.
- Foda-se, é mãe deles mas não se comporta como tal, ta agindo igual criança nessa porra - falei indo até ela e peguei pelo queixo com força - eu to afastado da boca por causa da tua gracinha, as porradas que tu ganhou da Luana foram poucas, ela tinha que ter te moído, tava com muita gracinha pra cima dela a garota quieta, acabou mordomia pro teu lado - ela arregalou os olhos - quer dinheiro trabalha, não sai mais nada pra tu - ela ia falar mas eu fui mais rápido - quer sumir com os meninos, some, to cansado de sempre passar a mão na tua cabeça e você tirando onda com a minha cara.
Falei soltando o rosto dela e fui saindo da casa, puxei porta com força, fui até a moto e montei na mesma, fui direto pra casa.
Por causa daquela filha da puta fui chamado atenção, Índio ainda falou que a desgraçada quebrou o balcão da loja da Luana e o prejuízo vai ser todinho meu, puta que pariu cara.
Cheguei em casa e tava um silêncio, fechei a porta e fui pro quarto, que porra é essa?
- Ta acontecendo alguma coisa aqui Luana? - perguntei e ela tava catando as roupas dela.
- Eu to indo embora daqui - ela falou - eu cansei, não da mais pra aturar isso, eu não dependo de você pra nada, nunca precisei de um centavo seu pra ficar sendo humilhada pela aquela mulher, faz o seguinte, volta pra ela ta entendendo, não tem como ficar contigo, você não toma atitude nenhuma com ela, deixa ela fazer o que quiser comigo, ja que você não quer perder seus filhos, volta pra ela e que vocês sejam felizes.
Eu fui indo pra cima dela, peguei a mesma pelos braços, tava nítido na cara dela o quanto ela estava sobrecarregada por conta dessa situação e isso é tudo culpa minha, não priorizei ela da forma certa, deixei a Mariane passar por cima do meu relacionamento pra ter meus filhos perto.
- Eu não quero te perder Luana - eu falei puxando ela pra mim.
- Não da mais, eu não aguento mais isso, depois que eu vim pra cá, a minha vida virou um inferno - ela falou me encarando e passou as mãos sobre os olhos - por mais que eu te ame, eu tenho que me amar primeiro, não tem como eu ficar passando por essa situação enquanto você não faz absolutamente nada.
Ela falou e saiu de perto de mim, voltou a catar as coisas dela e eu fiquei ali parado olhando.
Depois que ela arrumou tudo, ela parou na minha frente.
- Eu vou deixar minhas coisas aqui até meu carro sair do conserto, vou passar esse tempo lá na minha mãe e quando meu carro estiver pronto eu venho pegar o resto das minhas bolsas - ela falou e foi ate a cama pegou duas bolsas e saiu...
Dia seguinte..
Acordei cheio de dor nas costas, preferi dormir no sofá do que na cama, o cheiro dela ta forte ali no quarto.
Fui pro quarto só pegar minha roupa e tomar banho, meti o pé pra rua, fui atrás de algo pra comer, depois que comi fui dar uma volta e passei na porta da loja da Luana, vi a amiga dela na porta e parei a moto ali.
Desci da mesma e fui até a loja entrei e elas estavam terminando de tirar os cacos de vidro.
- Olha Raul, eu não to com cabeça pra ficar brigando - ela falou me olhando e eu balancei a cabeça.
- Vim brigar não pô, relaxa, vê o preço do balcão e me fala - falei e ela balançou a cabeça - eu vou pagar cara, prejuízo é meu, vou arcar com isso, pode ficar sossegada - falei e ela assentiu - tem mais alguma coisa que eu tenha que pagar aqui?
N... - amiga dela ia falar mas ela interrompeu.
- Tem, o meu almoço e o dela - falou apontando pra mina que ficou toda sem graça.
- Que? - falei e ela ergueu a sobrancelha.
- Vai pagar o nosso almoço sim, porque o tempo que a gente ta perdendo aqui catando esses cacos de vidro era o tempo que a gente ia ta comendo - ela falou pegando o saco e saiu andando lá pra trás, voltou com o celular na mão - ja to pedindo aqui.
- Tu é abusadona - falei balançando a cabeça e ela balançou os ombros.
- Tem que ser, quando sou trouxa me pisam, deu 40 reais, vai lá na Kinha buscar pra gente e não esquece a coca cola - ela falou e eu fiquei encarando ela, ela veio na minha direção e foi comigo lá pra fora - faz esse favor pra mim anda.
- É assim? - perguntei e ela segurou no meu queixo e me deu um selinho eu balancei a cabeça negando.
- Ainda ganhou um selinho da sua ex, vai logo to cheia de fome - ela falou e eu balancei a cabeça e fui saindo de perto dela, montei na moto, liguei a mesma e sai dali.
Sou um bundão mermo, fui na Kinha, peguei a comida delas, a coca, paguei tudo e ainda levei pra elas, cheguei lá e tava as duas sentadas na porta conversando.
A Luana viu eu parando e levantou, pegou a comida e a coca da minha mão.
- Obrigada ta - falou dando um sorrisinho - quer mais um beijinho?
- Caralho, é assim agora? - falei e ela balançou os ombros - sou um babaca mermo né.
- Ta querendo um beijo de agradecimento Raul? Aproveita que eu to perguntando - ela falou e eu neguei.
- Quero beijo nenhum não, quero você eai? Qual vai ser?
- Não sei, mais tarde a gente resolve isso ai - falou dando um sorriso e saiu de perto levando as coisas, eu apenas acelerei a moto e sai dali.

VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!
FanfictionMesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. Livro Único Estréia: 30/06 Finalização: 07/08