Capítulo 30

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Esse final de semana passou numa rapidez, fiquei triste por ter passado tão rápido, mas curtir de todas as formas, tirei muitas e muitas fotos, mas não postei deixo pra postar em dias aleatórios.

Ja cheguei da viagem decidindo focar no último período da faculdade, é muita tarefa, provas e ainda tem o tcc que tenho que fazer ou seja, vou ativar meu modo cdf e morrer pra vida...

Quinta-feira.

Hoje é o dia que revivo meu pior pesadelo, mais um ano que minha vozinha me deixou, tô cabisbaixa desde terça-feira, eu não sabia o porque de tá tão depre, depois que chegou o dia quinta, deu aquele estalo e então eu lembrei.

Fiquei no meu quarto enrolada nas cobertas, me isolei do mundo, desliguei o celular e fiquei ali vivendo meu luto, bateram e muito na minha porta e como a pessoa não ia embora eu levantei da cama e fui atender, com os olhos inchados de tanto chorar, fui andando na maior preguiça...

- O que houve contigo? Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou enquanto entrava e fechava a porta atrás dele eu apenas o encarei, se eu abrir a boca as lágrimas vão voltar a cair - fala Luana, o que houve?

- Te liguei pra caralho cara, porque você não me atendeu? - eu virei as costas e segui pro meu quarto com o Raul vindo atrás de mim.

- Coé garota, me fala o que aconteceu mano, to ficando preocupado já, fizeram alguma coisa contigo? Me conta - ele sentou na beirada da minha cama e ficou me olhando.

- Hoje... Hoje é o aniversário de morte da minha vó - falei rápido e ele assentiu quieto.

Ele passou o dia todo ali comigo, até comida pra mim ele fez, me levou pra sala e colocou um filme pra gente assistir, conversamos, ele me contou histórias de quando ele entrou pra vida, me contou histórias engraçadas, tentou me animar de todas as formas a única coisa que ele conseguiu fazer foi com que eu não chorasse mais.

Isso que vem acontecendo com nós dois é muito confuso, mesmo sendo uma coisa super errada esse nosso relacionamento, ele ta me fazendo bem, ta me fazendo esquecer dos problemas, eu percebi que nós dois juntos flui leve, a gente brinca muito, rir bastante, ele me coloca pra cima sabe, eu gosto de está com ele, a companhia do Raul é boa pra mim, é uma coisa que só nós dois entende, mesmo ele sendo 13 anos mais velho que eu, quando ele ta comigo parece que a gente tem a mesma idade.

Sei o quanto é tudo muito errado, porque ele tem alguém, que ele é comprometido, tem uma família, mas eu não quero que isso que a gente tem acabe, eu me acostumei, me apeguei a ele e eu sei o quanto vai ser conturbado quando tudo isso for exposto.

Por mais que ja tenha entrado um montão de homem aqui no dia que o Léo tomou um tiro, eu nunca dormir com homem nenhum aqui em casa, tento preservar o máximo a memória da minha vó aqui nessa casa.

Mas hoje eu precisava dele dormindo do meu lado, a gente estava no meu quarto deitados, os dois de ladinho um de frente pro outro, ele me falando coisas aleatórias e eu olhando pro mesmo, ele respirou fundo e me encarou.

- Acho que ja deu minha hora - falou jogando o corpo pra fora da cama.

- Dorme aqui - falei apoiando meu braço na cama e o olhando.

- Ta falando sério? - ele perguntou e eu assenti, bati na cama e chamei ele com a mão.

- Dorme comigo hoje - ele assentiu e sentou na cama, apoiou a mão e aproximou o rosto do meu e me deu um selinho.

Ele levantou da cama e saiu do quarto, fiquei olhando lá pra porta e fui vendo as luzes sendo apagadas, logo ele apareceu na porta do quarto.

- Tem medo de dormir nessa escuridão não? - ele perguntou enquanto tirava a bermuda dele e eu neguei enquanto ele sentava na cama e deitava do meu lado de barriga pra cima.

Ele colocou a mão embaixo da cabeça e eu apoiei minha cabeça em cima do braço dele.

- A luz do banheiro fica acesa - falei e ele balançou a cabeça assentindo.

- Quero te fazer uma pergunta, posso? - eu assenti.

- Eu sou o primeiro homem a dormir aqui contigo? - eu fiquei quieta olhando pra cara dele - não né, ja desconfiava nem precisa me responder.

- Precisa sim, você fez a pergunta e merece uma resposta - falei olhando pra cara dele e ele foi fechando a cara e olhou pro outro lado.

- Papo retão mermo, precisa responder não, eu nem sei porque perguntei. - falou boladinho e eu joguei minha perna em cima das pernas dele.

- Ai Raul, você tem que parar com essa mania de ficar com raiva sem saber da resposta, deixa eu te falar, eu hein - falei e ele negou tirando a minha perna de cima dele.

- Eu não quero saber quem é mão, tenho esse direito - ele falou bolado e eu não aguentei, comecei a rir - ai, ta vendo como tu é.

- Ta ficando bolado atoa - falei parando de rir.

- Tá - virou o rosto pra mim - fala quem foi o filho da puta que dormiu aqui contigo.

- Quer saber mesmo? - perguntei séria e ele assentiu de cara feia - ta bom, então ele não durmiu só uma vez, foram várias.

- Chega Luana, quero saber mais não - falou levantando da cama e eu olhando segurando o riso ele virou pra me olhar e eu deitada olhando pra ele, ergui uma das sobrancelha - ta vendo, tu gosta de me ver puto, fala logo quem foi.

- Se decide Raul, quer saber ou não? - falei sentando na cama e ele assentiu - o meu irmão, o único que vem dormir aqui é o Lohan.

Ele ficou me olhando serinho, ele se aproximou rápido da cama, subiu na mesma se aproximando e pegou no meu queixo, me forçando a deitar.

- Você é uma diaba garota, na moral - ele falou me encarando e me deu um beijo - filha da puta.

Depois disso, não tem fogo que apague, tentei se segurar, mas ele de cueca na minha frente não da muito certo, fizemos um amorzinho daquele jeito, Raul me pegou bolado mermo.

𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!Onde histórias criam vida. Descubra agora