Luana Narrando
Chegamos na Penha e eu só entrei na casa do Raul pra deixar minha bolsa, pedi pra ele me levar na minha mãe e assim ele fez, entramos na casa dela e tava lá a família reunida.
- Se mudou pra cá Tatiane? - perguntei enquanto sentava ao lado da minha mãe.
- To pensando, porque cunhada? - ela falou eu arregalei os olhos e balancei a cabeça - que foi?
- Nada - falei rindo - e você meu amorzinho, como a senhora ta? - perguntei a minha mãe.
- Tô bem e você? Tá cuidando da minha filha direitinho Raul? - perguntou pra mim e depois virou pra ele.
- Tô cuidando da maneira que dar, se ela viesse pra cá ia ficar mais fácil né, é foda fica nesse lá e cá - ele falou e eu revirei os olhos.
- E você Lohan? - olhei pro meu bebê e ele assentiu, fui pra perto dele e sentei em seu colo.
- Tu é abandonante, antes vinha pra cá só por causa de mim, depois virou pra minha mãe e agora é esse cabrunco ai, roubando minha irmã de mim - falou me abraçando, joguei um dos braços nos ombros dele e me agarrei nele rindo.
- Tão lindo cheio de ciúmes da irmã dele gente - falei e todo mundo começou a rir - eu te amo tanto garoto - falei pra ele - você é o homem da vida cara, nunca duvide disso.
- Duvida sim, ela ama mais eu do que você Lohan - o Raul falou e eu olhe pra cara dele levantando a sobrancelha.
- Quem te enganou? - falei pra ele - Lohan é o amor da minha vida e isso você tem que aceitar
- Hum, bom saber - o Raul falou e o Lohan gargalhou enquanto me apertava nele.
Ficamos um pouco ali conversando, Índio apareceu e chamou o Raul pra bater perna e assim ele foi, conversei um pouco com a minha mãe e ela foi deitar, chamei a lindona pra beber e ela aceitou, convoquei a Ágatha e partimos...
- Ai você é minha cunhada? - olhei pra Tati e ela assentiu sorrindo.
- Eu fui com a sua mãe na delegacia aquele dia, conversei com o teu irmão, você sabe o quanto eu gosto dele, eu fiquei com receio sabe, com medo de bancar cadeia e quando ele sair me fazer de palhaça, pensei muito a respeito disso, mas aceitei ficar com ele sério - ela falava e eu olhando ela, ela com os olhos brilhando.
- Fica ciente de uma coisa Tati, se Leonardo fazer algum tipo de gracinha contigo quando sair, eu mato ele, pq eu acho uma puta falta de consideração ele ficar com outras depois de você ter bancado cadeia pra ele - falei seria e ela assentiu - porque é foda, vocês tiveram tanto tempo pra ficar juntos e ele ficou de palhaçada, ai agora que caiu lá dentro quer te fazer várias juras de amor, eu espero de coração que ele cumpra tudo que ta te prometendo, porque se ele falhar contigo eu xoxo ele todinho, tem essa que é meu irmão não - falei e ela me abraçou.
Estávamos no bar da praça bebendo, eu Ágatha e ela, nós intercalava os papos, uma hora a gente tava falando bagulho sério, depois coisa engraçada e assim ia.
- hum, quenda - Ágatha falou jogando a cabeça pro lado e eu ri.
- Ja tinha visto, só por causa das crianças - falei e seguimos papeando e a bunita passou com a amiga, a filha da amiga e o filho.
- Ela mexe contigo ainda? - a Tati perguntou e eu neguei.
- Depois da coça? Eu dúvido mexer, menina você tinha que te visto, a cara de inocente da Luana engana menina.
- Você acha que eu fiz muay thai na época da escola pra que? - perguntei levantando a sobrancelha - pra me defender lógico, vou sentar sim pra mulher da na minha cara, eu não mexo com ninguém, fico quieta na minha, ela veio de graça, ouviu o que não gostou e me agrediu, apenas me defendi - falei balançando os ombros.
Ficamos conversando sobre várias coisas até a Mariane chegar, liguei pro boy pra ele vim resolver o problema dele, tenho nada a ver com isso, só não vou impedir que ele cumpra o papel dele de pai, tem que dar as coisas pro filho mesmo, vai deixar faltar porque se ele tem dinheiro pra dar, ele chegou aqui, parando a moto na minha frente e eu levantei, conversamos um pouco.
- Ali seus filhos Raul - falei apontando pra praça.
- Caralho, nem tinha visto - falou e buzinou, assim que os meninos viram ele vieram correndo, ele tirou a mão da minha cintura e ajudou o menino a subir na garupa dele, depois pegou o outro e colocou no tanque e por fim pegou o pequeno e colocou no meio das pernas dele.
- Pai, essa daí que é a sua namorada? - o que tava sentado no tanque falou me olhando e o Raul assentiu - ela é bonita. - eu sorri pra ele.
- Mas então Lua, me ligou pra que? - perguntou me olhando.
- A mãe deles quer falar com você, ela ta ali - falei apontando, ele olhou na direção e chamou ela, eu apenas sai de perto e sentei novamente no meu lugar.
Fiquei até as 23 horas bebendo com as meninas, o Raul voltou com as crianças, parou lá no bar onde a outra tava, entregou as crianças e as fraldas pra ela, fez o retorno e parou onde eu tava, ficou olhando pra minha cara e eu levantei indo até ele, ficou perturbando pra gente ir embora, falei que ia depois e tal, ele saiu putinho e eu nem ai.
Quando eu cheguei em casa ele tava lá assistindo televisão, passei reto indo pro banheiro, tomei meu banho, odeio ficar menstruada, me sinto suja, quero tomar banho toda hora, sai do banheiro enrolada na toalha e entrei no quarto, fui até minha bolsa e abri a mesma quando ele entrou.
- Escuta aqui - ele falou fechando a porta - quando eu te chamar pra ir embora, é pra você vim, sem reclamar, não vem querer tirar a minha autoridade na frente dos outros não.
Eu parei de mexer na bolsa e fiquei olhando pra cara dele.
- Só isso pai? - perguntei tirando uma bolsinha - tô tirando a tua autoridade Raul? - ele assentiu - me responde que autoridade é essa que você tem comigo?
- Hã você entendeu - ele falou e eu balancei a cabeça.
- Entendi não, você que tem que entender, eu não sou tua filha, sou tua mulher, então não tem essa de autoridade, você fica na rua com os teus parceiro eu falo alguma coisa? Deixo você bem a vontade, ai agora eu tenho que te obedecer?
- Tu acha bonito o que você falou pra mim na frente de geral? Inclusive na frente da minha ex.
- O que qui tem o que eu falei perto dela Raul? Não era pra falar? Era pra eu abaixar a cabeça e ficar quieta?
- Já reparou que você quer sempre da a última palavra? - ele perguntou e eu comecei a rir
- O homem dessa porra aqui é quem? Eu ou você? - ele perguntou e eu fiquei olhando pra cara dele, balancei a cabeça.
Olhei pra minha bolsa, procurei meu conjunto de babydoll e uma calcinha, deixei a bolsa em cima da cama e fui passando por ele que segurou meu braço.
- Tô te fazendo uma pergunta e eu quero que você responda - falou me olhando.
- O homem é você, mas ta com a masculinidade frágil porque eu não deito pra você pisar, não deixo você falar alto comigo, não é porque você é homem e mais velho que eu que tenho que abaixar a cabeça pra você. - falei olhando dentro da cara dele.
- Ta me diminuindo na frente dos outros - eu balancei a cabeça.
- Só porque eu falei que não ia embora? - ele assentiu.
- Eu estava ocupado quando você me chamou, eu parei o que eu estava fazendo e vim te atender - ele falou e eu neguei.
- Raul, eu te chamei pra você atender os seus filhos, não importa o que você estava fazendo, você tinha que parar pra atender as necessidades deles, você ia deixar seu filho sem fralda? - eu perguntei e ele negou - então pronto, eu te liguei pra eles, eu sei que você faz de tudo por eles, mas eu nunca vou deixar você desamparar seus filhos, se eles precisarem de uma bala, eu vou até você e te fazer dar uma bala pra cada e se você acha que isso é eu ser autoritária, me desculpa.
- Eu sei, mas a questão é de quando eu te chamar você não ir - ele falou e eu assenti.
- Ta certo Raul, a partir de hoje quando você me chamar eu irei contigo, tudo bem? - ele assentiu e me soltou.
Eu balancei a cabeça e segui meu caminho pro banheiro.
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𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!
FanfictionMesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. Livro Único Estréia: 30/06 Finalização: 07/08