Capítulo 47

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Dominguinho, acordei com ódio porque sonhei com a porra daquela foto a madrugada toda, implorei a Tati pra gente ir pra minha mãe logo, Raul ta fudido quer me fazer de palhaça, ele vai ver só.

21h30 da noite.

Coloquei uma calça preta tipo legging, marcava bem a beça minha bunda, gosto assim, coloquei um top cheio de brilho, era tipo strass, cabelão solto, maquiagem bem marcante, Tatiane pegou um conjunto beje de cropped tomara que caia e saia, eu coloquei uma sandália e ela também.

Graças a Deus o uber chegou, como o pagode é lá em baixo não vamos precisar pegar moto, fomos conversando, toda hora eu ia olhar a foto pro meu ódio da uma aumentada, logo chegamos no nosso destino, o motorista parou, eu paguei e nós saímos, meu cabelo tava seco, tava com um volume maravilhoso.

Seguimos o povo que estava indo pro pagode, chegamos no local da ocorrência e tava cheinho, peguei o celular desbloqueando.

- Chega Luana, ja olhou essa foto umas vinte vezes - a Tati falou enquanto eu mandava mensagem pra Agatha.

- To olhando a foto não, to mandando mensagem pra Agatha, ela respondeu falou que ja está aqui, bora - falei bloqueando o cel e seguimos nosso caminho.

O pagodinho ja estava cheio, que isso, peguei na mão da Tati e fui entrando no meio da muvuca, o funk tocando, putaria purinha, avistei meu irmão, apertei a mão da Tati e segui indo pra lá.

- Ih caralho, brotou do nada - Lohan falou e eu ri, peguei o copo dele e dei um gole.

- Cadê a Agatha? - perguntei virando e olhando ao redor nossos olhos se encontraram, desviei voltando a olhar pro Lohan.

- Ta lá do outro lado, viu o mano ali? - falou pra mim e eu balancei a cabeça que não - ta cega então, o cara ta de frente pra gente.

- É, devo ta - falei ignorando.

- Da confiança não Lohan, sabe bem como essa garota é - a Tati falou e ele assentiu rindo.

Chamei a Tatiane e fomos ao encontro da Ágatha, paramos lá, apresentei as duas e ja começamos a chapar, vi o Pará atravessando e falando com o meu irmão, ele apontou pra onde a gente tava, o Pará olhou e me viu, virou pro meu irmão falando algo, apertaram a mão e ele veio.

- Lá vem ele - a Tatiane falou no meu ouvido e eu assenti, ele chegou perto.

- Eae Luana - falou parando na minha frente e eu olhei pra cara dele - tu num ia viajar?

- Eu fui, essa aqui é só a minha alma - falei e ele ergueo a sobrancelha.

- Vai ficar me tratando desse jeito mermo?

- Quero problema com a tua mulher não Pará, melhor você sair de perto de mim - falei olhando pros lados.

- Que? Que mulher garota? Ta maluca? - ele falou e eu sai de perto dele. - calma ai cara, me explica essa história direito, que mulher é essa que eu tenho? - falou vindo pra perto de mim

- Ué, a unica que eu sei, a mãe dos teus filhos - falei.

- Desde quando ela é minha mulher Luana? Você não ta batendo bem. - ele falou, eu fui sair de perto dele de novo, mas ele segurou meu braço e foi pra trás comigo até eu encostar na parede.

- Eu não vim pra arrumar confusão, to aqui quieta ta minha, volta pra onde você tava, porque depois chega no ouvido dela que a gente ta junto - falei olhando pra cara dele, ele soltou o riso pelo nariz e colocou a mão na parede.

- Para de doideira cara, tenho ninguém além de tu, quem te falou que eu voltei pra ela? Me fala - ele falou me olhando e eu olhei pro outro lado - da o papo Luana, quem te falou?

- Ninguém me falou nada Pará - falei e ele estalou a língua - eu vi, aliás ela postou pra todo mundo ver.

Falei pegando o celular, desbloqueei e fui na minha galeria, apertei no print e virei pra ele, ele pegou meu celular olhou pra foto, tirou a outra mão da parede e se afastou de mim olhando pra cima soltando um risinho e voltou pra perto de mim passando a mão no rosto e colocou o celular na minha cara pra eu olhar a foto.

- Esse aqui sou eu? - perguntou olhando dentro da minha cara, olhei pra foto e voltei a encarar ele - você acha mesmo que esse cara aqui sou eu? - ele falou aumentando a voz e logo voltou a diminuir. - me responde.

- Se não é você é quem? - perguntei e ele ainda me encarando mordeu o lábio dele, ele olhou pro celular e ampliou mais a foto no cara.

- Então esse cara aqui sou eu? - falou colocando novamente o celular na minha cara, ele puxou o zoom no braço do cara - eu tenho essa tatuagem Luana?

Quanto mais ele fala ele ia chegando o rosto perto de mim e a voz dele ia ficando mais brava, eu intercalava meu olhar entre ele e a foto.
- Em Porra! - ele aumentou a voz que me fez assustar - eu tenho essa tatuagem? - voltou com o tom baixo - conhece meu corpo não? - perguntou e eu balancei a cabeça assentindo - então como você fala que esse cara aqui sou eu?

- Olhei rápido e.. E a legen - falei mas ele me interrompeu.

- Não interessa a legenda, você tinha que prestar atenção na foto e ver que esse homem não sou eu - ele falou me encarando e eu balancei a cabeça - não é porque eu tava puto contigo que eu ia correr pra ela, eu não quero Mariane, não quero ninguém além de você, ta escutando? Você não tá levando fé no que eu sinto por você, você acha que qualquer briguinha nossa eu ja vou atrás de outra, desde quando coloquei na cabeça que eu quero você, então eu quero você, respeitei a tua decisão, dei o espaço pra você decidir se ia viajar ou não e pelo jeito você decidiu não ir, certo?! - eu balancei a cabeça concordando.

- Então é isso que importa, eu não quero você duvidando de mim e acreditando em qualquer merda que vêem te contar - falou me entregando o meu celular - se é sobre mim você me pergunta que eu falo, não vou mentir pra você, vou dar o papo reto sendo bom ou ruim, ta escutando? - eu assenti - então por favor, para de dar ibope pra aquela porra lá.

- Eu quero te entregar um negócio - falei encarando ele, ele assentiu e eu peguei o chip dentro do meu top e dei a ele.

- Pra que isso? - perguntou segurando o chip.

- É o chip do número que eu usava quando fazia programa, ontem quando o cara que me chamou pra viajar me ligou pedindo a resposta, eu falei que não ia e que ia parar de fazer programa - ele abriu um sorriso e quebrou o chip - desculpa por ter desconfiado de você.

Ele balançou a cabeça assentindo e aproximou o rosto de mim me dando dois selinhos, falamos mais algumas coisas e voltou pra onde ele tava.

𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!Onde histórias criam vida. Descubra agora