𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!

Capítulo 55

Dia seguinte acordei agoniada, preciso da minha casa, da caminha da minha vó agora, só me sinto acolhida ali, levantei da cama e o Raul já não estava, arrumei a roupa que vou vesti e sai do quarto indo direto pro banheiro, entrei no mesmo ja tirando toda a minha roupa, fui pro box tomar banho...

Sai do quarto ja com a bolsa nos ombros, ele sentado no sofá me olhou sem entender.

- Bom dia - falou e eu não respondi, fui caminhando pra porta - Bom dia Luana?

Ele viu que eu não queria falar, levantou e me pegou pelo braço.

- Me solta Raul - falei ja virando pra ele que me olhou assustado.

- Ei, calma, aonde você vai?

- Embora, quero a minha casa - falei alterada.

- Que isso cara já? - ele perguntou e eu assenti - então espera que eu te..

- Não precisa, tenho pernas e eu sei ir sozinha, da pra soltar meu braço? - falei e ele me soltou, eu abri a porta e sai rápido..

Entrei em casa trancando a porta, fui rápido até o quarto deixando minha bolsa por ali, fui até o guarda roupa abri o mesmo pegando a chave do quarto da minha vó, sai do meu quarto e fui pro dela, destranquei a porta e entrei no mesmo, tranquei a porta e me joguei na cama dela.

- Vó me diz o que eu faço, me da uma luz, me mostra o caminho - eu ia falando e sentindo as lágrimas descendo - me ajuda vó, eu preciso da senhora, por favor, porque tudo pra mim tem que ser complicado?

Eu fiquei ali chorando, até que eu adormeci.

💭
- Lua filha, acorda meu amor - ouvi a voz dela e fui sentindo as mãos dela passando no meu cabelo, eu abri os olhos e era ela.

- Vózinha - falei sentando e ela deu um sorriso - você veio.

- Eu nunca sai de perto de você, eu sempre estive contigo meu amor - ela falou passando a mão no meu rosto e me fez deitar no colo dela.

- Eu tô chateada - falei e ela assentiu.

- Não liga pras coisas que te falam, deixem relembrar teu passado, mas lembre que você não vive mais lá, você tem um coração puro e desista de fazer o que está pensando - ela falou e eu assenti - Não pague o mal com o mal.

- Vó - ela balançou a cabeça negando - ta certo.

- Pessoas irão vir te pedir perdão - falou me tirando das pernas dela, eu sentei e a olhei.

Ela começou a brilhar, ficar mais iluminada, umas borboletas apareceram e ficaram voando sobre ela.

- Não vó, fica mais um pouco, quem vai me pedir perdão? - ela apenas sorriu e foi sumindo.
💭

Acordei com vários porradão na porta, eu sentei na cama e fiquei olhando na direção da mesma.

- Bora Luana, abri isso ai, eu sei que você tá ai dentro - Raul falava do outro lado - eu só vou sair daqui depois que a gente conversar.

Eu levantei da cama, caminhei até a porta destranquei e abri a mesma, ele deu passagem e eu fui saindo do quarto, virei, tranquei a porta e fui até o sofá com ele me seguindo.

- Eu tô querendo te entender, sai lá de casa do nada - ele falou.

- Eu não queria mais ficar ali e você deveria respeitar isso - falei levantando a cabeça pra encarar ele.

Ele passou a mão no rosto, veio até o sofá e sentou do meu lado.

- Eu respeito, se você me falasse o motivo, o que aconteceu? - perguntou e eu neguei, apoiei meus cotovelos nas minhas pernas e apoiei minha testa nas mãos eu respirei fundo. - ta chateada com o negócio que aconteceu ontem né - eu fiquei em silêncio - cara, não da confiança.

- Raul, não tem como não dar confiança, é a tua família entende, querendo ou não, é a tua mãe a tua irmã é uma situação complicada.

- Tsc, - ele estalou a língua - quem tem que se importar com o que você fez ou deixa de fazer sou eu, vou ligar pro que elas pensam pra que? - ouvi ele falar e levantei a cabeça o encarando.

- Acabou Raul - falei e ele arregalou os olhos.

- Que? Como acabou? Não Luana - ele falou chegando mais perto de mim e eu balancei a cabeça.

- Não dá, eu não vou te colocar pra escolher entre eu e a sua família - falei e ele segurou nos meus braços e me puxou pra perto dele.

- Não faz isso cara, eu não ligo pro que elas pensam e acham, eu te amo Luana, pensa no quanto a gente ta bem mano, nós ta felizão e você vai deixar isso acabar por conta delas? - ele falava olhando nos meus olhos eu assenti.

- Volta pra mãe dos seus filhos, reconstrói o casamento de vocês, são 8 anos né, um amor não pode acabar assim tão rápido - falei e ele negou.

- Escuta aqui - falou segurando meu queixo - não existe amor ali, nunca existiu, com ela foi comodismo, tanto meu quanto dela, a mulher que eu amo é você, eu quero você.

- Não dá, eu não consigo - falei fazendo ele me soltar e levantei - só de pensar que você vai ficar afastado da sua mãe por minha causa já me...

- Não importa Luana, eu não ligo pra isso, se ela não te aceita foda-se ela - ele falou levantando e vindo não minha direção e eu balancei a cabeça.

- Não, eu sei como dói ficar distante da nossa mãe, eu fiquei longe da minha por anos e por mais que eu fingia estar bem eu nunca estive, eu sempre senti a falta dela - falei ja com as lágrimas caindo - talvez ela esteja certa, seu lugar é com a Mariane mesmo.

- Eu não acredito que você ta falando isso - ele falou e eu sai andando, eu fui até a porta do quarto da minha vó e tirei a chave da fechadura, quando eu virei ele tava ali perto de mim, ele segurou no meu rosto com as mãos - eu não aceito.

- Raul, por favor nã - ele me beijou.

Como não corresponde? Só foi eu corresponder pra ele tirar as mãos do meu rosto, uma desceu pra minha cintura, onde ele apertou e me trouxe mais pra perto e a outra foi pra minha nuca, entrelaçou os dedos nos meus cabelos e foi guiando nosso beijo.

Eu fui parando o beijo com selinhos longos, ele afastou um pouco o rosto e a gente ficou se olhando.

- Não acaba com o que a gente tem, eu amo você cara - ele falou subindo uma das mãos até meu rosto.

- Não torna as coisas mais difíceis do que já estão, a gente não pode ficar juntos assim - eu falei e ele ficou me olhando.

- Como eu vou ficar longe de você? - ele falou e eu coloquei minhas mãos na cintura dele e afastei a gente - por favor Luana.

- É melhor você ir embora - falei e entrei pro meu quarto fechando a porta.