Capítulo 10

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O mês passou e eu finalmente voltei pra casa, cheguei a noite depois da faculdade e meu pai ja estava lá, quando entrei em casa ele e a Fernanda estavam estranhos, com toda certeza eles discutiram.

Fechei a porta e meu pai veio na minha direção, nos abraçamos e ele deu um beijo no topo da cabeça.

- Como você ta filha? Foi legal lá com a sua mãe? - perguntou  se afastando um pouco e pegou minha bolsa.

- Foi normal, e a sua viagem? - perguntei enquanto a gente caminhava, entramos no meu quarto e ele fechou a porta.

- E aqui com a Fernanda como foi? - ele perguntou e eu fiquei o encarando - pode contar Lua.

- Sinceramente pai, tem sido difícil, mas eu não quero atrapalhar seu relacionamento - falei soltando o ar.

- Atrapalhar? Luana, você é minha filha, eu tenho que te priorizar independente do que aconteça - ele falou sentando na cama e eu sentei do lado dele.

- Eu sei, mas você gosta dela, entende? - ele assentiu - e eu não quero atrapalhar isso.

- Você não vai atrapalhar, eu gosto dela sim, mas você é minha filha e você vem sempre em primeiro lugar.

- Pai, é desgastante eu faço tudo dentro de casa quando a Vilma não está aqui, eu to sentindo que moro de favor aqui e eu ouvi a conversa de vocês no dia do meu aniversário - eu falei e ele ficou me olhando - se o senhor quiser que eu saia, eu saio sem problemas, fico lá na casa da minha vó, ano que vem eu ja estou maior de idade.

- Se você quiser eu fico lá, mas você me ajuda até eu conseguir um emprego - falei e ele balançou a cabeça.

- Para de besteira Lua, eu faço gosto de você estár aqui comigo - ele falou pra mim.

- Sim, mas eu to atrapalhando o teu relacionamento, eu sei que ela não gosta de mim e não quero que vocês fiquei brigando por minha causa.

Ficamos conversando sobre isso um tempão, ele falou que ia conversar com ela, pois o único jeito da gente viver em harmonia é uma ajudando a outra, pq ja que ela ta trabalhando de casa por enquanto, ela pode parar alguns minutos pra fazer alguma coisa.

Meu pai passou duas semanas em casa, e nesse tempo ele e a Fernanda faziam tudo juntos, eu até ajudava, mas o café da manhã, almoço e janta eram eles juntinhos.

Nessas duas semanas eu não fui pro complexo, por mais que eu fique lá com os meus irmãos, a casa não é minha, já que eu fico incomodada sempre que vou lá então eu mesma tenho que me retirar.

Esses dias eu fiquei ativa nas redes sociais, fiquei procurando um estágio jovem aprediz no notbook que o tio índio me deu de aniversário pra eu não ter que depender do meu pai sempre, ainda mais agora né.

Os meses foram passando mais rápido que bala, a semana das provas da faculdade chegou e eu tô vivendo a base de energético, a ponto de ter um piripaque e ir de arrasta, só to sabendo estudar, revisar e estudar, quando tô indo pra faculdade é uma latinha de red bull na mão enquanto leio os resumos.

Último dia de prova eu saindo da sala praticamente dormindo, eu andando igual a um zumbi, senti pegarem no meu ombro e olhei rápido.

- Meu Deus Luana, que cara de morta é essa? - Mel falou me parando e logo as meninas alcançaram a gente.

- Garota é muito sono acumulado, nunca estudei tanto igual a esses dias - falei depois de bocejar e a Tati chegou perto de mim e me abraçou.

- Tadinha da minha filha - falou passando a mão no meu cabelo.

𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!Onde histórias criam vida. Descubra agora