Capítulo 58

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Sabadinho o tempo ta pedindo uma praia, aproveitei que acordei cedinho, acionei as meninas, só a Ágatha que quis ir, marquei dela me encontrar na saída do morro e nós irmos lá pra casa pra eu colocar o meu biquíni.

Pela graça de Deus Copacabana ta uma maravilha, além do mar ta calmo, a praia não tá aquela lotação, amo.

Alugamos nossas cadeiras, sentamos perto de uma barraca e começamos os trabalhinhos.

- E você e o boy? - Ágatha perguntou e eu neguei.

- Tô morrendo de saudade daquele puto mas tá cada um pro seu lado - falei e dei um gole na minha cerveja.

- Ta com saudade então volta - ela falou e eu balancei a cabeça - palhaçada tua, vai esperar o boy não te querer mais?

- Ai Ágatha, sei lá. Eu gosto pra caralho dele, mas aquela situação que aconteceu com a mãe dele me deixou meio assim, não quero ter que ficar passando por essa situação sempre porque a mãe dele não me aceita - falei e ela assistiu.

- É uma situação complicada, te entendo mas cara se a tua felicidade é com ele, não desiste. - a Ágatha falou e eu assenti.

Passamos um dia maravilhoso, voltamos pra favela era umas 21h, isso porque conhecemos uns bofinhos lá, pagou horrores pra gente, pegamos o nosso uber e soltamos no nosso destino, to morta com farofinha.

Eu soltei junto com a Ágatha, mas tive que ir andando até o ponto dos moto táxi, to seguindo meu caminho quietinha e só senti o vento passando do meu lado, lá na frente eu vi uma moto fazendo o retorno e voltando, ele parou a moto bem de frente pra mim.

- Hum - falou me medindo dos pés a cabeça- piou na sul né - ele falou e eu assenti. - ta certa.

- Tava precisando, tinha que mandar embora as urucas que esse povo daqui me joga - falei e o Raul deu um sorrisinho.

- Sobe ai, vou te dar uma carona - ele falou e eu fui bem mesmo, a perna doendo pra caralho.

Montei na moto, me ajeitei e ele deu a partida, passamos pela praça, pra que? Eu não sei, ouvi chamarem ele, ele fez o retorno e foi até lá, paramos no balu e tava a tropa toda, o índio olhou pra minha cara com um sorriso sínico.

- Ora ora - ele falou e só de palhaçada eu envolvi meus braços na cintura do Raul.

- Qual foi índio, fica dando corda pra essa garota mermo - ele falou e eu tirei meus braços da cintura dele rindo.

- Júlio adora uma gracinha né - falei e ele se fez de ofendido - ele só ta me dando uma carona.

- Carona sei, pra casa de quem? - o índio perguntou.

- Ta me levando pra casa de quem Raul? - perguntei olhando pra ele.

- Se eu te levar pra minha tu não vai sair de lá hoje - ele falou e eu neguei - ta vendo ai, gosta de me atentar, agora só por causa do abuso vai ir pra casa comigo, fé fé ai rapaziada - falou dando partida na moto e saímos.

- Você não vai pedir pra embora? - ele perguntou e eu me joguei no sofá.

- Eu não, to cansada só quero deitar e dormir - falei e ele sentou do meu lado.

- Tu é foda - falou e me puxou pra perto dele - foi pra praia sozinha? - eu assenti - para de caô Luana.

- Fui com a Ágatha - falei bocejando - tem roupa minha aqui? Vou tomar banho.

- Vai dormir aqui mermo? - perguntou enquanto me olhava levantar do sofá e eu assenti indo pro quarto, entrei no mesmo e ele entrou logo atrás - vai ficar aqui sozinha, porque eu vou pro baile.

Ele falou enquanto eu ia na direção do guarda roupa, abri a porta do mesmo, comecei a mexer a única peça de roupa minha que achei dentro daquela porra foi uma calcinha, fechei a porta e virei com a calcinha no meu dedo.

- Vai lá, beba bastante por mim - falei andando, fui saindo do quarto, fui diretamente pro banheiro, entrei no mesmo e tranquei a porta.

Sai do banheiro só de calcinha, ele tava sentado no sofá assistindo televisão, fui direto pro quarto, fui até o guarda roupa, abri o mesmo e peguei uma camisa dele de manga, vesti a mesma e ja fui me jogar na cama, praia cansa muito e eu nesse momento só queria dormir, fechei os olhos e deixei o sono me dominar.

- O Luana - ouvi a voz la longe - acorda cara.

- Huum, que foi - falei ainda sonolenta e abri os olhos - oi.

- Vai dormir aqui mesmo? - ele perguntou deitado do meu lado e eu assenti.

- Quer que eu vou embora? Eu vou - falei levantando e ele me fez deitar de novo - vai curtir teu baile vai.

- Vou nada - falou se ajeitando do meu lado, eu cheguei mais perto dele e joguei minha perna em cima dele - é isso mermo?

- Cala a boquinha Raul, deixa eu dormir - falei fechando meus olhos novamente.

Ouvi a risada dele e logo senti o braço dele em cima de mim...

- Oi sogra.. Tá, ta aqui comigo.. Capotada, tua filha é foda - a voz dele foi entrando no meu sonho e eu despertando.

Abri os olhos e ta ele em pé no quarto com o meu celular, pelo jeito ta falando com a minha mãe.

- É cara, indião te falou né... De boa, quando ela acordar levo ela ai jae, tchau - ele desligou e virou - bom dia.

Falou vindo pra cima da cama e me deu um beijo no rosto.

𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!Onde histórias criam vida. Descubra agora