Luana Narrando
Juntei minhas coisas mesmo, aguento mais não, só eu que tenho que colocar uma venda nos outros e apaziguar, dúvido.
Primeira coisa que guardei foi meu estilete, vou usar ele bem lindo e eu sei que o dia está próximo, dormi na minha mãe de sexta pra sábado, na verdade vou passar uns dias aqui, depois que meu carrinho estiver pronto eu volto pra minha casa, não deveria ter saído dela de jeito nenhum.
Sábado acordei cedo e fui arrumar a bagunça que aquele cão de saia fez, era pra eu ter arrastado a cara dela nesses cacos de vidro e pra melhorar a situação o bofe veio aqui, arranquei o papalete dele, nada mais justo, a bagunça toda aconteceu por causa dele, tem mais que pagar mesmo, Ágatha e eu comemos com ela falando horrores no meu ouvido, chata.
Hora do baile
Me arrumei na casa da Hgatinha, coloquei a minha roupa mais piranha, hoje eu to afim, incorporei Pandora, tirei umas fotinhas no espelho, mas deixei guardadas na galeria, vou postar nada não, abri minha bolsa pra colocar meu celular e vi meu baby ali, agora vou andar com ele, sei que a qualquer momento vou usar, então ja tenho que está previnida.
Saímos de casa rumo ao baile, descemos a rua e passamos pela porta da galinha ciscadeira, a motoquinha não estava ali, hum interassante.
Por fim, bailão, seguimos a rua, fomos passando por entre as motos estacionadas, a Ágatha me cutucou.
- Ih, hoje a maluca ta no baile - falou e eu dei um sorriso satisfeito.
- Opa, é hoje então - falei ja indo direto pra moto, abaixei ali e fui abrindo a bolsa
- Ta ficando maluca Luana? O que você pensa que ta fazendo? - ela falou e eu ja fui tirando o estilete da bolsa.
- Tô pensando em nada, eu tô é fazendo mesmo - falei enfiando o estilete na roda, rasquei o pneu da todinho.
Levantei olhando pros lados e fui até o pneu traseiro e fiz o mesmo, abriu maior bucetão no pneu, levantei me ajeitando e fui saindo de perto das motos, joguei o estilete no primeiro bueiro que vi e segui plena pra dentro do campo.
Paramos em um lugar do baile mais destacado, o baile é num campo aberto? Sim, mas nós estamos longe de tudo e de todos, decidimos ficar de cantinho mesmo.
Paramos em uma barraca, pedimos nossa bebida e começamos os trabalhos.
- Vou andar contigo não Luana - a Ágatha falou e eu olhei pra ela sem entender, ela apontou com a cabeça e eu olhei.
- Ih pronto, colocaram rastreador em mim - falei vendo meu irmão chegando.
- Ta achando que ta passando batida né - falou parando do meu lado - qual foi dessa roupa ai? - falou me medindo.
- Ih, vai dar um de Leonardo agora? - falei erguendo a minha sobrancelha e ele riu me abraçando.
- O amigo que mandou eu vim aqui - ele falou e eu encarei ele - to zuando, bora lá pro outro lado.
Olhei pra cara da Ágatha, ela balançou os ombros, pagamos nossa bebida e partimos, atravessamos o campo todo.
- Ta assim agora né, chegando de cantinho - Índio falou assim que me viu e eu fui ate ele que jogou o braço no meu ombro.
- Tem que ser assim mesmo, mas não adiantou de nada, passei la do outro lado e fui avistada - falei e nos começamos a rir.
Voltei pra perto do Lohan, ele ja veio balançando a garrafa de whisky, to falando que esse garoto adora me atiçar.
- Ta ai né mulher - novinho falou assim que parou do meu lado.
- Eu sempre to - falei rindo e dei um gole no copo que o Lohan me entregou - e você, desapareceu né
- To casado pô, fui laçado pela bandida ali - ele falou e eu assenti.
- Trás a bandida pra cá, junta ela com a tropa - falei e ele balançou a cabeça negando.
- Não mesmo, tu é mal caminho - eu não aguentei, comecei a rir.
- Eu vou conhecer ela, vou contar pra ela que você dizia que eu era sua mulher, você vai ver - falei e ele riu balançando a cabeça.
To quietinha, não demorou nem 10 minutos que cheguei e ele ja veio me cercando, Ágatha olhou pra minha cara segurando o riso e eu apenas balancei a cabeça...
Já to meio alegrinha, o fofo parou aqui do meu lado e não saiu mais, altos cochichos no pé do meu ouvido, eu fico só rindo, ele marca o território dele né.
Tá Ágatha e eu gastando ele, nós conversando rindo pra caralho, sabe quando você sente algo vindo pra cima de você mas você só se esquiva? Foi eu agora, quando dei por mim o Raul tava parado na minha frente com a maluca tentando passar por ele.
- Vagabunda, eu vou te pegar, me solta Raul, para de ficar defendendo essa piranha - ela falava tentando passar e ele empurrando ela pra trás.
- Para de palhaçada porra, a mina ta aqui tranquilona caralho - ele falou se afastando com ela.
- Foi ela - ela falou e eu olhei assustada - ela rasgou os pneus da minha moto - ela falou puta e ele me olhou.
- Que eu gente, to aqui a muito tempo, nem sai daqui pra ir no banheiro, vai se tratar o maluca - falei e ta ela lutando com ele querendo vim pra cima de mim.
- Foi você sua puta, puta de esquina - ela falando alteradona e eu apenas balancei a minha cabeça rindo.
- Bora Pará, tira essa mina daqui - o índio falou vindo pra perto da gente - não pode ver a Luana que quer vim fazer graça porra, supera Mariane velhona ta nessa agindo igual criança.
- Depois dizem que sou eu que implico, ta vendo ai, essa mulher não me esquece - falei e olhei diretamente pra ela - eu não sei mais se o que você sente por mim é ódio ou amor, deve ta querendo chupar a minha buceta mais não ta sabendo pedir.
Ai que ela tentava passar por ele pra chegar em mim, o Lohan me puxou pra trás rindo, sei que o Raul levou ela pra não sei aonde, fiquei tranquilinha curtindo meu bailinho, quebrando com a minha migles e perturbando a vida do Lohan porque é pra isso que eu sirvo.
- Qual foi alezinha? - o índio veio pra perto de mim - foi você né?.
- Eu o que garoto? - perguntei ofendida.
- Você é sonsa igual a tua mãe cara - ele falou rindo e eu não aguentei soltei o riso - eu sabia que tinha sido você e quando você fez isso?
- Quando eu cheguei - falei dando um sorriso - eu avisei que ia ter volta, ela começou, eu apenas retribui - falei balançando os ombros.
- Eu ja tava ligado, tua mãe me falou que você tava andando com estilete - falou e estendeu a mão - me da ele, pra eu sumir com a prova.
- Você acha mesmo que eu ia andar com a prova do crime? Ja dei um chá de sumisso nele antes de entrar aqui - falei e ele riu assentindo.
Demorou um pouco e o outro apareceu, carão fechado, um arranhado no rosto, parou do meu lado, ficou mexendo na mão, abrindo e fechando a mesma.
Eu olhei pras mãos dele e depois olhei pra cara dele, ele olhando pra frente tava, olhando pra frente ele ficou.
- Toma, bebi ai - falei entregando o copo pra ele e ele negou.
- Quero não, ta suave - falou negando.
- To oferecendo não, to obrigando você a beber - falei entregando o copo e ele virou a cabeça pra me olhar - bebe.
Ele olhou pra minha cara e pegou o copo, levou o mesmo até a boca e virou tudo sem tirar os olhos de mim e me devolveu o copo vazio.
- Valeu - falou me agradecendo e eu balancei a cabeça e fui encher meu copo.
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𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!
FanfictionMesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. Livro Único Estréia: 30/06 Finalização: 07/08