𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!

Capítulo 56

14 de junho.

Fiquei duas semanas sem dar as caras na casa da minha mãe, mas tenho que ir lá pra ver como a loja ficou, ela ja me avisou que a obra acabou e eu não to querendo ir pra não bater de frente com o Pará

Decide que vou vender roupa, vai ser multimarcas igual ao Lohan, mas vou chamar a loja de Pandora Fashion, vou usar siiiim esse nome, nada mais justo né.

Acordei, arrumei casa, fiz meu papa, comi e agora to aqui largada no sofá, meu celular tocou e era minha mãe.

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RAINHA²

Lua: Bença
Alê: Deus te abençoe, quero saber quando você vai vim aqui?
Lua: Vou ver, to andando muito ocupada ultimamente.
Alê: Quero você aqui hoje.
Lua: Mãe
Alê: Eu vou te dar o prazo de duas horas, se você não vir, to aparecendo ai, tchau.
Lua: Ta ok, tchau bj.
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Tive que ir né, tomei meu banho, arrumei uma mochilinha com as minhas coisas, porque do jeito que minha mãe é ela vai querer me segurar lá, me arrumei, chamei o uber e parti.

Soltei no ponto das motos e fui pegar o moto taxi, o da vez ficou cheio de gracinha, dei logo fora nele e o outro menino passou na frente dele e me levou, soltei na porta da minha mãe e parecia que ela tava sentindo, o menino parou a moto no portão dela ela tava lá parada, olhou pro relógio e olhou pra minha cara, eu desci da moto e paguei o menino.

- Eu achei que você não viria - ela falou me dando passagem e eu entrei.

- Eu falei que vinha, to aqui num tô? - falei enquanto nos duas passava pelo quintal.

- Mas me diz, você ta boa? - perguntou sentando ao meu lado no sofá e eu balancei a cabeça que sim - to vendo, com esse olho inchado de tanto chorar.

- É inchado de dormir - falei e ela me olhou serinha.

- Você é minha filha Luana, ta esquecida? Eu to sabendo de tudo que aconteceu, to querendo saber porque você resolveu terminar?

- Porque eu não quero ninguém de briguinha por minha causa - ela balançou a cabeça negando - mãe, eu fiquei muito tempo sem falar com a senhora, sei como é ruim ficar sem falar com a mãe e eu não quero ele nessa situação.

- Ah, então você acha que agora que vocês não estão juntos ele vai ta de boa com a mãe dele? - ela falou e eu balancei a cabeça assentindo - ta achando errado, Pará ta uma outra pessoa, totalmente diferente do que eu via quando tava contigo.

- Como assim? - perguntei

- Ele ta usando droga direto, ta cheirando muito, arrumando briga nos bailes - ela falou e eu balancei a cabeça negando.

- E cadê os amigos dele? Deixam ele fazer essas coisas? - perguntei.

- Luana, ele né criança não - ela falou e o índio entrou - ai Júlio, conta pra ela.

- Olha ela ai, a destrói coração - ele falou rindo e eu levantei pra abraçar ele.

- Tô destruindo nada, pode parando - falei desfazendo o abraço e sentando novamente no sofá.

- O amigo ta lá, acabadão - balancei os ombros - ialá.

- Ué tio, a culpa não é minha - falei e ele balançou a cabeça.

- Baleou meu soldado tu Lua, deixou o cara como apaixonado por você - ele falou.

- Para de palhaçada - falei ja ficando bolada.

- É papo reto cara - ele falou indo pra cozinha e logo voltou com um copo d'água - o cara ta malzão, vai lá trocar uma idéia com ele, Pará não ta ouvindo ninguém, qualquer coisinha ta arrumando caô no baile, fora que ta começando a se afundar no pó o cara nunca foi disso.

- Chama a mãe dele ué, ela conversa com ele pra ele parar - eu falei e ele balançou a cabeça - tio, eu não quero que ele tenha conflitos na família dele por minha causa, eu cheguei agora, ele vai ficar brigando com a família dele por minha causa?

- Isso é foda, mas você falou isso pra ele? - ele falou e eu fiquei olhando pra cara dele - vai lá falar, da teu papo conversa com o cara.

- É melhor não - falei e ele ficou me encarando.

- Ta com medo de que? - minha mãe perguntou - dele te agarrar?

- Tu acha que ela ta com medo? - o índio perguntou e minha mãe negou - bora lá Lua, eu te levo sem caô nenhum.

Eu olhei pra cara da minha mãe e ela balançou a cabeça, olhei pra cara do índio e ele foi pra cozinha e voltou sem o copo na mão falou um "bora" e saiu.

Sai atrás dele e ele ja estava sentado na moto, uma hornet preta muito linda, fui toda empolgada pra sentar em cima dela  montei na mesma.

- Eu fico uma semana fora, quando volto você ta com moto nova - falei pro índio que riu.

- Nós segue a atualidade - falou e acelerou fazendo a moto roncar, logo nós fomos saindo.

Antes dele me levar na casa do Pará, passamos na loja do Lohan, ele parou na porta e buzinou, o Lohan veio, conversamos um pouco e logo partimos,  ele parou na porta do Pará, eu desci.

- Quando eu tiver saindo daqui eu vou te ligar em - falei pra ele que assentiu e saiu com a moto.

Fui até a porta e bati na mesma, esperei um pouco e ninguém atendeu, bati de novo e nada, meti a mão na fechadura, girei e a porta abriu, entrei na casa e olhei ele caído no chão da sala.

- Ou acorda - fui até ele e falei dando um chute no pé dele - Raul caralho - fui ate ele e balancei o mesmo ele abriu os olhos, me olhos e fechou o mesmo.

Eu peguei nos braços dele e fui puxando o mesmo, pesado pra caralho, consegui fazer o mesmo sentar, com muita luta eu fiz ele encostar no sofá, fiquei do lado dele e dei uns tapas no rosto dele.

- Anda Raul, acorda - falei dando uns tapas e ele resmungou.

Levantei e fui caçar um álcool, rodei a casa toda e por fim achei, abri o mesmo e coloquei no nariz dele pra ele cheira, ele foi abrindo os olhos e me viu, deu um sorriso.

- Sai da minha mente Luana - ele falou esticando o braço e encostou em mim - filha da puta, eu tô sofrendo por causa de você - ele falava embolado. - sai da minha mente demonia, você entrou na minha mente e não sai mais, tu é um demônio na minha vida, eu te amo, mas eu te odeio também.

Eu queria rir, mas não dá, ele ta grogue e mal pra cacete.

- Vem levanta - falei tentando puxar ele - anda Raul vem.

Ele conseguiu levantar, fui lutando com ele até o banheiro, coloquei o mesmo sentado no vaso.

- O desgraçada, você não vai me ajudar a tira a roupa? - ele falou embolado e eu neguei rindo - ta rindo de mim né.

- Para de graça, tira a roupa e vai tomar banho anda - falei da porta.

- Eu vou te pegar Luana, tu vai ver. - ele falou e eu fechei a porta rindo