𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!

Capítulo 43

Eu fico muito linda em cima da 1100, que isso, Raul e eu saímos de casa e demos aquele rolezinho brabo, ele parou a moto no balu, tava Lohan, Léo, índio e minha mãe.

- Família reunida nem me chamaram né, tão ai porque? - falei em cima da moto e o índio deu maior sorrisão.

- Estamos comemorando - ele falou todo bobo e minha mãe revirou os olhos.

- Comemorando o que? - Raul perguntou confuso.

- Vou ser pai filho da puta - ele falou alto e eu ri, ele levantou vindo pra perto da gente e fizeram um toque de mão.

- Ah, então a aquele teste que você postou era da sua mãe? - perguntou pra mim e eu assenti - guarani ainda ta dando no coro.

Conclusão, paramos por ali e ficamos bebendo com eles, eles pediram churrasco e nós só colocando pra dentro.

- Luana - o Léo me chamou e eu olhei pra ele - bora da uma volta de moto? - eu assenti e nós levantamos.

Ele não gosta da idéia de eu ta com o Raul, se ele me chamou é porque ta querendo falar alguma coisa comigo.

- Preta - o Raul me chamou e jogou a chave dele pra mim - vai com a minha.

- Precisa não eu tenho moto - o Léo falou.

- Suave Leozinho, só tava te dando uma moral pô - falou levantando e eu devolvi a chave pra ele.

O Leonardo saiu andando e eu segui o mesmo até a moto dele, ele sentou ligando a mesma e eu montei em seguida.

Demos uma volta, passamos até pela porta da Mariane, tava ela, a amiga e a filha da amiga, depois ele parou perto da estação do teleférico, eu sai da moto, ele desligou colocando a mesma no descanso e saiu em seguida, fomos andando até uma pracinha e sentamos lá.

- Tu quer isso pra sua vida mermo? - perguntou e eu olhei confusa pra ele - ser amante do Pará, viu que a mulher dele postou que ele deu uma moto pra ela né.

- Eu vi Leonardo, o Raul não está com ela - eu falei e ele balançou a cabeça rindo.

- Deixa de ser boba Luana, você acha mesmo que eles estão separados? Por qual motivo ele daria uma moto pra ela?

- Por conta dos filhos - ele apoiou os cotovelos na mesa e apoiou a cabeça nas mãos.

- Deixa de ser burra - ele levantou a cabeça pra me olhar - a família da Mariane tem dinheiro suficiente pra comprar quantas motos ela quiser, se ela tivesse separada dele mesmo, ele não ia precisar dar nada, os pais dela dariam - ele falou me encarando e eu fiquei quieta - não tem necessidade de você ficar com ele, você é bonita, tem condições de arrumar homens melhores e de fora da favela, eu to te falando isso porque eu não te aceito com ele, ele é bem mais velho que você e ainda é bandido, vai te privar de muita coisa, ja pensou você querer viajar pra longe e não poder pq ele não pode sair daqui, pensa nisso, sai fora desse cara enquanto ainda pode.

Pronto, to cheia de paranóia agora, ficamos uns vinte minutos ali em silêncio, até eu quebrar o mesmo falando que estava com frio, nós levantamos e fomos andando até a moto, subi na mesma depois dele e ele acelerou saindo dali...

Demos mais uma volta e eu pedi pra ele me deixar na casa a Ágatha que é algumas ruas a cima da casa da Mariane, ele fez o que eu pedi e foi embora.

Fiquei la na Ágatha um tempão, perturbando ela, até ela tomar banho, se arrumar e a gente finalmente sair.

Estamos nós descendo a rua, contei direito o negócio da minha mãe, contei da minha conversa com o Léo também.

- Não adianta Viviane - a voz da maluca surgiu - ele diz não está comigo, mas tudo que eu peço ele se desdobra pra dar - ela falando alto pra mim ouvir e eu gargalhei - ta rindo de que o ninfeta?