Mês seguinte.
Dezembrão, natal e ano novo na porta, minha irmã graças a Deus fez um mês, minha mãe me perturbou pra eu ficar aqui com ela, até porque eu falei que ia ajudar a bonita né, desde então cá estou.
Sai da clínica já com a notícia do sexo do meu bebê, é uma coisa de louco, parece que só foi eu descobrir o que é que a barriga resolveu aparecer, parece que o bebê resolveu se esticar e a barriga apontou.
Fiz aquele mesmo esquema, o uber não quis subir comigo, então soltei no ponto das motos e fui pegar o moto taxi, peguei o mesmo e soltei no portão, um bando de homem ali no portão, índio agora deu pra beber o mijo da Laura todo final de semana, desci da moto com o Raul me olhando, paguei o menino e ele agradeceu virando a moto e foi.
- Paiee - falei indo até o Júlio e sentei no colo dele - bença.
- Deus te abençoe, tua mãe fez você vim né - ele falou passando a mão na minha barriga e eu assenti revirando os olhos - ta lá dentro lá, toda hora me chama.
- Vou lá ver a velha, mas antes entra comigo - falei levantando e virei a cabeça pro outro que não tirava os olhos de mim - você também, quero falar com vocês.
Falei e passei pelo portão, a bonita tava no quintal brigando com o Lucas, mandando ele arrumar o quintal.
- Até que fim em - falou pra mim e eu apontei lá pra dentro - aprontou o que Luana?
Eu nem falei nada, só me sentei ao lado da Laura e eles entraram e ficaram olhando pra minha cara.
- Qual foi? - o Júlio falou.
- Então, fui na minha consulta hoje, na verdade to vindo de lá agora - falei abrindo minha bolsa e peguei o papel da ultra e estiquei pra eles o índio pegou.
- Explica isso aqui cara - o Índio falou mais minha mãe tomou dele, ela olhou e me olhou e eu dei um sorriso.
- PUTA QUE PAARIU - sim, minha mãe gritou, eu olhei pra Laura que tomou um susto mas continuou no soninho dela.- Ta maluca porra, explica Alessandra - o Índio falou puto e eu gargalhei.
- Aqui garoto, olha, é uma menina - ela falou afobada e veio até mim, pegou na minha mão e me levantou.
Ela me abraçou, eu comecei a rir- Aonde que ta menina aqui Alessandra? - o Índio falou, a gente se soltou e eu fui até eles e apontei.
- A perereca dela aqui - falei e os dois viraram pra mim, o Índio com um sorriso de orelha a orelha e o outro ficou mais branco do que ja é.
Índio meu deu um abraço, falou pra cacete dizendo que a minha filha ia pro convento que ela e a Laura iam fazer ele infartar que ele tava fudido com duas meninas, que ia pagar por todos os pecados eu gargalhando.
- Caralho Pará, fudeu pra nós mano - falou dando um tapa nas costas do Raul, parece que soltou um bagulho que tava preso dentro dele.
Ele veio na minha direção e me agarrou. Literalmente, ele me agarrou e me beijou.
Raul Narrando
Tô numa felicidade que papo reto, não consigo nem dizer, gosto de crianças, sou apaixonado nos meus filhos, mas agora a mulher que amo me dar uma filha, taligado uma menina cara, ja to aqui imaginando uma mini Luana, me chamando de papai cara que isso.
Quando a mãe dela falou eu não levei muita fé, ela veio mostrar naquele borrão e eu fiquei sem reação, parece que o tapa que o mano me deu foi um acorde e eu me perdi tempo, beijei ela mermo, foda-se.
Soltei da Luana me ajoelhando na frente dela, envolvi meus braços na cintura dela e beijei muito a barriga dela, minha princesa ta aqui, vou cuidar e proteger de tudo e todos, ai de quem vier fazer algo de mal pra elas duas.
- Garota, eu não consigo falar o que eu to sentindo - falei olhando pra ela que me olhava assustada - Luana, você me deu o melhor presente desse mundo cara.
Eu levantei ficando frente a frente com ela, segurei o rosto dela com as duas mãos e beijei ela, bem na boca mesmo, depois abracei a mesma que mesmo sem reação retribuiu.
- Mano, eu to tremendo - falei soltando dela e olhei pro Índio - uma menina caralho - falei soltando uma gargalhada.
- Olha só em Pará - a Alê falou - é minha filha e minha neta em.
- Suave sogra, estão blindadas, nelas ninguém vai tocar, papo é reto - falei olhando pra cara da Alê e virei pra Luana - papo de sujeito homem mermo, tão protegidas, ninguém vai tentar nada contigo, pode ficar tranquila.
- Eita - ela falou - se eu soubesse que você ia dar uma virada de chave eu engravidava antes - ela falou e a mãe dela deu um tapa - tô brincando chata, mas eu espero mesmo - falou me olhando - ja to preparada pra maluca vim, compro outro estilete mas esse vai ser pra rasgar a cara dela.
- Para de caô - falei balançando a cabeça - eu nem vou ficar falando não, vou é mostrar na prática.
Fui até o Índio, nós dois nos abraçamos.
- Qual foi mano, tem que deixar eu dar mais uma rajada, mandar vim mais três garrafas de whisky - falei rindo com ele - é mijo infinito rapá, minha princesa ta vindo ai.
- Se manca Raul, a garota nem nasceu - ela falou e eu olhei pra cara dela.
- Neurose nenhuma, vou beber antes, durantes e depois - falei e ela balançou a cabeça.
- Quero ver na hora de trocar a fralda cagada da garota, se ficar de nojinho jogo a fralda dentro da tua boca - ela falou e eu neguei rindo.
- Ta vendo como a tua filha é né - falei olhando pra cara da mãe dela que balançou os ombros e voltei olhar pra ela - ai, o bagulho é tu vim morar aqui, arruma uma casa aqui perto, pra ficar perto de geral.
- Agora ele foi sensato - a mãe dela falou e ela balançou a cabeça negando - ele ta certo Luana.
- To bem abeça na minha casa - ela falou e foi sentar no sofá.
- Filha, aqui você ta perto de todo mundo - ela negou - aluga lá garota, fica aqui, eu arrumo uma casa pra você aqui na rua.
- Ai mãe, não sei e as coisas da minha vó? - ela falou e a mãe dela foi sentar do lado dela.
- Tá na hora de desfazer das coisas dela, minha mãe te ama Luana independente das coisas, eu sei que você mantém aquele quarto pra se sentir perto dela, mas ela nunca deixou de estar contigo - a Alê falou e a Luana encarou ela - por favor Luana, vem morar aqui, você vai ta perto de todo mundo e nós vamos poder te ajudar com a neném, aliás, qual é o nome da minha neta?
- Lorena - eu e ela falamos juntos e ela me olhou.
- Aprende Júlio - a mãe dela falou e eu segui olhando pra ela - vocês conversaram né?
- Nunca mãe - ela falou - eu gosto desse nome desde criança, era o nome de uma boneca que eu acho que foi a senhora me deu, uma boneca preta.
- Ah, foi eu mesmo - a Alê falou me olhando.
- É o nome da minha falecida vó mãe do meu pai, ela me criou por alguns anos e eu pensei em colocar esse nome na minha filha se caso um dia eu tivesse - eu falei.
Depois disso eu vi que essa criança é um propósito na minha vida e na dela, ta escrito por Deus que ela é minha e eu sou dela e ponto final.
Índio e eu metemos o nosso pé pra beber o mijo das nossas filhas e deixamos elas lá conversando.
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𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!
FanfictionMesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. Livro Único Estréia: 30/06 Finalização: 07/08