Capítulo 35

860 85 2
                                    

Raul Narrando

Fiquei puto pra caralho quando comecei a ouvir os burburinhos com o nome da Luana a respeito do que ela tava fazendo, explanaram a menina no twitter, esse bagulho de rede social é doentio.

Pelo que contaram foi um mlk daqui que descobriu, falou q entrou no site, rolando o bagulho lá a foto da Luana apareceu, ele comparou com a do twitter e ja foi passando de um pra outro até que caiu no tal perfil de fofoca.

Queria ta lá com a pretinha, nas como? Mariane começou a pegar no meu pé desde quando voltou e pra não dar ruim pra garota eu apaguei o número dela...

Então é natal, fui passar com a minha mãe como de costume, fomos eu, Mariane e as crianças pra Nova Iguaçu, minha coroa mora num condomínio, tranquilão.

Ja tinha dado meia noite e eu ja estava agoniado, doido meter o pé, consigo ficar muito tempo aqui não, bagulho paradão, vou voltar pra Penha.

- Ai - falei depois de sentar perto da Mariane - vou ralar.

- Pelo amor de Deus Raul, não consegue ficar um dia longe daquela porra - falou me olhando e eu balancei a cabeça - eu vou ficar aqui, quero ir embora não.

- Ta, fica ai e domingo tu vai com as crianças - falei e ela assentiu.

Perdi um dinheiro maneiro pra ela e fui chamando o uber pra partir...

Baile ja tava comendo firme, bagulho lotadão, fui passando pela muvuca e fui direto pro reservado, duvido que vou ficar aqui na pista, não ta dando nem pra andar direito.

Cheguei perto dos amigos, falei com geral e ja fui colocar álcool na mente, fiquei marolando trocando uma idéia com os caras, entra no reservado, o novinho, o Léo, Lohan, a mina que vi com a Luana no pagode e ela.

Como assim o que ela ta fazendo aqui? Ela entrou rindo pra caralho com os irmãos, o índio passou por mim e foi lá falar com ela, eles se abraçaram ele deu um beijo na cabeça dela, fiquei encarando ela e ela nem ai.

Logo índio voltou pra perto de nós e pronto, Luana era o assunto deles, ele falando pra caralho e eu olhando pra filha da puta que tava ali fingindo que eu não existo.

- Ela ta tranquilona pô, conversei com ela lá na mãe dela - índio falou e eu virei prestando atenção.

- Cara, se não explanam o bagulho, ninguém nunca ia saber, certa é ela que não ta deixando de viver por conta dessas porras, montão de mulher com passado cabuloso querendo julgar a garota - Negão falou e o índio assentiu.

- Esse bagulho ai só serviu pra unir ela e a mãe - índio falou - cheguei lá, a Ale toda boba com a filha do lado, Luana ta aqui porque ela fez a menina vim.

Eles falando pra caralho lá, olhei pra ela e ta ela e a amiga rindo, bebendo.

Luana Narrando

Depois que eu comi a ceia, começamos a beber, o índio veio aqui e a primeira pessoa que ele foi falar foi comigo, eu achando que ele nem na minha cara ia olhar.

Fui pro baile ja sabendo que a qualquer momento eu ia ter que olhar pra cara do Pará, mas não imaginava que ia ser assim que eu chegasse.

Entrei no camarote ja dando de cara com ele, mas nem dei muita confiança, se ele não veio atrás de mim não vai ser eu que vou atrás dele.

Vem pra selva vem, vem pra escolinha do prof, entra na selva do russo..

- Toma picada do abelha, olha o rugido do urso - Ágatha cantou e ja fomos entrando no ritmo.

A mão ja foi descendo automaticamente pro joelho e pronto, a jogancia a começou.

O mal de beber é isso, a vontade de ir no banheiro bate de 10 em 10 minutos, falei com a Ágatha que queria ir no banheiro, ela assentiu pegando na minha mão, antes de sair avisei os meninos e nós duas saímos, fomos em direção aqueles banheiros químico, a fila tava grande, tivemos que enfrentar fazer o que né.

Ta nós duas na fila e as monas olhando pra mim e comentando eu nem tchum.

- Geeeeente, tem alguém aqui com piru na testa? - Ágatha falou se alterando e eu olhei pra ela.

- Da confiança não garota - falei e ela negou.

- Dá não menina, nem disfarçam pra falar dos outros porra - ela falou olhando pra cara das minas.

- Ta incomodada gata? - uma mona que tava na frente da gente falou

- Bastante amor, vai fazer o que? - Ágatha falou passando por mim indo pra cima da menina.

Eu entrei no meio das duas e fui empurrando a Ágatha pra trás.

- Engraçado que você ta ai se doendo enquanto a tua amiga não ta falando porra nenhuma - a mona falou e eu virei pra ela.

- Realmente, vocês vão falar, falar e não vai mudar em nada na minha vida, a puta aqui é formada em administração e você? - falei - se vende por um balde de cerveja ou deve se vender até por menos né linda.

Ela ficou olhando pra minha cara, acenei com a cabeça.

- Vai gata, a fila andou - falei e ela virou pra frente e deu uns passos.

Ficamos uns vinte minutos ali, mas conseguimos usar o banheiro,  estamos voltando pro camarote e eu senti puxarem meu braço olhei e era ele.

- Bora ali rapidinho pra nós trocar uma idéia - olhei pra mão dele e encarei o mesmo.

- Tenho idéia nenhuma pra trocar com você. - falei.

- Coé Pre..

- Me solta Pará - falei firme e ele ficou me olhando e eu sustentando o olhar dele.

Isso ja tinha um pessoal maneiro, ele olhou em volta e me largou, eu sai andando e alcancei a Ágatha e nos entramos no camarote.

- O que ele queria contigo? - Ágatha perguntou e eu balancei os ombros.

- Sei lá - falei pra ela q balançou a cabeça negando.

Já to vendo o povo falando ainda mais da minha vida depois que viram ele me parando.

𝑬𝒓𝒂 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛... 𝑷𝒂𝒏𝒅𝒐𝒓𝒂!Onde histórias criam vida. Descubra agora