capítulo 2

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Meu destino é a sede da empresa global da Sra. Mendonça. Trata-se de um prédio comercial de vinte andares todo de vidro e aço, um desses projetos arquitetônicos excêntricos, com o nome MENDONÇA HOUSE escrito discretamente em aço em cima das portas de vidros da entrada. São quinze para duas, quando eu chego e com grade alívio por não estar atrasada, entro no saguão imenso,- e para ser sincera, intimidante. Tudo de vidro , aço e granito, uma jovem loira muito atraente,e bem-arrumada sorri para mim com simpatia. Está vestida com o mais elegante conjunto de terninho cinza e camisa branca que já vi. Parece imaculada.

-Estou aqui para falar com a Sra. Mendonça.
-Maiara Carla da parte de Maraísa Henrique.

-Um momento Srta. Carla. Ela ergui a sombrancelha ligeiramente quando para sem jeito em sua frente. Começo a desejar ter pedido emprestado um dos blazers sociais de Maraisa, invez de ter vindo com a minha jaqueta azul-marinho. Na minha opinião isso, já é elegante.
Ponho uma das mechas rebeldes do meu cabelo atrás da orelha, fugindo que ela não me intimida.
-A Srta. Maraisa está sendo aguardada. Assine aqui, por favor, Srta. Carla. É o último elevador á direita, vigésimo andar.-ela sorrir gentilmente para mim, sem dúvida se divertindo, enquanto assino.

Ela me entrega um crachá com a palavra "visitante" estampada com firmeza na frente. Não consigo conter um sorrisinho. Está na cara que, estou de visita. Não me encaixo aqui de jeito nenhum. É sempre a mesma coisa, suspiro internamente. Agradecendo-lhe, vou até os elevadores passando por dois seguranças, ambos muito mais bem vestidos que eu com os seus ternos pretos bem-cortados. O elevador me leva zunindo, em alta velocidade, para o vigésimo andar. As portas se abrem e estou em outro amplo saguão.
-Novamente de vidro, aço e arenito branco. Deparo com outra mesa de arenito e outra jovem loira, dessa vez impecavelmente vestida de preto e branco, que se levanta para me receber.

-Srta. Carla, poderia aguarda aqui por favor? -Diz, apontando para uma área de espera, com cadeiras de couro brancas. Atrás das cadeiras brancas tem há uma ampla sala de reuniões, com paredes de vidro e uma mesa igualmente ampla de madeira escura que tem ao redor pelo menos vinte cadeiras iguais. Além da mesa há uma janela que vai do piso ao teto com vista para a Cidade de Seattle. É uma paisagem incrível e fico, momentaneamente paralisada com a visão.

Uau!! Sento-me, pego as perguntas na mochila e as leio, xingando Maraisa mentalmente por não ter me fornecido uma breve biografia. Não sei nada sobre a mulher que eu estou breve a Intervista. Ela poderia ter, noventa anos ou trinta. A incerteza é mortificante, e fico de novo com os nervos a flor da pele, o que me deixa agitada. Nunca me senti a vontade com entrevistas , cara a cara. Prefiro um anonimato de uma discussão em grupo, onde posso me sentar sem ser notada no funda da sala , para ser franca, gosto mesmo é de ficar sozinha, lendo um romance inglês clássico, encolhida em uma cadeira na biblioteca do Campus. Não notada contraída de nervoso sentada , no prédio colossal de vidro e pedra. Reviro os olhos para mim mesma, controla-se, steele. A julgar pelo prédio. Que é assepitico e moderno de mais. Acho que Mendonça está na facha dos quarenta anos: forte,bronzeada e com  cabelos claros, para combinar com os seus funcionários.
Outra loira elegante e bem-vestida sai de uma grande porta a direita.

Qual é a de todas essas loiras impecáveis? Parece a reunião das mulheres perfeitas. Respiro fundo e me levanto.

-Srta. Carla? -A última loira me chama.
-Sim -grasno, e pigarreio.-Sim. - pronto esse, soa mais seguro.

-A Sra. Mendonça, já vai receber a senhorita. Posso guardar sua jaqueta?

-Ah por favor, -Tiro a jaqueta com dificuldade.

-Já lhe ofereceram algo pra beber?

-Hum, não. - Aí meu Deus, será que a loira número dois está ferrada ?

A loira número três fecha a cara e olha para jovem a mesa.....

Cinquenta Tons De Cinza (Adapt Mailila)Onde histórias criam vida. Descubra agora