Mai, Você é Tão Inesperada....

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— Japinha, a fotógrafa? — os olhos de Marília estão apertados, seu
rosto está congelado. Oh merda.
— Sim, o Fusca era da sua mãe.
— Sim, provavelmente sua mãe e sua avó, antes de ser dela. Não é
seguro.
— Eu o tenho dirigido por mais de três anos. Eu sinto muito que você
esteja preocupada. Por que você não chamou? — Puxa, ela está exagerando
completamente.
Ela respirou fundo.
— Maiara, eu preciso de uma resposta sua. Esta espera está me
deixando louca.
— Marília, eu… olhe, eu deixei meu padrasto sozinho.
— Amanhã. Eu quero uma resposta, amanhã.
— Certo. Amanhã, eu direi a você então. — Eu pisquei para ela.
Ela andou de volta, em relação a mim friamente e seus ombros
relaxaram.
— Você vai ficar para beber? — Ela perguntou.
— Eu não sei o que Ray quer fazer.
— Seu padrasto? Eu gostaria de encontrá-lo.
Oh não… por quê?
— Eu não estou certa que isto é uma boa ideia.
Marília destrancou a porta, sua boca fez uma linha horrenda.
— Você tem vergonha de mim?
— Não! — Foi minha vez de soar exasperada. —Apresentar você para
meu pai como o que? ‘Esta é a mulher que me deflorou e quer que nós
comecemos uma relação de BDSM'. Você não está usando tênis.
Marília levantou os olhos para mim, então seus lábios
estremeceram em um sorriso. E apesar do fato que eu estar louca por ela,
meu rosto estava involuntariamente puxado um sorriso de resposta.
— Só assim você sabe que eu posso correr bastante rápido. Só diga a
ele que eu sou sea amiga, Maiara.
Ela abre a porta, e eu encabeço para fora. Minha mente está girando.
O Reitor, os três Vice-Reitores, quatro professores e Maraisa olham fixamente
para mim enquanto eu caminho apressadamente, passando por eles.
Caramba. Deixando Marília com a faculdade, eu fui à procura de Ray.
Diga a ele que eu sou sua amiga. Amiga com benefícios, eu franzi a
testa subconscientemente. Eu sei, eu sei. Eu agitei o pensamento
desagradável para longe. Como eu a apresentarei para Ray? O corredor
ainda estava meio cheio e Ray não se moveu de seu lugar. Ele me vê, acena e
faz de seu modo.
— Eh, Mai. Parabéns. — Ele põe seu braço ao meu redor.
— Você gostaria de vir comigo e tomar uma bebida na marquise?
— Certo. É seu dia. Vá em frente
— Nós não temos, se você não quiser.... — Por favor diga não…
— Mai, eu me acabei de sentar por umas duas horas e meia,
escutando todo o tipo de tagarelar. Eu preciso de uma bebida.
Eu ponho meu braço no seu e nós saímos do recinto com a multidão,
no calor do início da tarde. Nós passamos pela fila para o fotógrafo oficial.
— Oh, antes que esqueça. — Ray tirou uma máquina fotográfica
digital de seu bolso. — Uma para o álbum, Mai. — Eu rolei meus olhos,
enquanto ele clica uma foto minha.
— Eu posso tirar o capelo e a beca, agora? Eu me sinto um tipo de
idiota.
Você parece meio que idiota… meu subconsciente está em seu melhor
sarcasmo. Então, você vai apresentar Ray para a mulher que você fode? Ele
Ficará muito orgulho... Meu subconsciente está me olhando por cima com
olhar superior. eu a odeio às vezes.
A marquise é imensa e cheia de alunos, pais, professores e amigos,
todos tagarelando alegremente. Ray me dá uma taça de champanhe ou vinho
efervescente barato, eu suspeito. Não está gelado e tem gosto doce. Meus
pensamentos viram para Marília… ela não gostará disto.
— Mai! — Eu giro e Ethan Kavanagh agarra-me em seus braços. Ele
me gira ao redor, sem derramar meu vinho, o que é uma façanha.
— Parabéns! — Ele sorri para mim, piscando seus olhos verdes.
Que surpresa. Seu cabelo é louro escuro, desgrenhado e sensual. Ele
é tão bonito quanto Maraisa. A semelhança de família é impressionante.
— Ethan! Que adorável ver você. Papai, este é Ethan, Irmão de Maraisa.
Ethan, este é meu pai, Ray Steele. — Eles apertam as mãos, meu pai
friamente avaliando Sr. Kavanagh.
— Quando chegou da Europa? — Eu pergunto.
— Faz uma semana, mas eu quis surpreender minha irmãzinha, —
ele diz conspirativamente.
— Isto é tão doce. — Eu sorrio para ele.
— Ela é Valedictorian, não podia faltar com ela. — Ele parece
imensamente orgulhoso de sua irmã.
— Ela fez um grande discurso.
— Sim, ela fez,— Ray concorda.
Ethan tinha seu braço ao redor minha cintura quando eu olhei para
cima, para os olhos cinza gelados de Marília Mendonça. Maraisa estava ao lado dela.
— Oi, Ray, — Maraisa beijou Ray em ambas as bochechas, fazendo-o
ruborizar. —Você conhece a namorada da Mai? Marília Mendonça.
Caramba… Maraisa! Mas que Porra! Todo o sangue do meu rosto foi
drenado.
— Sr. Steele, é um prazer conhecer você. — Marília suavemente
disse, calorosamente, completamente imperturbável com a apresentação de
Maraisa. Ela estende a sua mão, que, todo crédito para Ray, a toma, não
mostrando uma sugestão de surpresa, apenas toma.
Muito obrigado, Maraisa Henrique, eu fumego. Eu penso que meu
subconsciente desfaleceu.
— Sra. Mendonça, — Ray murmurou, sua expressão era indecifrável, exceto
talvez, pelo leve arregalar de seus grandes olhos marrons. Eles deslizaram
para o meu rosto com um, quando era que você ia dar para mim esta notícia,
olhar. Eu mordi o meu lábio.
— E isto é meu irmão, Ethan Kavanagh. — Disse Maraisa para
Marília.
Marília deu um olhar ártico para Ethan, que ainda tinha seu braço
ao redor de mim.
— Sr. Kavanagh.
Eles apertam as mãos. Marília estendeu sua mão para mim.
— Mai, querida, — ela murmurou.
Quase morro ao escutá-la.
Eu saio do aperto de Ethan, ao qual Marília solta um sorriso frio. E
eu me posiciono ao seu lado. Maraisa sorriu para mim. Ela sabia exatamente o
que estava fazendo, a raposa!
— Ethan, Mamãe e papai querem uma palavra. — Maraisa arrasta Ethan
para longe.
— Então, crianças, a quanto tempo vocês se conhecem? — Ray olhou
impassivelmente de Marília para mim.
O poder da fala fugiu de mim. Eu queria que o chão me absorvesse.
Marília pôs seu braço ao redor mim, seu polegar deslizando em minhas
costas nuas em uma carícia, antes de sua mão apertar o meu ombro.
— Um par de semanas, — ela disse suavemente. —Nós nos
conhecemos quando Maiara veio me entrevistar para a revista dos alunos.
— Não sabia que você trabalhou na revista dos alunos, Mai. — A voz
de Ray tinha uma repreensão silenciosa, revelando sua irritação. Merda.
— Maraisa estava doente, — eu murmurei. Foi tudo que eu pude
administrar.
— Belo discurso o seu, Sra. Mendonça.
— Obrigado, senhor. Eu entendi que você é um grande pescador.
Ray levantou suas sobrancelhas e sorriu, num raro e genuíno sorriso
de Ray Steele e foram eles, conversando sobre peixes. De fato, eu logo me
senti sobrando. Ela estava encantando o meu pai… como ela esta por você,
meu subconsciente falou para mim. Seu poder não conhece limites. Eu me
desculpei e sai para achar Maraisa.
Ela estava conversando com seus pais, que são atenciosos como
sempre e calorosamente me saúdam. Nós trocamos breves amabilidades,
principalmente sobre as próximas férias em Barbados e sobre nosso
movimento.
— Isa, como você pode apresentá-la para o Ray? — Eu reclamei na
primeira oportunidade que nós tivemos de não sermos ouvidas.
— Porque eu sabia que você nunca faria e eu quero ajudar Marília
com os assuntos de compromisso. — Maraisa sorriu para mim docemente.
Eu fiz uma carranca. Sou eu que não quero compromisso com ela, sua
tola!
— Ela parece muito legal sobre isto, Mai. Não mele. Olhe para ela
agora, Marília não pode tirar seus olhos de você. — Eu olhei para cima,
ambos, Ray e Marília, estavam olhando para mim. — Ela tem estado
vigiando você como um falcão.
— Seria melhor eu ir resgatar Ray ou Marília. Eu não sei qual
deles. Você não ouviu a última palavra sobre isso, Maraisa Henrique! —
Eu olhei para ela.
— Mai, eu te fiz um favor, — ela falou atrás de mim.
— Oi. — Eu sorri para eles dois em meu retorno.
Eles parecem bem. Marília estava apreciando alguma piada
particular e meu papai parecia incrivelmente relaxado, dado que ela estava
em uma ocasião social. O que mais eles tinham discutido além de peixes? —
Mai, onde estão os banheiros?
— Atrás da marquise, à esquerda.
— Vejo você em um momento. Vocês, crianças, se divirtam.
Ray foi-se. Eu olhei nervosamente para Marília. Nós pousamos
brevemente para um fotógrafo.
— Obrigada, Sra. Mendonça. — O fotógrafo foi embora. Eu fiquei piscando
por causa do flash.
— Então você encantou meu pai também?
— Também? — Os olhos cinza de Marília queimaram e ela levantou
uma sobrancelha interrogativa. Eu corei.
Ela ergue sua mão e traçou a minha bochecha com seus dedos.
— Oh, eu gostaria de saber o que você estava pensando, Maiara,
— ela sussurrou sombriamente, acariciando o meu queixo e levantando
minha cabeça de forma que nos olhamos atentamente, um nos olhos do
outro.
Minha respiração estava arfante. Como ela pode ter este efeito sobre
mim, até nesta festa lotada?
— Agora mesmo, eu estou pensando, que gravata bonita, — eu
respirei.
Ela riu.
— Esta, recentemente, se tornou a minha favorita.
Eu estava escarlate de rubor.
— Você parece adorável, Maiara, o decote deste vestido se adapta
bem a você e eu posso atacar suas costas, sentir sua bonita pele.
De repente, era como se nós estivéssemos sozinhas no quarto.
Apenas nós dois, meu corpo inteiro ficou vivo, cada terminação nervosa
estava suavemente cantando, aquela eletricidade me puxando para ela,
carregando entre nós.
— Você sabe que vai ser bom, não é, bebê? — Ela sussurrou. Eu
fechei meus olhos, enquanto o meu interior desenrolou e derreteu.
— Mas eu quero mais, — eu sussurrei.
— Mais? — Ela olhou para mim perplexa, seus olhos escureceram.
Eu sacudi a cabeça e engoli. Agora ela sabe.
— Mais — ela diz novamente, suavemente. Testando a palavra, uma
palavra pequena, simples, mas tão cheia de promessa. Seu dedo polegar fez
uma trilha para baixo até o meu lábio. —Você quer corações e flores.
Eu movimentei a cabeça novamente. Ela piscou para mim, eu assisti
a sua luta interna, em seus olhos. — Maiara. — Sua voz é suave. — Não é
algo que eu saiba.
— Nem eu.
Ela sorriu ligeiramente.
— Você não sabe muito, — ela murmura.
— E você sabe todas as coisas erradas.
— Erradas? Não eu. — Ela agitou sua cabeça. Ela parecia tão sincera.
— Tente isto, — ela sussurrou.
Um desafio, ousando-me, ela levantou a sua cabeça para um lado e
seu sorriso entortou, um deslumbrante sorriso.
Eu ofeguei, eu sou a Eva no Jardim de Eden e ela é a serpente, eu
não posso resistir.
— Certo, — eu sussurrei.
— O que? — Eu tenho sua atenção cheia, não dividida. Eu traguei.
— Certo. Eu tentarei.
— Você está concordando? — Sua descrença era evidente.
— Dentro dos limites toleráveis, sim. Eu tentarei. — Falo numa voz
muito baixa. Marília fechou seus olhos e me puxou em um abraço.
—  Mai, você é tão inesperada. Você toma a minha respiração.
Ela recuou e, de repente, Ray havia retornado e o volume na
marquise havia gradualmente subido e encheu meus ouvidos. Nós não
estávamos sós. Caramba, eu acabei de concordar em ser sua sub. Marília
sorriu para Ray e seus olhos estavam dançando de alegria.
— Mai, nós não devíamos ir almoçar?
— Certo. — Eu pisquei para Ray, tentando achar meu equilíbrio. O
que você fez? Meu subconsciente gritou para mim. Minha deusa interior
estava dando piruetas em uma rotina merecedora de um ginasta olímpico
russo.
— Você gostaria de juntar-se a nós, Marília? — Ray perguntou.
Marília! Eu olhei fixamente para ela, implorando para que ela
recusasse. Eu precisava de espaço para pensar… oh que merda eu fiz?
— Obrigado, Sr. Steele, mas eu tenho planos. Foi um prazer conhecer
você, senhor.
— Igualmente, — Ray respondeu. — Cuide de minha menininha.
— Oh, é só o que eu pretendo, Sr. Steele.
Eles apertaram as mãos. Eu tive náuseas. Ray não tinha nenhuma
ideia do quão Marilia pretendia cuidar de mim. Marília tomou a minha
mão e levantou-a até os seus lábios e beijou as minhas juntas ternamente,
seus olhos ardentes estavam grudados em mim.
— Mais tarde, Senhorita Carla, — ela respirou, sua voz era uma
promessa total.
Minha barriga enrolou com o pensado… oh.... Agarre-se…
mais tarde?
Ray tomou o meu cotovelo e me levou em direção à entrada barraca.
— Pareça uma mulher jovem sólida. Muito apresentável também. Você
podia fazer muito pior, Mai. Entretanto por que eu tive que ouvir sobre ela
por Maraisa, — ele ralhou.
Eu encolhi os ombros apologeticamente.
— Bem, qualquer pretendente que goste de pescar está bom para mim.
Misericórdia, Ray também o aprova. Se ele soubesse.
Ray voltou para casa ao entardecer.
— Ligue para sua mãe, — ela disse.
— Eu irei. Obrigado por vir, Papai.
— Não teria faltado a isto por nada no mundo, Mai. Você me fez tão
orgulhoso.
Oh não. Eu não vou ficar sentimental. Um enorme nó formou em
minha garganta, eu abracei-o, forte. Ele pôs seus braços ao redor de mim,
confuso e eu não pude ajudar nisso, uma cachoeira de lágrimas estavam em
meus olhos. — Ei, Mai, querida, — Ray sussurrou. — Grande e velho dia…
hein? Quer que eu entre e faça um chá para você?
Eu ri, apesar de minhas lágrimas. O chá é sempre uma resposta de
acordo com Ray. Eu lembro da minha mãe reclamando com ele, dizendo que
ele sempre estava pronto para o chá e simpatia, ele era sempre bom no chá,
mas não tão quente na simpatia.
— Não, Papai, eu estou bem. Foi realmente maravilhoso ver você. Eu
o visitarei tão logo que me estabeleça em Seattle.
— Boa sorte com as entrevistas. Deixe-me saber como elas vão.
— Com certeza, Papai.
— Amo você, Mai.
— Amo você também, Papai.
Ele sorri, seus olhos marrons mornos, ardendo, ele subiu de volta em
seu carro. Eu acenei e ele dirigiu para o crepúsculo, eu vaguei apaticamente
de volta ao apartamento.
Primeira coisa eu fiz foi verificar meu telefone celular. Precisava ser
recarregado, então eu tinha que encontrar o carregador antes de poder pegar
as minhas mensagens. Havia quatro ligações, uma mensagem de voz e duas
de texto. Três ligações de Marília… nenhuma mensagem. Uma chamada
perdida de Japinha e um correio de voz dela me desejando tudo de bom na
formatura.
Eu abri os textos.
*Você está em casa e segura*
*Ligue-me*
As duas eram de Marília, por que ela não ligou para casa? Eu vou
para o meu quarto e ligo o notebook.
De: Marília Mendonça
Assunto: Hoje à noite
Data: 25 de maio 2015 23:58
Para: Maiara Carla
Eu espero que você tenha chegado bem em casa naquele seu carro.
Deixe-me saber que você está bem.
Droga... Por que ela se preocupa tanto com o meu Fusca. Deu a mim
três anos de serviços leais e Japinha sempre tem estado disponível para fazer
manutenção para mim. O próximo e-mail de Marília era de hoje.
De: Marília Mendonça
Assunto: Limites suaves
Data: 26 de maio 2015 17:22
Para: Maiara Carla
O que eu posso dizer que já não tenho dito?
Estarei feliz em conversar sobre isso a qualquer hora.
Você estava bonita hoje.
Eu quero vê-la, então respondo.
De: Maiara Carla
Assunto: Limites suaves
Data: 26 de maio 2015 19:23
Para: Marília Mendonça
Eu posso sair esta noite para discutir se você quisesse.
De: Marília Mendonça
Assunto: Limites toleráveis
Data: 26 de maio 2015 19:27
Para: Maiara Carla
Eu vou a sua casa. Quando eu disse que não gostava que você
dirigisse esse carro, eu estava falando sério.
Chegarei brevemente.
Caramba… ela está vindo, agora. Eu tenho que lhe preparar uma
coisa. A primeira edição do livro de Thomas Hardy ainda está na prateleira
da sala de estar. Eu não posso ficar com ela. Eu embrulho ele em papel de
embrulho e eu rabisco no embrulho uma citação direta do livro da Tess:
“Eu concordo com as condições, Anjo;
Por que você sabe bem qual seria a minha punição – apenas
Apenas não a torne maior do que eu possa suportar.”

Cinquenta Tons De Cinza (Adapt Mailila)Onde histórias criam vida. Descubra agora