Não Teria Me Acontecido Nada...

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Claro que sim! Mas como isso é possível? Seria legal? Perseguidor,
meu subconsciente sussurra através da nuvem de tequila que ainda flutua
no meu cérebro, mas de alguma maneira, como é ela, eu não me importo.


— Você tem algum casaco ou bolsa?


— Sim, eu vim com os dois. Marília, por favor, eu preciso falar com
Maraisa. Ela vai ficar preocupada. — Ela pressionou os lábios em uma linha
fina, e acenou concordando.


— Se você precisa.
Ela me coloca no chão e pegando minha mão me leva para dentro do
bar. Eu me sinto fraca, ainda bêbada, embaraçada, exausta, mortificada e
em algum nível absolutamente emocionada.

Ela está agarrando minha mão,
tantas emoções confusas! Eu irei precisar de pelo menos uma semana para
processar isso tudo.
É barulhento, cheio e a música tinha começado, então havia uma
multidão na pista de dança. Maraisa não estava em nossa mesa e José
desapareceu. Levi parecia perdido e largado por sua conta.


— Onde está Maraisa? — Eu gritei por cima do barulho. Minha cabeça
havia começado a latejar no mesmo compasso da música.
— Dançando. — Ele gritou, e eu podia dizer que ele estava zangado.
Ele olhava Marília com suspeita.
Eu luto com meu casaco preto e coloco minha bolsa pequena pela
cabeça e ela fica de lado, nos meus quadris. Estou pronta para ir, assim que
eu achar Maraisa.


— Ela está na pista de dança. — Eu toco no braço de Marília, fico
na ponta dos pés e grito em seu ouvido, acariciando seu cabelo com meu
nariz, sentindo seu cheiro limpo e fresco.


Ai Meu Deus! Todos esses
proibidos, não familiares sentimentos que eu tentei esconder vieram à tona e
correram por meu corpo drenado. Enrubesci e em algum lugar dentro, bem
dentro de mim meus músculos estalaram deliciosamente.


Ela revirou seus olhos para mim e pegou minha mão, levando-me
para o bar. Ela foi servida imediatamente. Nada de espera para o senhora do
controle Mendonça. Será que tudo vem tão facilmente assim para ela? Eu não
consigo ouvir o que ela pediu. Ela me entrega um copo grande de água com
gelo.


— Beba. — Ela grita sua ordem para mim.
As luzes se movem, se torcem e piscam para mim no mesmo ritmo da
música, conjurando um estranho jogo de luzes e sombras por todo o bar e
clientela. Elas se alternam em verde, azul, branco e um endemoniado
vermelho. Ela me olha intensamente. Eu tento respirar.


— Todo ela. — Grita.
Ela é tão arrogante. Ela passa uma mão pelos cabelos despenteados.
Ela parece frustrada, zangada. Qual é o problema? Tirando uma garota boba
e bêbada ligando para ela no meio da noite, que o faz pensar que ela precisa
ser resgatada. E acontece que ela realmente acaba precisando ser resgatada
de sua amiga amorosa

. Então vê-la vomitar violentamente aos seus pés. Oh
Maiara....será que você descer tão baixo? Meu subconsciente está
figurativamente com as mãos para cima, como um egípcio e olhando para
mim através de óculos com formato de meia lua.


Eu balanço levemente, e ela
coloca sua mão nos meus ombros, me firmando. Eu faço como me foi
mandado e bebo o copo inteiro de água. Eu me sinto enjoada. Tirando o copo
de mim, ela o coloca no bar.


Eu noto através da névoa da bebida que ela está
usando uma blusa branca solta, jeans confortável, all-star preto e uma
jaqueta. Sua blusa está desabotoada em cima e eu consigo ver o começo
de seus seios. No meu estado grogue, eles parecem deliciosos.


Ela pega minha mão mais uma vez. Puta merda! Ela Está me levando
para a pista de dança. Merda. Eu não danço. Ela pode sentir minha
relutância e sobre as luzes coloridas ela parece divertida, sorrindo
sardonicamente. Ela aperta e me puxa pela mão e eu estou em seus braços
novamente, então ela começa a se mexer, me levando com ela. Cara, ela sabe
dançar. E eu não consigo acreditar que eu o estou seguindo passo por passo.

Cinquenta Tons De Cinza (Adapt Mailila)Onde histórias criam vida. Descubra agora