— Boa menina. — Marília parece encantada.— Estou surpresa que você me deixe assumir o controle, — eu grito.— Você ficaria espantada com o que eu deixaria você fazer,Senhorita
Carla. Faça para mim agora.Eu sinto o movimento do leme de repente, e o deixo ir em espiral para baixo por vários pés, meus ouvidos começam a estalar novamente. O chão está se aproximando, e parece como se pudéssemos estar batendo nele em
breve. Caramba, isso é assustador.
— BMA, este é BG N Papa Alpha 3, entrando na pista da esquerda a
favor do vento sete para a grama, a BMA. — Marília soa com o seu tom
autoritário habitual. A torre grita para ela no rádio, mas eu não entendo o que eles dizem. Nós voamos rodando novamente em um grande círculo, se afundando lentamente para o chão. Eu posso ver o aeroporto, as pistas de pouso, e nós estamos voando para trás sobre a I-95. Espere querida. Isto pode ficar instável.
Depois de outro círculo que mergulhei e, de repente estamos no chão com um baque breve, correndo ao longo da grama, puta merda. Meus dentes
se batem quando nós colidimos a uma velocidade alarmante ao longo do
chão, até que finalmente chegamos a uma parada. O avião oscila
ligeiramente, em seguida, mergulha para a direita.
Tomo uma lufada profunda de ar, enquanto Marília se inclina e
abre a tampa da cabine, escalando para fora e se alongando.
— Como foi isso? — Ela pergunta, e seus olhos estão brilhando, um
cinza prata deslumbrante. Ela se inclina para me soltar.
— Foi extraordinário. Obrigada, — eu sussurro.
— Foi mais? — Pergunta ela, sua voz repleta de esperança.
— Muito mais, — eu respiro, e ela sorri.
— Venha. — Ela estende a mão para mim, e eu escalo para fora da
cabine.
Assim que eu estou fora, ela me agarra e me abraça forte contra seu
corpo. De repente, sua mão está no meu cabelo, puxando ele para trás, e
sua outra mão desce até a base da minha espinha. Ela me beija, longa, dura,
e apaixonadamente, sua língua na minha boca.
Sua respiração está pesada, o seu ardor... Caramba, sua ereção...
estamos em um campo. Mas eu não me importo. Minhas mãos torcem em
seu cabelo, agarrando-a para mim. Eu o quero, aqui, agora, no chão. Ele se
afasta e olha para baixo, para mim, seus olhos agora escuros e luminosos na
luz da manhã, cheios de matérias-primas, e uma sensualidade arrogante.
Uau. Ela tira o meu fôlego.
— Café da manhã, — ela sussurra, fazendo soar deliciosamente
erótico.
Como ela pode fazer bacon e ovos soar como um fruto proibido? É
uma habilidade extraordinária. Ela se vira, apertando minha mão, e
voltamos para o carro.
— E sobre o planador?
— Alguém vai cuidar disso, — ela diz com desdém. — Vamos comer
agora. — Seu tom é inequívoco.
Comida! Ela está falando de alimentos, quando na verdade tudo que
eu quero é ela.
— Venha. — Ela sorri.
Eu nunca o vi assim, e é uma alegria para os olhos. Eu me encontro
caminhando ao lado dela, de mãos dadas, como uma estúpida, com sorriso
bobo estampado em meu rosto. Isso me lembra de quando eu tinha dez anos
e passei o dia na Disneylândia com Ray. Era um dia perfeito, e este está,
com certeza, se moldando ao mesmo.
De volta ao carro, que voltamos ao longo de I-95 para Savannah, meu
alarme do telefone acende. Ah, sim... minha pílula.
— O que é isso? — Marília pergunta, curiosa, olhando para mim.
Eu procuro na minha bolsa pelo o pacote.
— Alarme para a minha pílula, — eu murmuro com minhas
bochechas vermelhas.
Seus lábios se contraem.
— Bom, bem feito. Eu odeio camisinha.
Eu fico um pouco mais vermelha. Ela é tão paternalista como nunca
foi.
— Gostei que você me apresentou a Mark como sua namorada, —
murmuro.
— Não é o que você é? — Ela levanta uma sobrancelha.
— Eu sou? Eu pensei que você queria uma submissa.
— Assim como eu fiz,Maiara, e faço. Mas eu já lhe disse, eu quero
mais, também.
Oh meu Deus. Ela está chegando lá, e esperança surge através de
mim, me deixando sem ar.
— Estou muito feliz que você quer mais, — eu sussurro.
— Nosso objetivo é agradar, Senhorita Carla. — Ela sorri enquanto
vira para a International House of Pancakes.
— IHOP. — Eu sorrio de volta. Eu não acredito nisso. Quem teria
pensado... Marília Mendonça na IHOP.
É 8:30 da manhã, mas está tudo calmo, no restaurante. Está com
cheiro de massa doce, frituras e desinfetante. Hmm... não como um aroma
sedutor. Marília me leva a uma mesa.
— Eu nunca teria imaginado que você viesse aqui, — eu digo
enquanto deslizo na cabine.
— Meu pai costumava nos trazer a um desses sempre que minha
mãe saia para uma conferencia médica. Era o nosso segredo. — Ela sorri
para mim, os olhos cinzentos dançam, então pega um menu, passando a
mão pelo cabelo rebelde enquanto olha para o cardápio.
Oh, eu quero correr minhas mãos por aquele cabelo. Eu pego um
menu e o examino. Percebo que estou morrendo de fome.
— Eu sei o que quero, — ela respira, sua voz baixa e rouca.
Olho para ela, e ela está me olhando daquele jeito que aperta todos os
meus músculos da barriga e me tira o meu fôlego, seus olhos escuros e
latentes. Puta merda. Eu olho para ela, minha voz como o sangue em minhas
veias, respondendo à sua chamada.
— Eu quero o que você quiser, — eu sussurro.
Ela inala drasticamente.
— Aqui? — Pergunta ela sugestivamente, levantando uma
sobrancelha para mim, sorrindo maliciosamente, seus dentes prendendo a ponta de sua língua.
Oh meu... sexo no IHOP. Suas mudanças de expressão, crescem
mais obscuras.
— Não morda seu lábio, — ela ordena. — Não aqui, não agora. —
Seus olhos endurecem momentaneamente, e por um momento, ela parece
tão deliciosamente perigosa. — Se eu não puder tê-la aqui, não me tente.
—Olá, Meu nome é Leandra, o que posso fazer por vocês... er...
gente... er... hoje, esta manhã...? — Sua voz se extingue, tropeçando em
suas palavras, enquanto ela fica de olho no Sra. Belíssima à minha frente.
Ela fica vermelha como tomate, e no fundo eu até que entendo-a,
porque ela ainda tem esse efeito em mim. Sua presença me permite fugir
rapidamente de seu olhar sensual.
— Maiara? — Ela me pede, ignorando-a, e eu duvido que alguém
pode pronunciar meu nome de forma mais carnal como ela neste momento.
Eu engulo, rezando para que eu não fique da mesma cor que a pobre
Leandra.
— Eu te disse, eu quero o que você quiser. — Eu mantenho a minha
voz suave, baixa, e ela olha para mim faminta. Caramba, minha deusa
interior desmaia. Eu estou até aonde neste jogo?
Leandra olha de mim para ela e vice-versa. Ela está praticamente da
mesma cor que seu cabelo vermelho brilhante.
— Devo lhes dar mais um minuto para decidir?
— Não. Sabemos o que queremos. — A boca de Marília se abre em
um pequeno sorriso sexy.
— Queremos duas porções das panquecas originais com xarope e
bacon ao lado, dois copos de suco de laranja, um café preto com leite
desnatado, e um chá Inglês, se você tiver, — Marília diz, sem tirar os olhos
de mim.
— Obrigada, senhora. Isso é tudo? — Sussurra Leandra, olhando para
qualquer lugar, menos para nós dois. Nós dois por sua vez, olhamos para
ela, e ela cora mais um pouquinho e se distancia.
— Você sabe que não é realmente justo. — Olho para a mesa de
fórmica, traçando um padrão com o meu dedo indicador, tentando parecer
indiferente.
— O que não é justo?
— O jeito que você desarma as pessoas. Mulheres. Eu.
— Eu te desarmo?
Eu bufo.
— O tempo todo.
— É só algo físico, Maiara, — ela diz suavemente.
— Não, Marília, é muito mais do que isso.
Ela franze o cenho.
— Você me desarma totalmente, Senhorita Carla. Sua inocência. Que
supera qualquer barreira.
— É por isso que você mudou de opinião?
— Mudei de opinião?
— Sim, sobre... err... nós?
Ela acaricia o queixo pensativa com seus dedos longos e hábeis.
— Eu não acho que mudei de opinião apenas por isso. Nós apenas
precisamos redefinir nossos parâmetros, redesenhar as nossas linhas de
batalha, se você quiser. Nós podemos fazer este trabalho, eu tenho certeza.
Eu quero você submissa na minha sala de jogos. Eu vou te punir se você
desviar das regras. Fora isso... bem, eu acho que tudo esta em discussão.
Essas são as minhas necessidades, Senhorita Carla. O que você diria sobre
isso?
— Então dormir com você? Na sua cama?
— É isso que você quer?
— Sim.
— Eu concordo em seguida. Além disso, eu durmo muito bem quando
você está na minha cama. Eu não tinha ideia disso. — Sua testa aumenta
enquanto diminui sua voz.
— Eu estava com medo de que você me deixaria se eu não
concordasse com tudo isso, — sussurro.
— Eu não vou a lugar algum, Maiara. Além disso ... — Ela se
desliga, e depois de algum pensamento, acrescenta. — Estamos seguindo
seu conselho, sua definição: compromisso. Você enviou para mim. E até
agora, ela está funcionando para mim.
— Eu adoro que você queira mais, — murmuro timidamente.
— Eu sei.
— Como você sabe?
— Confie em mim. Apenas sei. — Ela sorri para mim. Ela está
escondendo alguma coisa. O quê?
Naquele momento, Leandra chega com o café da manhã e nossa
conversa cessa. Meu estômago ronca, me lembrando de como estou com
fome. Marília me observa com uma aprovação irritante enquanto devoro
tudo em meu prato.
— Posso te convidar? — Peço a Marília.
— Me convidar como?
— Pagando por esta refeição.
Marília bufa.
— Eu não penso assim. — Ela ridiculariza.
—Por favor. Eu quero.
Ela franze a testa para mim.
— Você está tentando me castrar completamente?
— Este é provavelmente o único lugar que eu vou ser capaz de pagar.
— Maiara, eu aprecio o pensamento. Mas não.
Aperto meus lábios.
— Não faça uma cara feia, — ela ameaça, com os olhos brilhando
ameaçadoramente.
Claro que ela não me pede o endereço da minha mãe. Ela sabe já
sabe, perseguidora como ela é. Quando ela estaciona na frente da casa, eu
não comento. Qual é o ponto?
— Você quer entrar? — Pergunto timidamente.
— Eu preciso trabalhar, Maiara, mas eu vou estar de volta esta
noite. Que horas?
Eu ignoro a facada indesejada de decepção. Por que eu quero passar
cada minuto com esta controladora deusa do sexo? Oh sim, eu me apaixonei
por ela, e por saber voar.
— Obrigada... por tudo.
— O prazer é meu, Maiara. — Ela me beija, e eu inalo o cheiro sexy
de Marília.
— Eu te vejo mais tarde.
— Tente me parar, — ela sussurra.
Eu aceno um adeus enquanto ela vai embora para o sol da Geórgia.
Eu ainda estou vestindo sua camiseta e sua cueca, e estou muito quente.
Na cozinha, minha mãe está em um retalho completo. Não é todo dia
que ela tem para entreter um multi-zilionário, e que a destaca.
— Como você está, querida? — Ela pergunta, e eu fico vermelha,
porque com certeza ela deve saber o que eu estava fazendo na noite passada.
— Eu estou bem. Marília me levou para planar esta manhã. —
Espero que a nova informação vá distraí-la.
— Planar? Como em um pequeno avião sem motor? Esse tipo de
planar?
Concordo com a cabeça.
— Uau.
Ela está sem palavras, um novo conceito para a minha mãe. Ela fica
de boca aberta, mas eventualmente se recupera e retoma sua linha original
de questionamento.
— Como foi ontem à noite? Será que você falou sobre isso?
Eita. Eu fico num tom de vermelho brilhante.
— Nós conversamos, a noite passada e hoje. Está ficando melhor.
— Bom. — Ela vira a atenção para os quatro livros de culinária que
ela tem aberto sobre a mesa da cozinha.
— Mamãe... se você quiser, eu cozinho esta noite.
— Oh, querida, isso é típico de você, mas quero fazê-lo.
— Ok. — Eu faço uma careta, sabendo muito bem que o tipo de
comida que minha mãe faz ou é bom ou é ruim.
Talvez ela tenha melhorado desde que ela se mudou para Savannah
com Bob. Houve um tempo que eu não iria submeter ninguém a sua
comida... mesmo, que eu a odiasse? Ah, sim, a Sra. Robinson, Elena. Bem,
talvez ela. Será que vou conhecer essa maldita mulher?
Eu decidi enviar um rápido agradecimento a Marilia.
De: Maiara Carla
Assunto: Voando em vez de ferida
Data: 02 de junho de 2015 10:20 EST
Para: Marília Mendonça
Às vezes, você realmente sabe como dar bons momentos a uma
garota.
Obrigada
De: Marília Mendonça
Assunto: Voando vs ferida
Data: 02 de junho de 2015 10:24 EST
Para: Maiara Carla
Prefiro qualquer coisas do que seu ronco. Eu tive um momento muito
bom.
Mas eu sempre tenho quando estou com você.
De: Maiara Carla
Assunto: O RONCO
Data: 02 de junho de 2015 10:26 EST
Para: Marília Mendonça
EU NÃO RONCO. E se eu fizer isso, é muito rude de sua parte
apontar.
Você não é cavalheira Sra. Mendonça! E você está no mesmo barco que eu!
De: Marília Mendonça
Assunto: Falar dormindo
Data: 02 de junho de 2015 10:28 EST
Para: Maiara Carla
Eu nunca disse ser um cavalheira, Maiara Carla, e eu acho que tenho
demonstrações que apontam para isso em diversas ocasiões. E não estou
intimidada pelas suas letras MAIÚSCULAS.
Mas vou confessar que foi mentirinha : Não - você não ronca, mas
você fala. E é fascinante.
O que aconteceu com o meu beijo?
Puta merda. Eu sei que falo no meu sono. Maraisa me disse várias vezes.
O que diabos eu disse? Ah, não.
De: Maiara Carla
Assunto: Língua nos dentes
Data: 02 de junho de 2015 10:32 EST
Para: Marília Mendonça
Você é uma canalha e uma grosseirona, definitivamente, não é uma
cavalheira.
Então, o que eu digo? Não há beijos para você, até você falar!
De: Marília Mendonça
Assunto: A Bela Adormecida Falando
Data: 02 de junho de 2015 10:35 EST
Para: Maiara Carla
Seria mais uma grosseria minha dizer, e eu já fui castigada por isso.
Mas se você se comportar, eu posso lhe dizer esta noite. Eu tenho
que ir a uma reunião agora.
Até depois, querida.
Certo! Vou manter o silêncio de rádio, até esta noite. Eu bufo. Eita.
Supondo que eu já disse que eu a odeio, ou pior ainda, que eu a amo, no
meu sono. Oh, eu espero que não. Eu não estou pronta para lhe dizer, e eu
tenho certeza que ela não está pronto para ouvir, ou se ela quiser ouvir. Faço
uma careta para o computador e decido que vou cozinhar, vou fazer o pão.
Minha mãe decidiu por uma sopa fria a base de tomates crus e um
churrasco com bifes marinados em azeite de oliva, alho e limão. Marília
gosta de carne, e é simples de fazer. Bob se ofereceu para ser o homem da
churrasqueira. O que há sobre homens e fogo, eu penso enquanto sigo atrás
da minha mãe, até o supermercado com o carrinho de compras?
Enquanto procuro o corredor de carne crua, meu telefone toca. Eu
corro para ele, pensando que pode ser Marília. Eu não reconheço o
número.
— Olá? — Eu respondo sem fôlego.
— Maiara Carla?
— Sim.
— É Elizabeth Morgan do SIP.
— Oh. Oi.
— Estou ligando para oferecer-lhe o cargo de assistente do Sr. Fernando Zor. Gostaríamos que você começasse na segunda-feira.
— Uau. Isso é ótimo. Obrigada!
— Você conhece os detalhes do salário?
— Sim. Sim... é isso, eu quero dizer, eu aceito a sua oferta. Eu
adoraria ir trabalhar para você.
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Cinquenta Tons De Cinza (Adapt Mailila)
FanfictionQuando Maiara Carla entrevista a jovem empresária Marilia Mendonça. Descobre nela uma mulher atraente, brilhante e profundamente dominadora.ingenua e inocente,Maiara se surpreende ao perceber que, a despeito da inigmatica reserva de Mendonça, está d...