capítulo 4

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- Um artista local. Trounto - Diz , Mendonça ao cruzar com o meu olhar.

- São lindos. Tornam extraordinário um objeto comum - murmuro, distraída com ela e com os quadros. Ela inclina a cabeça e me olha com atenção.

- Concordo plenamente, Srta. Carla
- retruca em voz baixa e, por uma alguma razão inesplicavel, me flagro corando.

Á parte dos quadros o restante da sala é frio, limpo e assepitico, pergunto-me, se reflete a personalidade do Adônis que afundar graciosamente numas das poltronas brancas de couro a minha frente. Balanço a cabeça, pertubada com o rumo dos meus pensamentos, e retiro as perguntas de Maraisa da mochila. Em seguida configuro o gravador digital canhestramente, deixando cair duas vezes na mesa de centro de ante de mim. A Sra. Mendonça não diz nada , aguardando com paciência. Espero, enquanto fico cada vez mais sem jeito e nervosa.
Quando arranjo coragem para olhar pra ela... ela estar me observando. Uma das mãos relaxada no colo e a outra segurando o queixo , passando o esguio dedo médio nos lábios, acho que está tentando conter o sorriso.

- De... desculpe, gaguejo. Não estou acostumada com isso...

- Não tenha pressa Srta. Carla. Diz ela .

- A senhora se importa, se eu gravar a entrevista? -Depois de todo esse esforço pra configurar o gravador, é agora que me pergunta? Enrubeço, ela está me provocando? Acho que sim, pisco pra ela sem saber bem o que dizer, e acho que ela fica com pena de mim. Porque cede...

-Não, não me importo.

-Maraisa, quer dizer, a Srta. Henrique explicou-lhe, para o que era a entrevista ?

- Sim , para sair na edição de formatura do jornal da faculdade, já que eu vou entregar os diplomas na cerimônia de graduação desse ano.

Ah!! isso é novidade pra mim e fico temporariamente, preocupada com a ideia de que uma pessoa não muito mais velha que eu. - ok, talvez mais ou menos uns seis anos mais velha, e ok, muitíssimo bem-sucedida, mais mesmo assim, - vai entregar meu diploma. Franzo a testa, direcionando minha atenção rebelde para a tarefa em questão,- ótimo , engulo em seco.
- Tenho algumas, perguntas Sra. Mendonça. Coloco uma mecha de cabelo desgarrada atrás da orelha.

- Achei que poderia ter. Diz ela inexpressivo. Está debochando de mim. Minhas bochechas ficam vermelhas e eu me emprego na cadeira, esticando as costas para parecer mais alta e mais intimidadora. Apertando o botão do gravador, tento parecer profissional.

- A senhora é muito nova, para ter construído um império deste poste. A que deve seu sussesso? Olho para ela seu sorriso é enternecedor, mais ela parece vagamente desapontada.

- Os negócios tem haver com pessoas, Srta. Carla, e eu sou muito boa em avaliar pessoas. Sei como elas funcionam, o que  as faz florescer, o que não faz, o que as inspira e como incentiva-las. Emprego uma equipe excepcional e recompenso-a bem. Ela faz uma pausa e me fita com aqueles olhos cinzentos. Acredito que para alcançar o sussesso em qualquer projeto, é preciso domina-lo, entende-lo por completo, conhecer cada detalhe. Trabalho muito pra isso. Tomo decisões, com base na lógica e nós fatos. Tenho instito natural capaz de detectar e promover uma boa idéia, e boas pessoas. No fim, o fator preponderante sempre se resume a pessoas competentes.

- Quem sabe a senhora simplesmente tenha sorte. Isso não está na lista de Maraisa, mais ela é muito arrogante. Uma expressão de surpresa brilha rapidamente em seus olhos.

- Não acredito em sorte ou acaso, Srta. Carla. Quanto mais eu trabalho, mais sorte  pareço ter. A questão é realmente conta com pessoas certas, em sua equipe e saber direcionar a energia delas. Acho que foi Harvey Firestone que disse: " O crescimento e o desenvolvimento das pessoas é a maior ambição da liderança".

- A senhora fala como um maníaco por controle. As palavras saem da minha boca, antes que eu possa impedi-las....

Esse cap, é pra vc Nathymailila só pq vc nunca me pediu nada 😘

Cinquenta Tons De Cinza (Adapt Mailila)Onde histórias criam vida. Descubra agora