Cinquenta Tons De Cinza (Adapt Mailila)

Capítulo 5

- Ah, eu controlo tudo, Srta. Carla.
Diz ela sem nenhum vestígio de humor no sorriso.
Olha pra ela e ela sustenta seu olhar, impassível. Meu coração bate mais depressa, e meu rosto torna a corar.... por que ela me deixa tão nervosa? Será pela imprecionante, aparência física? Pelo olhar inflamado que dirigi a mim? Pelo jeito de passar o dedo no lábio inferior? Queria que ela para-se de fazer isso.

- Além do mais, é possível conquistar um imenso poder, quando nos convensemos, em nossos devaneios mais secretos, de que nascemos para controlar, - prossegue ela, com a voz macia.

- Acha que possui um imenso poder?
- Maníaca por controle.

- Emprego mais de quarenta mil pessoas, Srta. Carla, isso me dá certo senso de responsabilidade, ou poder, se quiser chamar assim. Se eu resolvesse não me interessar mais por telecomunicações e vendesse minha empresa, em um mês mais ou menos, vinte mil pessoas, teriam dificuldade para pagar sua ipotecas. Meu queixo cai. Estou estarrecida com sua falta de humildade.

- A senhora, não uma diretoria á qual precise responder ? Pergunto, enjoada.

- A empresa é minha. Não tenho que responder a uma diretora. Ela ergue uma sombrancelha pra mim. É claro que eu saberia disso, se tivesse feito alguma pesquisa. Mais cacete, ela é muito arrogante. Mudo de enfoque.

-Tem algum interesse fora o trabalho?

- Tenho interesse variados, Srta.Carla,-A sombra de um sorriso toca seus lábios.
Muitos variados...E por alguma razão fico, confusa e excitada, com o seu olhar constante. Seus olhos estão iluminados, com algum pensamento perverso.

- Mais se trabalha tanto o que faz pra relaxar?

- Relaxar? -Ela sorrir, revelando dentes brancos perfeitos. Prendo a respiração, ela é mesmo bonita. Ninguém devia ser tão atraente .
-Bem para "Relaxar" como você diz, eu velejo, vôo, me entrego a várias atividades físicas. Ela se mexe na cadeira.

-Sou uma mulher muito rica, Srta. Carla, e tenho hobbies caros e apaixonantes. Dou uma rápida olhada, nas perguntas de Maraisa, desejando mudar de assunto.

-A senhora investe no setor manufatureiro. Porque, especificamente? -Pergunto. Porque ela me deixa tão desconfortável?

-Gosto de construir coisas. Gosto de saber como funcionam: o que faz com o que funcionem, como construir-las e desconstruir-la e tenho adorações por navios. O que mais posso dizer?

-Parece que é o seu coração falando e não a lógica e os fatos. Ela repuxa o canto da boca e me avalia com o olhar.

-É possível. Embora muitas pessoas digam que eu não tenho coração.

-Por que diriam isso?

-Porque me conhecem bem. Ela dá um sorriso irônico.

-Seus amigos diriam que é fácil conhecê-la?

-Arrependo-me da pergunta tão logo que a faço, não está na lista de Maraisa.

- Sou uma pessoa muito fechada, Srta. Carla. Esforço-me muito para proteger minha privacidade. Não dou muitas entrevistas........

- Por que aceito dar esta?

- Porque sou benemérita da universidade e em termos práticos, não consegui me livrar da Srta. Henrique. Ela não parou de importunar meu pessoal de relações públicas, e eu admiro esse tipo de tenacidade. Eu sei quão tenaz Maraisa pode ser. Por isso estou sentada aqui me contorcendo embaraçosamente, sob o olhar penetrante desta mulher, quando deveria estar estudando para as provas.

-A senhora também investi em tecnologia agrícolas, por que se interessar por essa área?

- Não podemos comer direitinho, Srta. Carla , e ah muita gente neste planeta que não tem o que comer.

- Essa justificativa soa muito filantrópica. É algo que a torna passional? Alimentar os pobres do mundo? Ela dá de ombros, muito evasivo.

Continua?????...........