Coloque as Pernas Em Minha Cintura Baby 🔥🔥

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Oito horas depois, saio do terminal de chegada de Sa-tac e encontro
Taylor me esperando, segurando um letreiro que diz SENHORITA.CARLA.
Que exagero! Mas me alegro ao vê-lo.
— Olá, Taylor!— Senhorita Carla, me saúda com formalidade, mas detecto um traço risonho em seus intensos olhos marrons.Tão impecável como sempre: num elegante traje cinza escuro, camisa branca e gravata também cinza.— Já te conheço,Taylor, não precisava de cartaz. Além disso,
agradeceria se me chamasse de Mai.
— Mai. Permita que eu leve sua bagagem?— Não, eu mesma posso levar. Obrigada.Apertou os lábios visivelmente.— Mas se você ficar mais tranquilo levando-a... pegue-a.Obrigado. Ele pega a mochila e a mala recém comprada que minha mãe me deu de presente. Por aqui, senhora.Suspiro. É tão educado... Recordo de algo que queria apagar da minha memória, que este homem comprou roupas intimas para mim. De fato e isso me inquieta, foi o único homem que me comprou roupa intimas. Nem sequer Ray teve que passar por esse apuro. Caminhamos em silencio até o Audi SUV negro que esperava lá fora, no estacionamento do aeroporto, ele abre a porta para mim. Enquanto subo, me pergunto se foi uma boa ideia ter colocado uma saia tão curta na minha volta a Seattle. Na Geórgia me parecia elegante e apropriada; aqui me sinto nua. Assim que Taylor colocou minha bagagem no porta-malas, saímos para o Escala.Avançamos devagar, apanhados pela hora do rush o tráfego era intenso. Taylor não tirava os olhos da estrada. Descrevê-lo como taciturno seria muito pouco.
Não suportando mais o silêncio.
— Como vai Marília, Taylor?
— O senhora Mendonça está preocupada, senhorita Carla.
Sim, deve estar se referindo ao "problema". Achei uma fonte de ouro.— Preocupada?— Sim, senhora.
Olho carrancuda para Taylor e ele me devolve o olhar pelo retrovisor;
nossos olhos se encontram. Não vai me contar mais.Droga, é tão fechado
quanto a controladora obsessiva.
— Ela está bem?— Acredito que sim, senhora.— Se sente mais cômodo me chamando de senhorita Carla?— Sim, senhora.— Ah, bem.Isso acaba por completo com a nossa conversa, assim seguimos em silêncio. Começo a pensar no recente deslize de Taylor, quando me disse que Marília estava de mau humor, foi uma distração. Ou melhor se envergonhava de ter comentado, ele se preocupava por ter sido desleal. O silêncio me deixava asfixiada.— Poderia pôr música, por favor?— Certamente, senhora. O que gosta de ouvir?— Algo relaxante.
— Algo relaxante.Vejo desenhar um sorriso nos lábios do Taylor quando nossos olhares voltam a se cruzar brevemente no retrovisor.— Sim, senhora.Aperta uns botões no painel e os suaves acordes do Canon do
Pachelbel inundam o espaço que nos separa. OH, sim... era isso que me
estava fazendo falta.— Obrigada.
Encosto-me no assento enquanto entramos em Seattle, a um ritmo
lento mas constante, pela interestadual 5.Vinte e cinco minutos depois, estamos na frente da impressionante fachada do Escala.
— Vamos senhora — me diz, abrindo a porta. — Agora vou subir a bagagem.Sua expressão era calma, cálida, afetuosa inclusive, como um tio querido.Isso... Tio Taylor, boa ideia.— Obrigada por ir me buscar.
— Um prazer, senhorita Carla.Sorri, e eu entro no edifício. O porteiro me saúda com a cabeça e com a mão.
Enquanto subo para o trigésimo andar, sinto milhares de borboletas
batendo suas asas e voando pelo meu estômago. Por que estou tão nervosa? Sei que é porque não tenho nem ideia de como esta o humor de Marília
quando eu chegar. Minha deusa interior estava confiante para um tipo especifico de humor; meu subconsciente, como eu, parece um monte de nervos.Abrem-se as portas do elevador e me encontro no vestíbulo. Parece-me tão estranho que Taylor não me receba. Está estacionando o carro, claro. No salão, vejo Marília falando no Black-Berry enquanto contempla a cidade de Seattle pela janela. Usa um traje cinza com o casaco desabotoado e está passando a mão pelo cabelo. Está inquieta, tensa inclusive. O que esta
acontecendo? Inquieta ou não, é sempre um prazer olhá-la. Como pode ser tão... irresistível?— Nem um pouco... como... Sim.Virou-se, e me vê, e sua atitude muda por completo. Passa da tensão ao alívio e logo a outra coisa: um olhar que chama a atenção diretamente da minha deusa interior, um olhar de sensual a carnal, em seus ardentes olhos cinza.Minha boca seca e o desejo renasce dentro de mim ... ui.— Me mantenha informada — ela fala decidida e autoritária enquanto avança com passos decididos para mim.Espero paralisada que cubra a distância que nos separa, me devorando com o olhar. Minha nossa, algo esta acontecendo... A tensão de sua mandíbula, a angústia de seus olhos. Tira seu casaco, e pelo
caminho, os joga no sofá. Logo me envolve com seus braços e me aperta contra seu corpo, com força, rápido, me agarrando pelos ombros para
levantar minha cabeça, e me beija como se desse a vida por isso.Que diabos esta acontecendo aqui? Tira com violência o prendedor do meu cabelo, mas pouco me importa. Sua forma de me beijar me parece primária e desesperada. Por isso será que, neste momento me necessita
tanto? Eu jamais me senti tão desejada. Parece escuro, sensual, alarmante, tudo de uma vez só. Devolvo o beijo com igual ardor, afundando os dedos em seus cabelos, retorcendo-os Nossas línguas se entrelaçam, a paixão e o ardor
resplandece entre nós. Divino, ardente, sexy, e seu cheiro de gel de banho e de Marília me excitam muito. Separa sua boca da minha e fica me
olhando, me prende em uma emoção inefável.— O que aconteceu? — pergunto.— Alegra-me muito que tenha voltado. Tome banho comigo. Agora.Não sei se me pede isso ou me ordena isso.— Sim — sussurro e, me agarrando pela mão, me tira do salão e me leva a seu quarto, ao banheiro.
Uma vez lá, me solta e abre a torneira da banheira super espaçosa.Vira devagar e me olhe, excitada.— Eu gosto de sua saia. É muito curta — diz com voz grave. —Tem pernas lindas.
Tira os sapatos e se abaixa para tirar também as meias três quartos, sem afastar os olhos de mim. Seu olhar voraz me deixa muda. Uau, eu desejo tanto esta deusa grega... Imito-o e tiro as sapatilhas negras. De repente, me agarra e me empurra contra a parede. Beija-me no rosto, o pescoço, os lábios... Agarra-me os cabelos.
Sinto os azulejos frios e suaves nas minhas costas quando se aproxima tanto de mim que me deixa emparedada entre seu calor e a fria
porcelana. Timidamente, me prendo em seus braços e ela grunhe quando
aperto com força.— Quero fazer isso agora. Aqui, rápido e forte — Diz, e põe as mãos nas minhas coxas e sobe a saia. Ainda está menstruada?
— Não — respondo me ruborizando.
— Bom.Desliza os dedos pela calcinha branca de algodão e, de repente, se
agacha para arrancá-la de uma vez só. Tenho a saia totalmente levantada e
Amassada, dessa forma estou nua da cintura para baixo, ofegando, excitada. Agarra-me pelos quadris, me empurrando de novo contra a parede, e me beija no ponto onde se encontram minhas pernas. Agarrando-me pela parte superior de ambas as coxas, separa as minhas pernas. Grito com força ao notar que sua língua acaricia meu clitóris.... Jogo a cabeça para trás sem querer e gemo, me agarrando a seu cabelo.Sua língua é desumana, forte e persistente, me melando, dando voltas e voltas sem parar. É delicioso e a sensação é tão intensa que quase é dolorosa. Começa a acelerar; então, para. O que? Não! Ofego com a respiração entrecortada, e o olho impaciente. Pega meu rosto com ambas as mãos, me segura com firmeza e me beija com violência, colocando a língua na minha boca para que eu saboreie minha própria excitação. Logo abaixa sua cueca e libera sua ereção, me agarra pelas coxas por trás e me levanta.— Enrosca as pernas em minha cintura, baby— me ordena, tremendo, tensa.
Faço o que me diz e me penduro nela, e ela, com um movimento rápido e resolvido, me penetra até o fundo.
— Ah! — Gemo, grito. Agarra minha bunda, cravando os dedos na suave carne, e começa a se mover, devagar no começo, com um ritmo fixo, mas, assim que perde o controle, acelera, cada vez mais.— Ahhh! — Jogo a cabeça para trás e me concentro nessas sensações invasoras, castigadoramente celestiais, que me empurra e me empurra para frente, cada vez mais alto e, quando já não posso mais aguentar, estralo ao
redor de seu membro, entrando na espiral de um orgasmo intenso e
devorador. Ela se deixa levar com um gemido profundo e afunda a cabeça em meu pescoço e afunda seu membro ainda mais em mim, grunhindo escandalosamente enquanto se deixa ir.Logo que pode respirar, me beija com ternura, sem se mover, sem sair de mim, e eu o olho sentindo saudades, sem chegar a vê-loa. Quando por fim consigo olhá-la, se retira devagar e me levanta com força para que possa pôr os pés no chão. O banheiro está cheio de vapor e faz muito calor. Estou
com roupas de mais.— Parece que você ficou alegre ao me ver, murmuro com um sorriso tímido.Contrai a boca, risonha. — Sim, senhorita Carla, acredito que minha alegria é mais do que evidente. Veem, deixa que te leve a banheira.Desabotoa os três botões seguinte camisa, solta os punhos, tira a camisa pela cabeça e a joga no chão. Logo tira as calças do traje e a boxer de algodão e os joga com o pé. Começa a desabotoar os botões da minha blusa branca enquanto a observo; anseio poder tocar seus seios, mas me contenho.— Como foi sua viagem? — Pergunta calma.
Parece muito mais tranquila agora que desapareceu sua inquietação,
ela se dissolveu em nossa transa.
— Bem, obrigada — murmuro, ainda sem fôlego. — Obrigada outra
vez pelas passagens. É muito mais agradável viajar de primeira classe. —Sorrio para ela timidamente. — Tenho algo pra te contar acrescento nervosa.— Sério?Olha-me enquanto desabotoava o último botão, deslizou a blusa pelos braços e a atirou com o resto da roupa.— Consegui um trabalho.Ela ficou imóvel, logo sorri com ternura.— Parabéns, senhorita Carla. Vai me dizer aonde agora? Provoca-me.— Não sabe?
Nega com a cabeça, carrancuda.
— Por que deveria saber?
— Dada a sua tendência de perseguição, pensei que saberia...
Encolho-me ao ver que a expressão dela muda.— Maiara, jamais me ocorreria interferir em sua carreira
profissional, salvo que me pedir isso, claro.Parecia ofendida.— Então, não tem nem ideia de que editora é?
— Não. Sei que há quatro editoras em Seattle, assim imagino que é uma dessas.— SIP.— Ah, a mais pequena, bem. Muito bem. Inclina-se e me beija a frente. Esta pronta? Quando começa?— Na segunda-feira.
— Tão logo, não? Mais é certo que desfrute de ti enquanto posso.
Vire-se.Desconcerta-me a naturalidade que me ordena, mas faço o que me diz, e ela desabotoa o meu prendedor e abaixa a barra da saia. Abaixa-me e aproveita para me agarrar o traseiro e me beijar o ombro. Inclina-se sobre mim e me cheira os cabelos, inspirando fundo. Aperta minha bunda.— Embriaga-me, senhorita Carla, e me acalma. Uma mistura interessante.Beija-me meu cabelo. Logo me pega pela mão e me enfia na ducha.— Ai. A água está visivelmente fervendo. Marília sorri enquanto a água cai por cima dela.
— Esta um pouquinho quente.
E, no fundo, tem razão. Sinto as maravilhas de tirar de cima de mim
o suor da calorosa Georgia e o do sexo que acabamos de fazer.— Vire-se — me ordena, e eu obedeço e me ponho de cara para a parede. Quero te lavar — murmura.Pega o gel e joga um pouco na mão.— Tenho algo para te contar — sussurro enquanto me ensaboa os ombros.— Ah, é? Diga.
Respiro fundo e me armo de coragem.— A exposição fotográfica da minha amiga Japinha será inaugurada na
quinta-feira em Portland.Suas mãos param e ficam suspensas sobre meus seios. Dei ênfase em especial à palavra "amiga".— Sim, e o que acontece? — Pergunta muito séria.— Disse a ela que iria. Quer vir comigo?
Depois do que me pareceu uma eternidade, pouco a pouco começa a
me lavar outra vez.
— A que horas?
— A que horas?
— A inauguração é às sete e meia.
Beija-me a orelha.
— Certo.Em meu interior, meu subconsciente relaxa, desaba e cai
pesadamente no velho e maltratado cérebro.— Estava nervosa porque tinha que me perguntar isso?
— Sim. Como sabe?
— Maiara, acaba de relaxar o corpo inteiro — diz seca.
— Bom, parece que você é... um pouco ciumenta.
— Sou sim, — diz ameaçadora. — E te fará bem em lembrar. Mas
obrigado por perguntar. Iremos no Charlie Tango.Ah, no helicóptero, claro... Estou boba... Outro vôo... imagino! Sorrio.
— Posso te lavar? — pergunto.
— Parece que não — murmura, e me beija brandamente e me viro
para recuperar a dor da negativa.
Faço companhia à parede enquanto ela acaricia as minhas costas
com sabão.
— Me deixará te tocar algum dia? — Pergunto audazmente.
Voltou a parar, a mão cravada em meu traseiro.
— Apoie as mãos na parede, Maiara. Vou te penetrar outra vez —
sussurra ao ouvido me agarrando pelos quadris, e sei que a discussão
terminou.Mais tarde, estamos sentados na cozinha, eu de penhoar, depois de nós termos comido a deliciosa massa Alle Vongole da senhora Jones. — Mais vinho? — pergunta Marília com um brilho em seus olhos cinzas.— Um pouquinho, por favor.O Sancerre é revigorante e delicioso. Marília me serve e logo se
serve também.— Como vai o "problema" que te trouxe para Seattle? — pergunto timidamente.
Franziu o cenho.— Fora de controle — fala com amargura. Mas você não se preocupe com isso, Maiara. Tenho planos para ti esta noite.— Ah, é?
— Sim. Quero você no quarto de jogos dentro de quinze minutos.Levanta-se e me olha.— Pode se preparar em seu quarto. O guarda roupas agora está cheio de roupa para ti. Não admito discussão a respeito.Espremendo os olhos, me desafiando para dizer qualquer coisa. Ao ver que não o faço, vai com passo rápidos a seu escritório.Eu! Discutir? Contigo, Cinquenta Tons? Pelo bem de meu traseiro, não. Fico sentada no banco, momentaneamente estupefata, tentando digerir esta última informação. Comprou roupas para mim. Olho o nada de forma
exagerada, sabendo bem que não posso reclamar. Carro, móveis, motorista, roupas... Qual seria o próximo: um maldito apartamento, e então já serei sua querida em todas as regras.Porra! Meu subconsciente está em estado crítico. Ignoro e subo a
meu quarto. Porque sigo tendo meu quarto. Por quê? Pensei que tinha
mudado ao deixar dormir com ela. Suponho que não está acostumado a
dividir seu espaço pessoal, claro que eu tampouco. Consola-me a ideia de ter ao menos um lugar onde posso me esconder dela.Ao examinar a porta de minha habitação, descubro que tem
fechadura, mas não chave. Digo a mim mesma que possivelmente a senhora Jones tenha uma cópia. Perguntarei a ela. Abro a porta do guarda roupas e volto a fechar rapidamente. Puta merda... gastou uma fortuna. Lembrei de Maraisa, com toda essa roupa perfeitamente alinhada e pendurada nas barras.
No fundo, sei que tudo vai ficar bem, mas não tenho tempo para isso agora: esta noite tenho que ir até o quarto vermelho da... dor... ou do prazer,
espero.Estou só de calcinhas, encostada junto à porta. Tenho o coração na boca. Minha nossa, pensava que com o sexo no banho teria tido o bastante. Esta mulher é insaciável, Não sei, não tenho com quem comparar. Fecho os olhos e procuro me acalmar, conectar com tudo que há em meu interior. Por lá, em alguma parte, escondida atrás da deusa que levo dentro de mim.

Cinquenta Tons De Cinza (Adapt Mailila)Onde histórias criam vida. Descubra agora