3.

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- não sei porque me chama de criança, sabe nem minha idade - a garota diz bufando.

- desse tamanho e  nessa mentalidade só criança tem mermo - dou uma risada do que falei.

Pô, a menina parece uma Anã.

- nossa você sorriu finalmente - ela diz com os olhos curiosos me olhando.

- cala boca criança, tu é chata pra porra, não sei pra que tu vim junto

- fala palavrão não, eu em- ela diz bolada.

Ignora sua fala e continuo andando, vejo sua cara de brava mas nem ligo.

Chego em casa e abro a porta, e denovo minha mãe na sala assistindo domingo legal .

- oi filho - ela vira pra me olha mas vê a garota e logo se levanta com um sorriso- e você? como você é linda.

- menos mãe, não mente pra essa aí não - digo indo toma banho

A casa fazia tanto eco que conseguia escutar a conversa das duas

...

Ana


-você é a ficante dele?- a moça me pergunta e eu logo arregalo os olhos pra ela.

- não, Deus me livre, com todo respeito - sorrio- esse cara é um grosso!

- já falei pra ele parar de ser grosso com as pessoas, mas não me escuta - ela diz me dando um abraço - me chamo Madalena, sou a mãe daquele chato.

Arregalo os olhos surpresa.

- caramba a senhora tá bem conservada em- digo surpresa - tão bonita, e ainda é mãe daquele marmanjo velho.

Ela sorrir

- gostei de você garota - ela rir- e você veio com ele?

- minha mãe chamou ele pra ir na igreja, e pra ele não enrolar ela mandou eu vim junto, mas já me arrependi - digo brava.

- você é crente? Que ótimo, vai que você consegue transformar esse menino, eu não estou aguentando mas- ela diz mas logo alguém entrar na sala coçando a garganta.

Olhei pro grosso em pé com calça jeans e tênis, seu peitoral amostra todo tatuado e uma camiseta jogada nos ombros, os cabelos molhado e ele estava sem suas correntes.

Nossa, não consegui tirar os olhos.

Está repreendido! esse homem é bandido, cruzes.

- coroa tô indo pra igreja - ele diz dando um beijo na testa dela e logo me olha e sai da casa

- não liga pra ele meu amor, ele é assim mesmo - ela diz me abraçando - qual seu nome mesmo?

- me chamo Ana- digo sorrindo - tchau amei te conhecer, vai um dia lá na igreja

- vou sim, vem aqui mais vezes me fazer companhia Ana - ela diz sorrindo e eu afirmo saindo da casa .

Quando saio vejo o cara lá indo acender um cigarro dele lá.

- ei! você vai pra igreja, deixa pra fumar depois - digo me aproximando dele pegando o negócio bolado que ele iria fumar.

- tu não sabe cuidar da tua vida não garota? - ele diz sério vindo pra cima de mim- tô perdendo minha paciência contigo- ele toma o cigarro da minha mão com força.

Vou indo para trás, até encosta na parede e ele se aproxima com semblante fechado, eu já estava quase cagando nas calças.

Conseguia sentir sua respiração forte, e eu estava com medo desse cara que estava na minha frente, meus olhos embaçaram, não consegui segurar as lágrimas, logo ele muda o rosto e desvia o olhar mesmo perto de mim.

Ele sai calado, e eu já estava morrendo de medo, qualquer momento ele poderia me matar.

- vamo pro culto logo - ele diz sério.

Não respondo e continuo andando, chegamos na igreja e eu não falei nenhuma palavra sequer com ele, nunca mas queria vê o rosto desse cara na minha frente .

VIVAZOnde histórias criam vida. Descubra agora