8.

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Ana
Vidigal, RJ

- bom dia mãe - digo dando um beijo na sua testa.

- bom dia flor da dia- ela continua passando o café - já vai?

- sim- digo olhando para meu celular - tô atrasada, tchau mãe, bençã

- Deus abençoe.

Abro a porta de casa rápido, já estava atrasada e o ônibus agora só das 6:45, tinha que corre pro ponto .

Me viro dando de cara com ele.

- se atrasou?- Ret me pergunta encima da moto parado na frente de casa.

Eu não o vi ele des do mês passado quando tinha jantado com sua mãe.

- sim- digo andando - depois a gente conversa preciso ir.

- sobe pô - sua moto para na minha frente.

Não tinha outra alternativa, subi na moto puxando meu vestido para não prender.

- gostei desse vestido não - ele diz fazendo careta

- você não tem que gostar de nada ret- digo segurando na sua cintura.

Ele acelera me levando até o restaurante, graça a Deus hoje era sexta-feira e amanhã eu não trabalharia.

Ele para a moto na frente do restaurante e eu desço.

- tá livre hoje?

Tiro o capacete e entrego a ele

- graça a Deus- digo olhando pro meu celular olhando a hora.

- as 8 vou te buscar na tua casa- ele diz dando partida não me deixando falar

Se ele acha que eu vou sair com ele, está muito enganado

...

- bora - olho incrédula pra ele que estava todo arrumado de carro na frente de casa me esperando.

Eu apenas consigo da risada da cara dele.

- eu tô preparada pra dormir Ret - ele olha pro meu pijama de melancia e rir negando com a cabeça - ja que você esta todo arrumado, entra aí.

Ele cruza os braços parado.

- eu num te prometi que ia te levar lá na vista do Vidigal, vim te levar - ele diz todo sorridente.

Eu não estava entendendo essa alegria dele.

- Ret, eu tô com tanto sono- digo entrando dentro de casa e ele acompanha - você se arrumou todo pra isso?

Ele parece já perde a paciência, esse era o Ret que conheço.

- ou criança, te dou dez minutos pra se arrumar - ele diz olhando em volta - cadê tua mãe?

- nas sextas ela não dorme em casa- digo entrando no meu quarto e ele vem atrás.

- porque?

- achei que você soubesse tudo sobre cada morador- digo abrindo meu guarda roupa.

-fica na tua criança - ele senta na minha cama

- ela passa as sextas com minha tia no hospital - digo baixo e respiro fundo olhando pro meu guarda roupa - não tenho roupa pra esse evento- me viro pra ele .

O idiota tava olhando pra minha bunda.

- vai com esse pijama mermo, ficou bom em tu- ele diz rindo e se deitando na minha cama.

- tô falando sério Ret - digo sentando na cadeira na mesa que estudo.- não vou mais!

- lógico que tu vai, me arrumei todo pra ir.

Olho pra ele séria.

Ele estava com uma camiseta preta e uma calça jeans escura, tênis branco e cheio de corrente no pescoço, seu cabelo na régua, ele era bonitinho mas era envolvido, Deus me livre.

- oque tu tá pensando?- ele diz me olhando e eu desvio o olhar

- eu não vou- digo olhando pra ele.

Ele estava calmo hoje, apenas concordou com oque falei e continuo deitado na minha cama.

- vamo comer um x-tudo- ele se senta.

- porque você insiste tanto?- pergunto sem entender, realmente.

- porque cumpro minhas promessas - ele se levanta - veste qualquer roupa e bora, tô lá fora te esperando.

Reviro os olhos, parece que ele não entende.

Procuro uma calça de cintura alta, e coloco uma blusinha preta, calço meu tênis branco e passo perfume.

Confesso que coloquei o tênis branco só porque o dele estava branquinho, e queria joga na cara dele o meu branquinho também.

VIVAZOnde histórias criam vida. Descubra agora