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- Fala tu ret, as encomendas chegaram - cabelinho diz me cumprimentando.

- pode mandar subir o morro pô - dou um trago da minha maconha.

Cabelinho puxa o radinho e manda os vapores subi com as encomendas.

Fico ali sentado na calçada fumando meu verdinho, observando cada morador passando, geral me cumprimentando e eu respondo tudo na humildade.

As vezes eu esqueço que tem a parte boa de ser dono dessa porra toda.

- iae ret- l7 diz parando a moto.

- fala tu meu parceiro, não colocou as caras aqui porque? Tu tá de caô mermo né - digo me levantando e cruzo os braços serinho olhando pro meliante.

- tava resolvendo os b.o meu parceiro - ele me cumprimentar com a mão- deixa eu te falar, minha tia tava querendo se mudar pra cá pô, ela separou do marido aí perguntou pra mim se num consigo uma casinha aqui pra ela .

- vou deixar isso ai na tua responsa, só me passar as informações dela, tu tá ligado que ninguem que eu não conheça entrar aqui no morro - digo com os braços cruzados e ele afirma.

- pode ficar tranquilo, vou resolver e te passo tudo meu Pit, só preciso saber qual casa vou comprar pra ela tá ligado - L7 diz subindo na moto

- tá na tua responsa pô - digo batendo na sua mão.

L7 assente e acelera a moto subindo o morro.

Vou em direção a minha moto e subo, indo direto pra casa da coroa para almoçar, tô com uma fome pra porra. Buzino na frente da casa dela e desço da moto.

- bom dia minha coroa - digo entrando vendo ela no sofá assistindo e me jogo no seu lado me esticando nela.

- sai Gabriel - ela diz brava

- fiz oque contigo?- pergunto com os braços cruzados.

- esse fedor de maconha, vai toma banho vai, antes que eu te bata moleque - ela diz se levantando.

Eu já corro pro banheiro, essa veia bate ardido, eu que não pago pra vê.
Depois de tomar banho, eu vou pra cozinha almoçar.

- Gabriel quando você vai me dá netinhos?- ela vira me olhando e eu dou risada da sua cara.

- que netinho oque, sai fora- digo colocando meu rango.

- Gabriel tu vai fazer 30 anos, já está bom de sossegar

- que sossegar oque mãe, vou ter filho não, ainda mas nessa vida errada - nego com a cabeça - quero não.

Sento na mesa e ela me encara pensando.

- pelo menos arruma uma namorada pra casar Gabriel, já esta ficando feio você com essas piranhas por ai- ela diz me olhando.

- mãe namoral mermo, deixa eu almoçar, tenho cara de quem namora mãe? Para com essas neurose.- digo sério e ela se levanta da mesa indo pra sala.

Eu até entendo que é o sonho dela ter netos e os bagulhos todo, mas eu não tenho tempo pra esses bagulhos não, depois que o hari se mudou ela ficou toda sentimental.

Termino de almoçar e já dou um beijo na coroa, subo na minha moto e volto pra boca.

- ret?- escuto alguém me chamando lá fora.

- aqui dentro - digo alto pra escutar.

Tava vendo os papéis com as informações do pessoal do morro enquanto os outros estavam embalando as drogas.

Vejo o L7 entrar na minha sala junto com uma senhora.

- essa aqui é a minha tia que vai morar aqui- L7 diz apresentando a mulher.

- oi meu filho, tudo bem?- a senhora me dá as mãos e eu retribuo - me chamo Maria.

- tudo certo dona? Já escolheu qual casa vai querer?- pergunto olhando pra ela.

Ela tinha um cabelo enorme preto, usava óculos e uma saia jeans de crente.

- sim, o Lennon disse que poderíamos vim hoje mesmo, então vim falar com você filho - ela diz me olhando.

- pode sim, a responsabilidade está com o L7, depois ele me informa tudo direitinho pode ficar tranquila dona- digo pra ela que sorrir ao escutar oque digo.

- que ótimo, vai vim morar eu e minha filha - ela diz empolgada.

Não sabia que tambem seria a filha dela. Eu olho pro l7 e depois volto o olhar na senhora.

- beleza Dona, ótima mudança pra vocês, bem vindo ao morro - digo e ela vem me abraçar.

- muito obrigado filho- ela diz me abraçando.

Fico meio surpreso mas retribuo por educação, mas nem grude com minha coroa eu gosto.

VIVAZOnde histórias criam vida. Descubra agora