VIVAZ

18.

Fui pro meu quarto e dei um cochilo, tava cansado mermo. Eu ainda não tinha engolindo o bagulho da coroa fica trocando ideia com homem não, mas deixei quieto porque a Ana tava aqui.

levanto pra ir usar o banheiro mas me deparo com a Ana e Hariel de conversar no sofá, eles estavam assistindo um filme e rindo igual dois idiotas.

- tem casa não?- digo indo entrar na porta do banheiro

- cuida da sua vida - Hariel defende a criança.

Entro no banheiro, tomo um banho rápido, tava um calor insuportável, desligo o chuveiro para começa a trocar de roupa, só que acabo ouvindo as conversas dos dois.

-aninha, tem certeza?

- sim, é coisa rápida Hari

- não quero que se machuque por minha culpa- na mesma hora me assusto,e enrolo na toalha e saio do banheiro rapido .

- que merda é essa?- pergunto sem entender.

- oque foi? - a Ana pergunta com uma faca na mão.

O Hariel me encarava, e Ana me olhava confusa, ela estava com uma faca enorme na mão, e entre eles tinha queijo e goiaba encima da mesa.

- qual foi Biel?- Hari pergunta vindo na minha direção

- que parada é essa de " não quero que tu se machuque?"- pergunto por Hariel que dá risada

- já viu o tamanho da faca que a Ana tá na mão?- ele aponta- ela cismou que queria corta o queijo com essa faca mesmo, mas qual o problema?- Hariel para de rir ficando sério .

Pela sua cara, ele devia está tentando entender, aí eu me toquei que eu estava de toalha, nem respondi ele e voltei por banheiro, preciso pensar antes de fazer as coisas.

...

- Ret - escuto a voz atrás da porta, e nem me mexo.

-entra - ela vai abrindo a porta devagar - só não repara que eu tô pelado- gasto com a cara dela que fecha na hora - é mentira esquisita.

Ela abre denovo toda desconfiada, mas quando vê que eu tô vestido, ela entra deixando a porta aberta.

- você é um palhaço mesmo né - ela fala se sentando no puff.- queria te contar algo.

Me viro olhando pra cara dela esperando ela falar.

-fui demitida - os olhos dela começaram a encher de lágrimas e eu não sabia oque fazer.

Eu sei o quanto aquele emprego é importante pra ela, no dia do baile, ela me disse que estava juntando pra faculdade dela que era o sonho dela e pá.

- serião?- ela afirma e eu me levanto pra ficar de frente pra ela- fica assim não, tu tá ligada que foram eles que perderam pô.

Tentei conforta ela, mas nem sabia como, então dei um abraço nela meio torto, tentei pelo menos e ela começou a rir da minha cara, essa palhaça.

- tá com medo de me abraçar?- ela dá uma risada

- se fuder - cruzo os braços já bolado e ela se levanta vindo na minha frente.

- obrigada - ela vem até mim.- por me escutar

Não falei nada não, mas a criança me abraçou e eu fui retribuí também. Quando ela foi se distância seu olhar parou no meu, nos paralisarmos olhando um pro outro.

Foi aí que eu acabei chegando mais perto dela, coloquei a mão no seu queixo esperando ela se separar, mas ela ficou ali parada sem se movimentar, só com o olhar no meu.

Fui chegando perto sentindo sua respiração fica cada vez mais forte e rápida, encaro sua boca, estava louco para beija-la, mas aí caiu a real que era a Ana na minha frente, respirei fundo e tirei os olhos da sua boca e fui para seus olhos.

Ela permanecia parada me olhando, cada movimento que eu fazia, me aproximo mais do seu rosto deixando um beijo na sua bochecha e depois na sua testa e me distancio.

- vou indo - a Ana diz indo em direção a porta, e eu nem falei nada .

Eu tava confuso, mó parada estranha, não consegui beijar a Ana tá ligado, não foi como qualquer uma, foi um bagulho diferente.