VIVAZ

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Ana

- como assim?- Letícia pergunta curiosa.

- estou solteira novamente, apenas isso- digo comendo um pedaço de bolo.

Letícia me convidou para conhecer sua casa nova, ela passou um tempo longe pra realizar a faculdade. A vida da Letícia digo que é maravilhosa, pelo menos melhor que a minha. Seus pais são ricos e ajudam ela em tudo, porém ela quer ser independente e corre atrás por isso.

Hoje me dia ela está aos auge dos seus 34 anos, bem sucedida e passa a vibe bem daquelas tia ricas que viaja por aí.

- eu nem sei oque falar sobre isso amiga, ele te magoou muito né?- afirmo - se você está melhor assim, então tudo bem, mas você sabe que amanhã tem baile né?

Olho pra ela tentando lembrar, e amanhã era sábado, dia de baile no morro, tanta coisa na cabeça e eu nem lembrava mas disso.

- ótimo - digo - vou aproveitar minha vida de solteira.

- deixa eu te perguntar - a Letícia me olha confusa- e a casa como vai ser? Você vai continuar morando lá mesmo terminado com ele?

Eu não tinha pensado nisso, pra falar verdade eu não tinha muita coisa não. O dinheiro que recebia era bom, mas não pra comprar uma casa...

- eu tenho uma casa!- digo lembrando - nossa como pude esquecer, a casa que morei sozinha, lembrar?

- verdade amiga, se quiser ajudar a gente reforma ela, e deixa maior, eu te ajudo - Letícia diz .

- a gente resolve isso depois

...

O baile tava lotado e a música estralando de alta, esse tempo todo passei a gostar de funk, aprendi a dançar e a curtir.

- quero cerveja - digo alto pro barmen por conta do som.

- sozinha patroa?- poze me olha desconfiado.

- graça a Deus - digo enquanto pego meu copo com o moço - obrigada - digo dando uma nota de 20.

- Ret tá lá encima - poze diz enquanto bebe.

- não quero saber do Ret, poze- dou um sorriso de boca fechada e logo saio virando os olhos dando de ombros.

Estava esperando a Letícia chegar, pra gente curtir a festa. Então ficava no meu cantinho bebendo ao som da música.

- oi- olho pra trás rápido e me deparo com um homem.

Nunca tinha visto ele por aqui, parecia ser do asfalto, ele se vestia bem formal.

- ah, oi- digo gentil e ele sorrir.

Nossa que homem lindo.

- me chamo Gustavo, vim curtir com uns amigos da empresa, como se chama?- ele sorrir novamente me deixando boba.

- me chamo Ana, prazer - estendo minha mão para cumprimenta-lo mas ele me puxa fazendo seus lábios encosta na minha bochecha.

O perfume dele era bom, eu poderia ficar horas Ali.

- te achei muito bonita Ana- dou um sorriso em forma de agradecimento.- quer?- ele aproxima seu copo e eu aceito, parecia está bom.

Ficamos conversando um pouco até eu olhar pra cima, no camarote, lá encima vi o Ret me olhando, que me deixava totalmente nervosa.

- mãe iae, nos dois rola?- ele se aproxima e eu permito.

Fingir que não tinha visto o Ret ali, e beijei o Gustavo, me senti uma adolescente, dever ser o porquê não aproveitei nada da minha adolescência.

Seu beijo era bom e intenso, mas não era algo que me deixava com frio na barriga...

- quer da uma volta?- Gustavo diz baixo no meu ouvido e eu afirmo.

Só se vive uma vez.

Sua mão segura na minha e ele me leva no meio da multidão, todos nós olhavam sem entender, e eu me perdia ali mesmo.

- solta ela- uma voz surge na frente do Gustavo.

Eu estava atrás dele então foi aí que tomei um susto, olhei quem era, e já imaginava.

- não tô entendendo - Gustavo diz pro Ret que estava com o semblante fechado.

- sai daqui Ret!- digo pra ele séria e ele nem me olhava.

- tá querendo levar minha mulher pra onde filho da puta?- Ret da um murro na boca do Gustavo que faz ele se afastar assustado.

- oque você tá falando seu maluco?- Gustavo vai pra cima do Ret e deposita um murro.

- eu não sei brincar com comédia, se ligou?- Ret puxa a arma e antes mesmo que eu pudesse interferir ele atira três vezes no Gustavo.

Seu corpo caiu lentamente no chão me deixando em choque.

Na mesma hora meu copo caiu da minha mão e foi derramada toda bebida no meu vestido.

Ele matou uma pessoa inocente por conta do ciúme doentio dele cara!

- você ta maluco?- vou pra cima do Ret dando vários tapas no seu peito, eu não conseguia nem olhar pro corpo do Gustavo no chão todo ensanguentado.

Ret segura meus braços e se aproxima de mim e me olha feio.

- tu bebeu Ana!- ele diz sério e eu me mexo pra me soltar dele mas ele me segura sério.

Olho em volta e todo mundo olhava aquela cena.