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Ana

Me arrumei toda pra sair com o Gabriel, procurei um vestido e não achava nada. Trouxe todas minhas roupas da casa da minha mãe pra cá, mas ainda não consegui arrumar.

No meio da bagunça acho o vestido que a Carolina me deu, quando fui para meu primeiro baile, e seria ele mesmo que ia usar. Ele era curto, mas eu queria usar ele hoje, nesse calor que está fazendo no rio de janeiro, até acostumei a usar roupa curta, mesmo sendo dentro de casa.

Seco meu cabelo e coloco meu tênis branco, pego minha bolsa e me sento no sofá esperando o Gabriel.

...

-cade você cara?- digo já sem paciência na ligação.

- calma amor, eu já tô chegando, aconteceu uns bagulhos aqui que não deu bom, mas já já tô aí - ele desliga me deixando com mais raiva ainda.

Fazia horas que eu estava esperando o Ret, e nada. Já estava quase dando dez horas da noite e ele ainda não tinha chegado pra irmos sair, me fez de otária aqui esperando.

Me deito no sofá e acabo dando um cochilo, mas logo que abro os olhos e não vejo ele, me levanto sem paciência.

22:30

- tá achando que me faz de otária?-digo pra mim mesma, passo a mão no meu cabelo pra da uma arrumada, pego as chaves e tranco a porta de casa.

Isso mesmo, eu estava indo pro baile, me arrumei atoa não, fui pro baile mesmo, cansei de ficar igual idiota esperando ele, achei que ele iria mudar, mas as pessoas não mudam mesmo.

Certeza que ele deve está bebendo igual um idiota.

- Ana?- uma voz feminina me tira dos pensamentos.

- oi- digo vendo a Carolina toda arrumada se aproximando.

- ta indo no baile também?- afirmo - vamos juntas!

- quanto tempo, você nunca mas apareceu - digo enquanto andamos juntas pra chegar aonde estava tendo o baile.

- aí amiga, as coisas ficaram tão difíceis lá em casa, acabei entrando pro tráfico pra conseguir dinheiro prós remédios da minha vó - Carol diz toda cabisbaixa.

O Ret não me falou dela ter entrado no tráfico....

- nossa sério? Vai dá tudo certo carol- digo dando de cara com a multidão de gente chegando.

O baile ainda não tinha começado, mas já estava lotado, era gente dançando pra um lado e pro outro.

- mas enfim, porque veio pro baile sozinha?- Carol pergunta

- deu vontade de aproveitar um pouco né?- digo me virando olhando pro camarote.

Aquele idiota estava no camarote, eu conheço ele de costas, e logo na sua frente tinha uma mulher com cabelos pretos liso. Um ódio subiu em mim e eu só queria dar na cara desse idiota.

- Ana?- cabelinho me olha sem entender parecendo confuso.

- eu mesmo- digo cruzando os braços.

- Oque tu tá fazendo aqui pô?- cabelinho parecia nervoso olhando prós lados - eu te levo na tua casa, bora.

- eu não vou- digo séria - vim para curtir.

- o chefe não vai gostar disso Ana - cabelinho parecia assustado.

- oque tá pegando Victor?- pergunto pro cabelinho que fica sério.

- tá pegando nada, Ana, é melhor tu voltar pra casa tô te falando - ele diz e eu nego.

Me enfio dentro da multidão, sozinha mesmo, já tinha perdido a Carol de vista. Olhava sempre pra cima e não via mas o Ret lá, era oque me deixava curiosa e com muita raiva.

Meu celular começa a tocar, olho vendo que é ele, recuso mas logo ele manda mensagens.

Gabriel: porra Ana, onde tu tá?(23:34)
Gabriel: tu tá no baile cara?(23:45)
Gabriel: Ana porra cadê tu(23:46)
Gabriel: da pra tu me atender?(23:47)

5 ligações perdida de Gabriel.

Eu desligo meu celular, procuro um lugar pra me sentar, já que o baile estava rolando e eu não sabia dança nem muito tempo curtir o baile.
Foi aí que começou um tiroteio e todo mundo começou a correr.

Já fiquei desesperada sem saber pra onde ir, apenas corrir junto com a multidão, os tiros não paravam, e eu fiquei igual idiota preocupada com aquele otário.

- vem porra!- alguém me puxar pra um beco tapando minha boca, fiquei desesperada.

VIVAZOnde histórias criam vida. Descubra agora