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Ana Clara
Vidigal Rio de janeiro

22:34

- hum?- digo tentando entender da onde tá vindo o barulho de porta.

- Ana Clara!- escuto a voz grossa chamar.

Eu estava num cochilo ótimo, não estava tão bem de saúde então deitei pra tentar descansar.

- tô indo- digo coçando os olhos tentando raciocinar.

Vou até a porta de destrancou vendo o Ret todo arrumado, e seu cabelo verde.

- demorou em- ele diz dando um beijo na minha cabeça e entra pra dentro de casa.- ta melhor criança?- nego fazendo drama.

- novo visual?- ele afirmou rindo- pique coringa - foi risada.

- e tu minha alerquina pô.

Gabriel da uma risada me abraçando, minha cabeça encostada no seu peito podia sentir as batidas do seu coração acelerado.

- pra sair pra comer tu ainda tá doente?- ele se afasta.

- até melhorei ó - dou uma voltinha rindo mas logo fico séria - porque você tá nervoso?

- eu?- ele tenta fingir mas eu conheço ele.

- hurrun

- eu tô normal pô - ele diz se jogando na minha cama- se arruma pra gente cola lá.

Deixei passar mas eu sabia que ele estava tramando algo, Gabriel nervoso, aí tinha coisa, só via ele assim quando acontecia alguma coisa na boca.

...

- vamo coringa da shopee- digo indo até a porta mas quando me viro ele tava me olhando de cima a baixo.

- tá gata em- Ret diz cheirando meu pescoço.

- gostou?- passo minha unha de leve na suas costas e ele logo me encara e eu dou risada.- vamos, eu quero jantar, não ser a janta.

- se quiser podemos ficar por aqui- ele diz rindo e eu dou um tapa no seu braço.- brincadeira criança.

-vigia garoto- digo saindo vendo sua BMW toda preta na frente de casa- carro lindo meu Deus.

- pode ser seu- Ret diz entrando - só basta me assumir.

- se liga Gabriel, vamos vai - digo entrando e ele me encara - onde a gente vai mesmo?

- tu vai vê pô - ele diz ligando a nave.

Gabriel começa a subir o morro e eu estanho, ele não é de sair daqui, só quando é assalto.

- tá indo pro asfalto?- olho pra ele sem entender e apreensiva.

- tu confia em mim?- assinto- então fica de boa, vamo curtir nosso momento de casal.

...

Gabriel parou o carro no estacionamento de um restaurante chique, eu nunca tinha ido para lugares assim. Assim que chegamos tinha dois seguranças armado na porta e ele parecia tranquilo.

- tá com arma aí?- pergunto e ele nega.

- tô puro- suas mãos cruzam na minha.

Entramos no restaurante e o garçom já arrumou nossos lugares e deixou o cardápio.

- que lugar lindo Gabriel!- digo toda boba olhando.

- ainda é pouco pra tu, queria te dá o mundo todo vida- ele diz segurando na minha mão e eu fico igual besta olhando.- quero te falar uma parada antes que eu começe a passar mão de nervoso.

- aconteceu algo?- pergunto já preocupada.

- aconteceu - ele respira fundo e eu fico nervosa- eu me apaixonei.

- Gabriel!- fico toda vermelha.

- tô te falando pô, tô apaixonado por tu criança - ele puxa algo do seu bolso - por isso eu quero saber se tu quer casar comigo?

Ele estendeu uma caixinha vermelha, e dentro tinha duas alianças dourada, isso parecia um sonho, meu coração parecia um pagode de tanto batuque. Eu o amo o Gabriel, mas nunca pensei que logo ele me faria esse pedido.

- claro que eu aceito - digo olhando nos seus olhos e do nada todo mundo começou a bater palmas me deixando toda tímida.- eu te amo meu amor.

- eu também te amo pô - ele coloca a aliança no meu dedo e eu coloco no seu.

Gabriel puxa minha mão pra beijar onde estava a aliança na mão esquerda. Logo o garçom chegou com um prato de casal, era lindo coisa de rico mesmo.

- eu tô boba com você cara- digo com um sorriso enorme no rosto e ele sorrir também.

- quero tu pra minha vida Ana, ter uma família contigo tá ligado, até nos dois morre e deixa nossa geração. Pode ter certeza que eu nunca vou te abandonar!

Gabriel logo olha pra atrás de mime seu semblante muda, me viro pra olhar oque estava acontecendo.

- Gabriel, fica tranquilo - digo baixo pra ele, mas não adiantou de nada.

Seu maxilar estava trincado e seu olho certeiro no alvo, a polícia. O Gabriel no caso agora quem estava na minha frente era o Ret, ele estava sem arma alguma.

- tá preso em nome da lei, chefão - uma voz diz me fazendo vira para olhar oque estava acontecendo.

O Ret não poderia ser preso, oque eu iria fazer sem ele? Oque o morro iria ser sem ele, seu olhar estava de ódio e ele nem me olhava mas...

Eu conhecia esse homem vestido de polícia, ele não era estranho pra mim.



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