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- oque aconteceu Gabriel?- Ana diz entrando no carro enquanto eu me perco nos meus pensamentos e eu ignoro a existência dela ali.

Tudo isso fazia muito sentido, não podia ser ela!

- Gabriel!- ela diz alto fechando a porta do carro com força.- da pra você olhar na minha cara e falar oque eu fiz pra você ficar assim do nada?

Foi aí que olhei pra ela sério.

- fica suave Ana!- digo ligando o carro.

- você não vai nem se despedir da sua mae cara! Qual seu problema? Tu tava tão feliz com a notícia! Oque aconteceu? Mudou de ideia? Não quer mais a criança?

Freio o carro rápido e ela me olha assutada, puxo o vidro do carro deixando todos fechado e me viro olhando pra ela.

- porra! Olha a merda que tu tá falando!- digo em tom alto e ela arqueia a sombrancelha.

Minha cabeça estava cheia e ela fica fazendo graça, lógico que eu queria meu filho porra!

- é isso que parece, Ret! Que você não quer a criança, se você não chegar em mim e me falar oque está acontecendo eu vou criar paranóia na minha cabeça!

- esse é seu problema Ana! Não deixa a pessoa ficar em paz porra! Eu não tô afim de troca ideia caralho, qual a dificuldade de tu entender e ficar calada nessa porra! Só fala merda que não tem nada haver, não coloca a criança no meio do bagulho que ela não tem vínculo.

Seus olhos encheram de lágrimas me olhando e eu desvio engulindo seco, eu não tava daora não pô, e ela vem ficar falando no meu ouvido.

- É, eu devia ter pensado muito bem antes de me envolver com você!- ela diz séria, e as lágrimas caindo.- se eu soubesse que seria sempre assim, eu não queria nem ter te conhecido cara, sempre é isso, me trata mal, foge do assunto,e deixa os outros falando sozinho- ela bufa negando com a cabeça cruzando os braços.

- olha a merda que tu tá falando - digo mais baixo tentando ficar suave.

- olha aqui!- olho pra ela- acabou tudo entre nós dois! Eu não mereço passar por essa humilhação não!- ela se vira pra abrir o carro mas a porta estava trancada.

- que acabou oque clara? Tá ficando maluca? - digo sério e ela me olha com muita raiva.

Me liguei no que chamei ela logo depois.

- ABRE ESSA MERDA DE PORTA!- Ana diz séria.

Seu rosto estava todo vermelho, parecia que qualquer momento iria explodir.

- eu não vou abrir até tu se acalmar - digo respirando fundo.

Lembrei dos bagulho que minha mãe disse que não pode se estressar pra ela não perde o bebê.

- puta que pariu Ret, abre essa merda agora!- olho pra ela surpreso de ter escutamos ela falar palavrão - eu não estou brincando.

- se acalma por causa da criança Ana Clara!- digo sério

- eu só vou me acalmar quando ficar longe de você! Você me iludiu! Eu sabia que você não ia aceitar a criança, não precisava desse teatro pro meu lado fingindo que tava feliz !

- tá maluca Ana? Que teatro oque porra, nem tô fazendo nada contigo, só não quero troca ideia porra! Qual parte eu te humilhei e te iludir?- digo o mais calmo possível.

Ela me olhar desacreditada, me encarava com aqueles olhos vermelhos que me fazia lembrar de toda cena.

- abre a porta!- ela diz autoritária e eu ignoro ligando o carro novamente e dirigindo até sua casa.

Paro na frente da casa dela e olho pra ela que tenta abrir denovo e me olha puta.

- se liga, se acalma aí, não deixa tua cabeça criar merda não, pensa nas ruas atitudes e cuidado com essa criança - ela fingi que não estava me escutando - daqui a pouco broto aqui, se trancar a porta eu arrombo - destranco o carro e ela desce depressa entrando na casa dela .

VIVAZOnde histórias criam vida. Descubra agora