14.

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Ana

Corri para o banheiro, a ansiedade atacou e tudo que comi o dia inteiro foi tudo pra fora. Depois de todo ocorrido, ja estava determinada ir embora.

- carol- me aproximo dela- eu vou embora

- que? - ela me olha confusa- sério?

- sim, não estou me sentindo bem

- amiga eu te levo - ela se levanta e eu nego

-não precisa - dou um abraço nela e nas meninas.

Elas ficaram todas confusas sem entender o porquê eu já estava indo. Pego meu celular e olho a hora, era 23:52.

Quase meia noite e eu no meio da rua.

Passei pela aquela multidão de gente e fui seguindo o caminho pra casa, que era um pouco longe daqui, o vento batia nas minhas pernas, e eu me arrepiava toda, estava me sentindo desconfortável com aquele pedaço de pano.tṭ

Tentei caminhar o mais rápido possível, mas me assusto quando um carro preto para no meu lado.

-entra- ele abaixa o vidro e tira o cigarro da boca, fazendo o cheiro do cigarro vim ate mim

- não - continuo andando mas o carro se aproxima denovo.

- Ana Clara, eu tô falando sério - Ret bufa sério.

Paro e olho pra ele

- da pra você me deixar em paz? Que saco Gabriel, vai curti a porcaria do seu baile e me deixa, vai fumar sua maconha e beber até passar mal, mas me deixa em paz, poxa- digo tudo de uma vez, e novamente sinto a merda da lágrima querendo descer.

Ele fica me olhando sem falar nada, logo joga o cigarro dele no chão e desce do carro e eu me arrependo de ter falado isso.

- eu não tô te entendendo - ele diz encostando as costas no carro de braços cruzados.

- não é pra você me entender - acabo deixando as lágrimas descer e encosto na parede respirando fundo.

- mas eu quero - Ret se aproxima de mim- quero te entender criança, oque que tá pegando?

Respiro fundo e viro o rosto olhando pra lado.

- eu não estou me sentindo bem- digo baixo- essa roupa não é minha cara, aquele lugar não é minha cara, não gosto do cheiro de bebida, maconha.

- eu sei, por isso estranhei tu lá - o seu olhar para no meu vestido- primeira vez que vejo tu com um vestido desse.

- ficou horrível - choro de uma vez e ele se aproxima confuso

- não - suas mãos levanta meu queixo me fazendo olhar para seus olhos - tu está linda, na verdade tu é toda bonita pô, só nunca te vi assim.

Respiro fundo

- vem vamo embora - ele da uma puxada de leve no meu braço.

- você vai perder o baile, pode ir, não se preocupa comigo

- fica quieta Ana Clara, entrar logo- ele abre a porta e eu entro.

Eu nem ia, mas acabou que fui, só queria minha mãe, ela entenderia as besteira da minha mente.

- oque aconteceu contigo criança?- Ret pergunta ligando o carro

- nada - ele me olha sério - só tô me achando feia, Gabriel - cruzo os braços - era isso que queria ouvir?

-ai Ana Clara, já falei pra tu que tu tá toda bonita - ele diz olhando pra rua - não consigo entender tu, tô ficando bolado já.

Fico quieta na minha, não adianta falar, as pessoas só entendem oque elas querem, ele pode pensar que quero chamar atenção.

O carro é parado na frente de casa.

- valeu- digo saindo do carro

- me espera- me viro sem entender

- porque?

- vou ficar contigo um pouco - ele tira a chave do carro

- e a Carolina?- seu olhar parecia confuso mas ele não falou nada e desceu do carro, logo desci e abri a porta de casa, ele já estava aqui mesmo.

Nos dois entramos em silêncio, ele me seguiu até meu quarto, e se jogou na minha cama.

- vai pra onde?

- tomar uma banho- digo saindo deixando ele sozinho.

Eu não ligava pelo fato do Gabriel está com a Carolina, só foi uma surpresa porque eu não sabia, e bateu uma insegurança, a Carol é linda e ele claramente só se envolver com mulheres bonitas.

Não tô falando que quero me envolver com ele, fora de mim isso, eu só.... Eu não sei, fiquei mal, e agora ele tá aqui dando um de bom rapaz.

VIVAZOnde histórias criam vida. Descubra agora