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Paro na frente da casa da Ana, ela desce da moto abaixando a saia e eu fico logo olhando essa saia dela.

- vou taca fogo nessa saia - digo descendo da moto também.

-tenta a sorte - Ana diz dando de ombros e indo em direção a porta pra abrir.- vai entrar?

- vou não - ela se vira arqueando a sombrancelha pra mim- tenho que trabalhar pô.

Chego perto da criança e tiro o cabelo dela do rosto, deixo um selinho na sua boca.

- volta pra jantar comigo - ela diz fazendo bico.

- pode deixar - dou abraço nela cheirando seu pescoço, deixo um beijo na sua testa e me distancio subindo na moto.

Dou partida direto pra boca, pra resolver os problemas, que estão me dando dor de cabeça.

...

Ana

Dei um leve cochilo depois que o Gabriel me deixou aqui, acordei passando mal, já corri pro banheiro vomitando tudo.

- que droga - digo em voz alta.

Permaneço abaixada naquela privada suando frio e chorando igual idiota por está passando mal.
Levanto e lavo meu rosto e pego meu celular ligando pro Gabriel.

- oi vida
- oi- minha voz saí trêmula.
- oque foi? Aconteceu alguma coisa?
- tô passando mal
- tô indo aí.

Deito no sofá toda escolhida sentindo tudo rodar e a ânsia aumentar.

-Ana?- Gabriel entra de uma vez me fazendo levar um susto - oque aconteceu amor?- ele se agacha perto de mim .

- tô passando muito mal- digo mas logo as lágrimas caem - acordei de um cochilo assim, com ânsia e vomitando tudo.

- vem vamo no postinho - ele diz tentando me levantar.

- não, já melhorei, não tem necessidade de ir no postinho!- digo deitando de novo e fechando os olhos.

- amor, vai fica assim passando mal?-  Gabriel passa suas mãos pelo meu cabelo me fazendo respirar fundo.

Já estava quase dormindo ali mesmo.

- já tô melhor- digo mas logo vem ânsia e eu corro pro banheiro vomitando mais uma vez.

- Ana mano, vamo lá pô - Gabriel aparece na porta me ajudando a levantar.

- eu não vou Gabriel, não gosto de hospital - pego uma escova de dente e começo a escova meus dentes e ele fica parado na porta de braços cruzados.

- tu é chata em maluca, até doente pô - ele rir- oque tu quer que eu faça? Diz aí.

- que fique comigo até eu dormir- digo lavando a minha boca.

- tô afim não

Olho pra cara dele que fazia um rosto de deboche igual eu faço e eu rir.

- é?- me aproximo dele abraçando ele fazendo meus braços passar pelas suas costas.

- sai, sai Ana - ele tenta fugir mas eu corro atrás.

- ta fugindo de mim?- paro olhando pra ele e meus olhos automaticamente encheram de lágrimas.

Meu humor hoje não estava dos melhores, tava toda chorona esquisita. Dever ser a falta da minha mãe aqui me dando remédio e falando que vai ficar tudo bem.

- amor não chorar - Gabriel chega perto de mim- porque tu tá chorando, eu te fiz algo? Me desculpa pô eu tava brincando.

- eu só tô boba hoje- dou uma risada enxugando as lágrimas - desculpa por ter que me aturar.

- já falei que eu te amo pô, não tem que se desculpar não.

Ele fica um tempinho abraçado comigo ali, fomos pro meu quarto, ele deitou comigo e fez cafuné no meu cabelo, e eu acabei adormecendo ali mesmo.



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