11° Episódio

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Gabriel B.

Conversar com a Giovanna me fez um bem danado, mesmo ela insistindo em ser apenas amigos, eu estou feliz por saber que tenho ela por perto novamente. Já tem um mês que estamos tentando voltar a ser amigos, e tem funcionado, voltei a perturbar ela, e zoar ela o tempo todo. Toda vez que o time dela perde, eu vou lá pra irritar ainda mais ela, e toda vez que o flamengo perde ela me zoa também, e isso que amigos rivais fazem né?

Mas a real? Eu não consigo ver ela somente como uma amiga, sei que foi erro meu, foi mal o que fiz de ter me distanciado, não era a intenção fazer ela sofrer assim.

Mas não consigo ver ela apenas como uma amiga, por que? É que ela ainda tem meu coração, por ela ainda morro de paixão, por ela vai me sol, meu ar, meu chão. E se ela não voltar a ser como era antes comigo, vou me perder.

Eu tenho tentado mudar, tentando fazer diferente como da última vez, mas ela ainda tem uma certa insegurança, e eu realmente entendo ela e respeito esse espaço que ela tem colocado na nossa relação.

Nesse um mês ela foi assistir alguns jogos meu com a Dhio, e eu também até assisti alguns jogos do vasco com ela na casa dela. Me sinto tão bem quando estou com ela, me sinto vivo sabe? Me sinto como se estivesse em casa em qualquer lugar que eu esteja com ela.

E hoje a Dhiovanna chamou ela para dormir aqui em casa, e ela está aqui, a Dhiovanna teve que sair para buscar algo na casa de uma amiga, e agora está caindo o mundo lá fora, sem contar os rais e trovões.

Estou deitado em meu quarto sozinho, vendo um jogo qualquer na TV, quando vejo a luz piscar e logo acabar. Deixando tudo escuro.

Ouço duas batidas na porta.

-Gabriel? Você ta aí? - Ouço a voz da Gio.

-Oi, estou sim, pode entrar.

Vejo ela entrar com a lanterna do celular ligada e logo fechar a porta, ela me olha e parecia estar bastante assustada.

-Posso ficar aqui com você? É que eu tenho medo de escuro, e ainda mais com esses raios e trovões. - pede se aproximando.

-Claro, vem ca. - bato na cama ao meu lado indicando para ela sentar.

Ela se senta ao meu lado, e eu puxo ela para um abraço fazendo ela se deitar no meu peito, fico alisando os cabelos dela, enquanto ficamos em um silêncio longo.

-Gabi? - ela me chama.

-Oi. - respondo.

Ela demora um pouco para responder.

-Nada não, deixa pra lá. - Diz abraçando forte minha cintura.

Volto a fazer cafune no cabelo dela, percebo um barulho de choro.

-O que foi, Gio? - Pergunto baixo, dando um beijo na testa dela.

-Não é nada. - Diz secando o rosto.

-Você sabe que pode confiar em mim né? - Pergunto ainda fazendo cafuné.

-Sim, eu sei, é que senti tanta sua falta nesse tempo que ficamos afastados. E eu tenho medo de tudo voltar a se repetir. - admite.

-Você sabe que não vou deixar aquilo se repetir, eu não vou cometer a mesma burrice duas vezes.

-É que pra mim é difícil acreditar em alguém, em um amor verdadeiro, eu já fui traída diversas vezes, me senti usada, trocada, substituível. E as vezes essa insegurança se torna presente, mesmo eu sabendo que não sou nada disso que eu falei.

-Eu sei que é difícil deixar essa insegurança de lado, mas você é a mulher mais incrível desse mundo, e quem te perdeu foi muito burro. Perdeu uma mulher foda demais, e eu te agradeço por me dar mais uma chance de fazer diferente e não ter te perdido. - aperto ela mais em um abraço.

Rivais - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora