73° Episódio

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Giovanna

Hoje é dia 31 de dezembro. E todos decidiram passar a virada em uma viagem para praia. Mas eu achei melhor não ir, até porque os gêmeos são bem pequenos ainda.

Mas isso foi motivo para brigar com o Gabriel, por ele querer ir passar com todos eles na praia.

E agora estamos sem se falar, e ele tá se arrumando para sair.

- Aonde você vai? – Pergunto olhando para ele, enquanto amamento nossos filhos, sentada na cama.

- Quer mandar até nisso agora? – me olha cruzando os braços.

- Não, Gabriel. Não vou mandar em nada. Vai para aonde você bem entender. – Digo sentindo minha voz embargar.

Ele termina de colocar sua correntinha e seu relógio, saindo do quarto e me deixando sozinha com nossos filhos. Após ouvir a porta bater, permito uma lágrima escorrer pelos meus olhos.

Eu sei que tô sendo chata esses dias. Sei que não tô sendo a esposa perfeita, mas é tudo novo pra mim essa história de maternidade. E eu só não quis ir por saber que seria melhor pra eles ficar em casa, pelo menos por agora.

Após amamentar, coloco o Bernardo deitado na cama, e ajeitando a Sophia em meu colo, pego o Bernardo, colocando do outro lado. Me levanto da cama com cuidado, e fico andando com eles pelo quarto, esperando eles arrotarem.

E não consigo deixar de chorar, chorar por todo cansaço, por toda a loucura que é a maternidade. Por estar sozinha agora, e me lembrando de quando o Gabriel prometeu que nunca iria deixar.

Após alguns minutos, eles arrotam e eu coloco eles deitados na cama, e me deito ao lado deles também. Pego meu celular, olhando a hora e vendo que já são 18 horas.

Penso várias vezes se deveria ou não ligar para o Gabriel e pedir para ele voltar. Mas penso que é melhor não. Ele quis sair, não vou me humilhar para ele voltar.

Se eu tiver que passar a virada sozinha com meus filhos, eu vou passar. E não vou ficar chorando por isso não.

Me levanto da cama com cuidado, e coloco vários travesseiros em volta deles, para ir tomar meu banho menos preocupada deles caírem.

Essa é a primeira vez que eu fico sozinha com eles, e confesso que estou com medo de algo dar ruim.

Entro no banheiro, e tiro toda minha roupa, olhando meu corpo pelo espelho, e vendo que ainda estou um pouco inchada. E não consigo deixar de chorar por me ver assim.

Eu sei que estou assim, por causa dos amores da minha vida. Mas é complicado demais, me ver assim e gostar.

Entro no banheiro, e ligo o chuveiro no quente, deixado a água cair pelo meu corpo, me relaxando. Sinto as lágrimas insistirem a escorrer pelo meu rosto.

Após alguns minutos, saio do chuveiro me sentindo renovada. Pego a toalha, e começo a me secar, quando eu escuto os gêmeos chorarem.

Rapidamente enrolo a toalha em volta do meu corpo, e saio correndo para o quarto, e acabo escorregando e caindo de bunda no chão com tudo.

- Caralho. – Digo sentindo dor.

Com dificuldade consigo me levantar, e mesmo sentindo dor, vou até aonde eles estão.

- Oi, meus amores! – sorrio fraco por causa da dor. - Mamãe, está aqui com vocês. Não precisam chorar não.

Digo me deitando ao lado deles, e alisando o cabelinho dos dois, fazendo os dois se acalmarem um pouco mais.

Me levanto, e pego o trocador deles, colocando em cima da cama. Pego o Bernardo, tirando a roupinha e trocando a frauda dele. Pego uma roupinha, para eles passarem a virada de ano. Vestindo ele.

Rivais - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora