2

307 48 5
                                    

Acordo me sentindo animado e isso não é bom, abro os olhos e procuro por ele, mas ele não está em lugar nenhum, sento no sofá e visto a minha calça, a sensação de estar animado está cada vez mais forte, eu fecho os olhos e tento me desconectar, a porta abre, eu me sinto culpado e excitado ao mesmo tempo, a culpa aumenta e eu sinto raiva de mim mesmo. Tento mais uma vez desconectar, mas não consigo.
- Pat?
Eu abro os olhos e a culpa aumenta mais um pouco, eu tento sorrir para quebrar o gelo.
- Onde você estava?
Eu me sinto aliviado e animado novamente.
- Eu tive uma ideia. Agora que estou pensando claramente...
Ele me olha e eu me sinto culpado de novo, ele não estava conseguindo pensar direito por causa da sede, por isso ele sente culpa, porque bebeu o meu sangue.
- Que ideia você teve, Pran?
Animado mais uma vez, como ele consegue lidar com essa montanha russa de emoções?
- Pega as suas coisas, eu te explico no caminho.
Eu levanto, pego a minha camiseta e fico excitado, eu tento não reagir a isso, coloco a camiseta o desejo aumenta a ponto de eu quase não conseguir respirar. Eu viro e pego a mochila e a arma, respiro fundo e olho para ele. Ele me encara por alguns segundos e um sentimento afasta todos os outros, amor, como eu nunca percebi que ele me ama?
- Vamos?
Ele sorri brevemente, acena e sai, eu fecho os olhos e tento me concentrar, mas a conexão está muito forte para romper.
Ele vai até um carro e eu olho preocupado.
- Onde você conseguiu isso, Pran? Você não devia andar por aí sozinho!
Ele revira os olhos e sorri, o meu coração acelera e dessa vez não são sentimentos dele, isso não pode acontecer, não posso deixar tudo mais confuso do que está.
Ele entra no carro e eu entro também, ele começa a dirigir, pega um pacote no banco traseiro e me dá. Eu abro e é um sanduíche, a minha boca se enche de saliva, eu pego e mordo,  fecho os olhos e aproveito o sabor, é delicioso! Mais uma vez fico excitado. Meu Deus, ele está no cio por acaso?
- Me conta o que aconteceu enquanto eu dormia.
Sinto culpa, mas logo fico animado.
- Eu tive uma ideia assim que acordei - culpa - eu peguei o relógio que eu ganhei no meu aniversário, fui até uma loja de penhores e vendi - animado - consegui um bom dinheiro com a venda - muito animado! - eu consegui comprar esse carro e aluguei uma cabana por três meses para... Nós...
Eu me sinto culpado e olho para ele.
- Isso foi muito perigoso, Pran, eles podem te rastrear.
Agora eu fico muito animado, feliz de verdade.
- Eles não vão conseguir, eu compeli o dono na loja de penhores, o vendedor da concessionária e o proprietário da cabana a acreditarem que negociaram com uma senhora idosa.
- Você usou controle mental neles?
Muito animado!
- Pran, você tem certeza que deu certo? Você nunca conseguiu fazer antes.
Ele sorri e olha para mim.
- Foi fácil dessa vez, fácil como pedir um copo de água, eu sabia o que fazer na hora em que tive a ideia.
Ele está tão animado que eu não consigo me controlar e sorrio também, mais uma vez eu fico excitado e ele olha para a frente.
Eu termino de comer o meu sanduíche, pego um refrigerante que veio no pacote, bebo e mais uma vez fico excitado, o Pran com certeza está no cio! Nem consigo imaginar o estrago que ele faria com todo esse tesão se fosse um lobo.
- Vai demorar para chegar lá?
- Um pouco.
- Tudo bem se eu dormir um pouco mais então?
Ele me olha e a culpa volta.
- Você está bem?
- Estou, só preciso recarregar.
Sinto muita culpa e raiva, ele acena concordando, eu fecho os olhos e tento mais uma vez desconectar, mas desisto, talvez eu esteja apenas fraco por causa da quantidade de sangue que ele bebeu. Eu abro os olhos e fico olhando para ele concentrado na estrada perdido na sua montanha russa indo e vindo da culpa a animação.

Quando acordo estou encostado a janela, eu respiro fundo e olho para ele que sorri e fala com a voz suave.
- Nós chegamos...
O amor dele é definitivamente um sentimento que eu não vou conseguir lidar, porque ele parece me puxar para o Pran como um ímã. Ficamos nos encarando por não sei quanto tempo até eu começar a ficar excitado, nós ficamos excitados, pelo menos com esse sentimento eu sei lidar. Quebro o contato visual e olho em volta, está bem escuro e estamos no meio do nada, olhos humanos não conseguiriam ver nada aqui, eu vejo a cabana. O tesão aumenta e eu decido sair de perto para ele se controlar, abro a porta e quando fecho ouço um leve rosnado vindo dele, eu sorrio e espero, ele sai e vai até o porta malas, o carro é um modelo bem antigo, então ele tem que usar a chave para abrir, fico surpreso com a quantidade de coisas.
- Quanto você conseguiu pelo relógio?
Ele sorri, o meu coração acelera e eu fico animado, a mistura dos nossos sentimentos me deixa confuso.
- Eu compeli o dono da casa de penhor a me pagar o preço justo, então deu muito dinheiro, vamos poder ficar tranquilos por um tempo.
- Porque você comprou tanta coisa se só eu como aqui?
Mais uma vez culpa.
- Vamos lá para dentro, é melhor não ficar muito tempo em locais abertos, mesmo sendo no meio do nada.
Pego várias sacolas, ele se aproxima e pega as outras, fecha o carro e entramos.
A cabana é bem simples, a sala e cozinha ficam juntas, tem um sofá, mesa com três cadeiras, lareira, um armário antigo, tem duas portas, acredito que seja um quarto e um banheiro, o Pran acende a luz, graças a Deus tem energia elétrica, estou torcendo para ter água encanada também, preciso muito de um banho, estou cheirando como um cachorro de rua.
Colocamos as sacolas em cima de uma pequena mesa e o Pran olha em volta satisfeito, os primeiros dias de fuga foram muito difíceis para ele, sempre esteve cercado de riqueza e luxo, então dormir em qualquer lugar, as vezes até no meio da sujeira foi quase uma tortura para ele, com o tempo nos acostumamos com esse tipo de lugar, então hoje essa pequena cabana é um luxo para nós.
- Eu vou ver se tem água para tomar um banho, quer ir primeiro?
Ele olha para mim e eu fico excitado, ele nega com a cabeça, é tudo o que ele consegue fazer. Eu sinto uma vontade louca de ir até ele e arrancar a sua roupa, sinal de que está na hora de sair de perto.
Entro no banheiro e testo o chuveiro, ele funciona, vou até o armário da pia e tem toalhas e sabonetes, tiro a roupa, vou para o chuveiro e começo a me levar.
De repente o desejo me atinge com tudo, estou com muito tesão, o meu pau fica duro antes de eu conseguir assimilar o que está acontecendo, tento me desconectar mais uma vez, mas escuto o Pran gemendo, desisto e me abro para a conexão, ele está se masturbando, por isso eu fui atingido com tanta força, eu me concentro no seu desejo, seguro o meu pênis e começo a me masturbar com ele, mais uma vez estou no meio do turbilhão de sentimentos, sem saber quais são meus, quais são deles ou se estamos sentindo as mesmas coisas, mas a sensação é maravilhosa.
Ouço ele sussurando o meu nome e tenho que usar todo o meu auto controle para não ir até ele. Sinto que vou gozar e mais uma vez não sei de quem é o sentimento, mas acelero e gozamos ao mesmo tempo.
Sinto alívio, culpa e então tristeza, o amor vem e afasta os outros sentimentos, menos a tristeza, estou triste porque ele não pode ser meu, eu não posso ser dele.

Puro Sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora