Puro Sangue

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Fico observando os seus cabelos castanhos voando ao vento, os seus olhos também castanhos tão expressivos e cheios de vida e as suas covinhas que sempre aparecem quando sorri, sinto o meu coração acelerando como tem acontecido nos últimos meses e tenho certeza, eu amo ela.
- Niran, você está me ouvindo?
- Desculpe, Malee, o que você disse?
- Os nossos irmãos estão demorando muito.
- Eu não me importo, prefiro ficar sozinho com você.
Ela sorri envergonhada, eu levanto a minha mão e coloco o seu cabelo atrás da orelha.
- Você é linda, Malee...
- Não sou não, não chego nem  perto das garotas da escola que querem namorar com você.
- Você é a mais linda de todas, minha flor de jasmim.
Ela sorri envergonhada mais uma vez e eu me aproximo lentamente, quando ela percebe o que estou fazendo, me olha assustada, então fecha os olhos e faz um bico fofo, eu toco os seus lábios com os meus em um beijo casto, então me afasto, ela se inclina na minha direção um pouco, abre os olhos, sorri e de afasta.
- Minha Jasmim, você quer namorar comigo?
Ela suspira e olha para as mãos que repousam no seu colo.
- Você sabe que não podemos, Niran, a lei proíbe que um vampiro e um lobo de relacionem.
- É uma lei absurda, não faz sentido nenhum.
- Nós já estudamos sobre isso, é por causa do DNA, para preservação das espécies.
- Isso não ajuda a fazer sentido, somos muitos, deveríamos poder escolher quem queremos, quem amamos... e eu te amo!
Ela me olha surpresa e fica vermelha mais uma vez.
- Eu também te amo!

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Sinto ela enrolando o dedo nos pelos do meu rabo enquanto lê um poema encostada em mim.

Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em ter corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Ela termina de ler e suspira.
- É do Brasil, é lindo não é?
Eu faço um som que parece mais uma tosse e ela sorri.
- É assim o meu amor por você, absoluto, atemporal.
Eu não entendi muito bem o poema, mas gostei do que ela disse então, aproximo a minha cabeça e lambo o seu rosto, ela da risada e me empurra.
- Já pedi pra não fazer isso, Niran, é nojento.

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Eu me encosto em uma pedra e a Malee monta no meu colo e me beija, ela rebola e eu juro que um dia ela vai acabar comigo desse jeito. Ela beija o meu pescoço e rebola mais uma vez, eu tento a segurar, preciso de uma pausa, mas ela não quer parar e rebola mais uma vez.
- Jasmim, por favor...
- Você não gosta?
- Não é isso...
Ela segura o meu pênis e eu me assusto, seguro a sua mão e ela beija o meu pescoço mais uma vez, quando tento a afastar sinto uma fisgada e um pouco de dor.
- Malee, o que você está fazendo?
Ela segura o meu cabelo e puxa a minha cabeça para o lado e me morde com força, então eu percebo, ela está se alimentando, essa é a sua primeira vez.

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Estou dormindo quando acordo assustado, olho em volta e tento me controlar, não entendo porque estou com medo. Levanto e ando pelo palácio, um servo me encontra me olhando surpreso e eu peço alguma coisa para comer, sento no sofá e fecho os olhos, de repente fico aliviado e feliz. Será que eu estou ficando louco?
Passo o dia inteiro com esses sentimentos confusos e não sei o que está acontecendo comigo. Vou para a escola com o meu irmão, ficamos no jardim esperando a aula começar, de repente eu me sinto feliz e sinto... Não sei... Amor? Ele vai aumentando e eu ouço alguém se aproximando, a Malee passa dando tchau para nós e vai embora.
Alguém bate nela sem querer e eu fico irritado, então a pessoa pede desculpa e eu fico mais calmo, ela para na rodinha das amigas dela e começa a conversar, fico o observando ela sorrindo e fico feliz, quando ela olha para trás eu sinto amor mais uma vez.

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Ela senta no meu colo e se esfrega em mim.
- Jasmim, nós já conversamos sobre isso.
- É o meu aniversário de dezoito anos, eu quero isso de presente.
Eu me afasto um pouco, olho nos seus olhos e tiro o cabelo do seu rosto.
- Tem certeza?
Ela sorri e acena, estamos na nossa clareira, ninguém vai nos encontrar aqui, então seguro as alças finas do seu vestido e puxo deslizando pelos seus ombros e braços, o vestido cai no seu quadril deixando exposto os seus seios perfeitos, abro a minha calça e tiro o meu pênis para fora, puxo a sua calcinha de lado, ela segura o meu pau, coloca na sua entrada que está molhada e começa a se abaixar, eu fecho os olhos e tento me controlar, isso é delicioso, ela e tão apertada...
Ela começa a se mover e eu seguro a sua bunda e ajudo, eu beijo o seu pescoço e ombro. Sem nem ao menos planejar, sem pensar direito no que estou fazendo deixo as minhas presas surgirem e mordo o seu ombro. Ela grita gozando e treme e me aperta sem parar, eu não aguento e gozo dentro dela.

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Fico observando ela deitada na grama da clareira olhando para o céu.
- E se nós fugirmos, meu amor?
- O que?
Ela senta e sorri pra mim.
- Vamos embora, para qualquer lugar, eu sou sua parceira há um ano, não faz sentido continuar escondendo o nosso relacionamento, se não nos aceitam aqui, vamos para onde nós aceitem.
Gostaria de ter todo esse otimismo. Eu me aproximo e a beijo.
- Se veste, está ficando tarde, eu vou te levar para o castelo.
Chegamos no portão do castelo e eu me despeço de longe, quando estou saindo vários guardas ficam em torno de mim e sem dizer nada me prendem.
Eu passo três dias presos sem saber o que está acontecendo, até que finalmente o Yut, irmão gêmeo da Malee vem me visitar.
- Yut, você tem que me contar o que está acontecendo!
Ele se aproxima e sorri.
- Você achou mesmo que ia sair por aí fodendo com a vadia da minha irmã e ninguém ia descobrir? Você vai morrer em breve e eu vou fazer questão de obrigar ela a assistir você perdendo até a última gota de sangue.
Eu fico surpreso com isso, ele levanta e sai, eu tento me conectar a ela pra saber o que está sentindo, mas faz algumas horas que não sinto nada, será que tiraram ela do castelo? É mais difícil conectar quando ela está longe.

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Mais dois dias se passam sem eu saber dela, sem notícia nenhuma, por algum motivo hoje eu acordei ansioso e fiquei andando pela cela sem parar.
Fico cada vez mais ansioso e sinto de repente uma dor aguda no meu peito e falta de ar, eu começo a sufocar e tremer, a dor aumenta e de algum jeito eu sei que é a minha jasmim, ela está morta. Eu me ajoelho no chão e aperto o meu peito que agora parece prestes a explodir, sinto as minhas lágrimas caindo e fecho os meus olhos, tento me conectar a ela uma última vez e o seu rosto é a última coisa que vejo antes de morrer.

- Pat? Amor, acorda! Pat?
Eu acordo com o Pran me sacudindo, ele passa a mão pelo meu rosto e me beija, eu sinto um aperto no meu peito, sento e o abraço.
- Eu sinto muito, Jasmim!
- Pat? O que isso significa?
Eu continuo abraçado a ele e choro sem parar, não sei como, mas eu sei que éramos nós, isso aconteceu com a gente.
- Pat?
Eu me afasto e olho nos seus olhos, os mesmos olhos castanhos e as mesmas covinhas lindas mesmo quando está preocupado. Toco o seu rosto e tento memorizar cada detalhe dele.
- Eu nunca mais vou deixar nada acontecer com você, eu juro!
- Nada vai acontecer, meu amor, agora se acalma.
Ele limpa as minhas lágrimas mais uma vez.
- Me conta o que aconteceu.
- Você morreu, a dor foi insuportável, eu sabia que você tinha morrido...
Eu volto a chorar desesperado, eu ainda consigo sentir a dor no meu peito.
Ele me abraça e beija a minha cabeça.
- Foi só um sonho, Pat!
- Não foi... Era você, a minha Jasmim, minha companheira e eu te perdi...
- Do que você está falando, Pat?
Depois de muito tempo eu consigo me acalmar um pouco, me afasto, seguro a sua mão e conto para ele a nossa história.

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Notas: Malee é um nome tailandês que significa Flor de Jasmim.