Puro Sangue

8

Acordo sentindo o Pran e sorrio.
- Você acordou...
Sinto a sua preocupação.
- Eu estou bem, sério! O que você acha de fazer de novo?
Ele fica animado e ficamos excitados, eu fecho os meus olhos e seguro o meu pau.

Acordo meio grogue e olho em volta me concentro no Pran, mas ele está calmo, deve estar dormindo, aproveito, me levanto e desço, quando ele foi embora ele deixou todo o dinheiro pra mim, devia ter perguntado onde ele deixou o carro, ajudaria muito agora, não aguento mais andar .
Eu ainda não sei o que fazer, mas tenho que admitir que não estou me esforçando muito, normalmente quando o Pran está acordado eu fico conversando ou fazendo outra coisa com ele, aproveito enquanto esta dormindo para comer e fazer qualquer outra coisa que precisar.
Entro no restaurante da estalagem e todos param para me olhar. Eu estou tentando ficar o mais próximo possível dos limites da cidade, porque se acontecer alguma coisa com o Pran eu posso ir até ele, mas infelizmente a região ainda faz do reino e como fui banido não consigo ficar no mesmo local por muito tempo.
Eu vou até o balcão e peço um almoço, o dono da estalagem acena e me dá uma cerveja, os lobos são mais amistosos comigo, não conversam nem tentam apoiar, mas pelo menos não tentam arrumar briga como os...
- Você não devia estar aqui!
Vampiros. Eu tento ignorar, mas a pessoa continua falando sem parar, ouço uma comoção e viro, o cara está caído no chão, um guarda está sufocando ele, quando ele pega uma estaca eu levanto e vou até ele e coloco a mão no seu ombro.
- Não faça isso, por favor.
- Ele tentou te atacar, as leis são claras.
Eu olho a mão do vampiro que ainda está segurando uma faca.
- Deixe ele, eu não quero que ninguém morra por minha causa.
Ele suspira, solta o vampiro, levanta e me encara.
- Ele está certo, você não devia estar aqui!
Ele vai pra mesa que estava sentado, o vampiro levanta me olhando como se fosse tentar me matar de volta.
- De nada!
Ele rosna pra mim e vai embora, eu volto a me sentar e o meu almoço é servido.
- Ohm...
Eu olho para o dono da estalagem, ele era um antigo guarda do palácio até perder parte da visão e ter que se aposentar, eu sorrio pra ele e aceno.
- Eu sei, depois que comer eu vou embora.
- Sinto muito! O almoço é por conta da casa.
Ele sai e me deixa sozinho, eu como, vou para o meu quarto e pego as minhas coisas, quero arrumar outro lugar para ficar antes que o Pran acorde.
Desço novamente e faço um sinal para o dono da estalagem, aceno para o guarda que me protegeu para agradecer e também para ele saber que estou partindo e saio.
Olho em volta pensando para onde ir, é melhor me afastar caso o vampiro tente me atacar novamente. Vou andando paralelamente a cidade, sempre conectado ao Pran, gosto da sua calma quando está dormindo, me ajuda a ter foco.
Chego no limite da cidade em que estava e tenho que tomar cuidado, estou perto do território de uma alcateia, quando entro na floresta começo a andar o mais rápido que posso. Ouço um barulho e olho para cima, um pássaro voa e a minha coluna treme, eu respito fundo e me concentro no Pran, não quero perder o controle e me transformar agora.
Volto a andar e mais uma vez escuto o barulho entre as árvores, paro e olho para cima procurando, enquanto pego a minha arma, quando engatilho alguém pula na minha frente e tira ela da minha mão, eu olho para a pessoa rindo na minha frente, primeiro assustado e depois muito muito surpreso, coloco a mão no meu peito e me curvo em uma saudação real.
- Meu príncipe!
- Pare com isso garoto, vem aqui me dar uma abraço.
Eu sorrio e abraço ele.
- Achei que o senhor tinha sido banido do reino.
Ele dá risada, passa a mão pelos meus ombros e começa a me puxar.
- E eu achei que você tinha sido banido.
Eu suspiro e concordo, ele me devolve a arma e fica sério.
- Como você pretende cuidar do meu sobrinho, se nem uma arma você consegue manter nas mãos?
- Você me pegou de surpresa, All. Porque você está aqui?
- Como assim porque? Por você, é claro!
- Por mim?
- Eu fiquei sabendo que você é o amor do Pran.
Eu não falo nada e ele sorri.
- Você marcou ele mesmo?
Eu suspiro e aceno.
- Você pelo menos sabia o que estava fazendo?
- Todos os lobos crescem aprendendo sobre a marca e como fazer quando chegar a hora, para não acontecer por acidente.
- Não isso, você sabia o que aconteceria quando você marcasse um vampiro?
Eu nego e ele suspira.
- Vocês estão conectados?
Essa pergunta me surpreende, porque só poderíamos estar conectados se ele estivesse perto.
- Você está sentindo ele agora, Pat?
Eu concordo e ele acena.
- Você pode se conectar com ele também, eu posso te ensinar.
- Você quer dizer conversar com ele?
Agora ele que fica surpreso.
- Você se comunica com ele?
- Sim.
- Agora?
- Ele está dormindo.
- Desculpe perguntar isso, mas vocês já tiveram relações...
Ele faz uma cara sugestiva e eu começo a ficar nervoso com essas perguntas.
- Ele estava te drenando? Quer dizer? Você desmaiava depois do sexo?
Eu suspiro e concordo de novo.
- No início eu achei que era por causa do sangue, mas ainda acontece.
- Como assim ainda acontece?
- Quando nós... Sabe...
Eu movimento o punho fechado na frente da minha virilha e ele olha surpreso.
- Ele continua te drenando?
- Não sei se é isso que acontece, mas depois que eu ... Gozo... Eu me sinto tonto e apago.
- Você consegue desconectar?
- Eu tentei, mas não consigo.
- Nós podemos te ajudar com isso.
- Nós?
- O Paul e eu.
- Paul... o meu primo? Achei que ele tinha morrido.
- Não morreu, ele me mordeu e foi banido, só que ao contrário de vocês ninguém ficou sabendo. Quando o meu pai morreu, eu ameacei matar o meu irmão de propósito para ele me banir também, era a única forma de eu conseguir me libertar do reino para ficar com ele.
- Você o ama?
- Amo.
- Por isso você sabe tanta coisa.
Ele para e olha para mim.
- Sim, por isso e porque existem mais de nós, vampiros e lobos parceiros, nós vamos ajudar vocês, Pat!
Eu aceno e voltamos a andar, eu sinto o Pran acordando e sorrio.
- Boa noite! Você não vai acreditar em quem eu encontrei.
O Pran fica curioso e eu olho para o All, ele acena e eu falo.
- O seu tio All.
- Tecnicamente eu te encontrei.
- Na verdade, ele me encontrou.
Eu sinto um amor diferente do meu amor e sei que é o amor dele pelo tio, tem também saudade e alegria.
- Ele está feliz e com saudades.
- Fala pra ele que logo nós vamos tirar ele de lá.
- Tenho muita coisa pra contar, Pran, mas ele pediu pra avisar que nós vamos te buscar.
Sinto a sua surpresa e esperança e pela primeira vez eu me arrisco a ter esperança com ele.
- Eu vou te buscar, Pran!

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Notas: Pessoal, não sou de ficar pedindo comentários, mas vou pedir para vocês comentarem nas histórias que estão lendo hoje e amanhã, eu vou finalizar Selvagem e vou entrar com mais três histórias novas, mas para não sobrecarregar eu vou dividir os dias para postar, preciso saber qual vocês gostam mais para decidir se intercalo os dias entre elas ou faço algumas duas ou três vezes na semana... Enfim, comentem pra eu saber o que vocês estão achando.

Em breve teremos My Precious: Verdadeiro amor, Sussurros e Abduzido vindo por aí!

Beijos!