O Pran olha para o papel muito surpreso e passa a mão pelo cabelo.
- Esse cara é maluco? Como nós vamos conseguir esse dinheiro do nada?
- Eu sei, foi o que eu pensei, mas não disse nada pra ele.
- Nós vamos dar um jeito.
Ele senta e fica olhando para o papel, a sua calma sempre me surpreende.
A Claire bate na porta e entra, anda até nós e senta no sofá.
- O que aconteceu?
- Nada que você precise se preocupar, princesa.
Ela encara o Pran por um momento, então olha pra mim.
- Pai?
Eu olho para o Pran que nega, mas talvez ela tenha alguma ideia que possa nos ajudar.
- O valor dos documentos, não temos como conseguir o dinheiro tão rápido.
Ela levanta e vai até o Pran que suspira e dá o papel pra ela, ela sorri e olha pra nós.
- Venham comigo.
Ela vai até a biblioteca e aponta.
- Aquela prateleira, tirem os livros.
Eu faço o que ela pediu e nos primeiros livros eu já vejo um cofre, então tiro os outros rápido.
- Desde quando isso esta aqui?
Ela levanta os ombros e sorri, vocês me deixaram uma boa herança, quando eu fui procurar vocês no santuário eu tirei tudo e guardei aqui, eu sabia que não ia voltar.
Ouvir ela contando isso me parte o coração, deve ser difícil fazer planos já prevendo a própria morte.
O Pran se aproxima, pega ela no colo e a abraça.
- Eu sinto muito!
- Tudo bem, não vai acontecer mais, essa é a nossa última vida eu sinto isso, é o fim da nossa sina.
Eu vou até eles e abraço os dois, beijo cada um deles e volto para o cofre, separo o que vamos precisar para os documentos, fecho o cofre e coloco os livros no lugar.
- Ok, está na hora de princesas irem para a cama.
Ela revira os olhos pra mim e eu sorrio, ela não gosta nem um pouco dessa história de princesa, acho que é a nova sina dela.
Nós colocamos ela na cama e o Pran senta ao seu lado.
- Nada de levantar no meio da noite, já está tarde, você devia estar dormindo.
Ela concorda e ele beija a sua testa, eu me abaixo e beijo também, apagamos as luzes e saímos, eu vou na direção do quarto, mas o Pran segura a minha mão, faz um sinal para eu ficar em silêncio e me leva para baixo, saímos para fora e ele começa a ficar com tesão, quando chegamos no lago ele olha para a lua e sorri.
- O seu lobo vai ter que esperar até a Claire dormir, mas podemos começar sem ele.
Eu o beijo e me abro para o seu desejo, misturo ele com o meu até virar um só, odeio o jeito que ele fica quando eu desmaio, tenho que tomar mais cuidado com isso.
Quando estamos em sintonia eu me afasto e tiro a sua roupa devagar, adoro ver a sua pele a luz do luar. Ele tira a minha roupa e também não tem pressa nenhuma, essa é a nossa noite favorita do mês, a lua nos deixa muito mais excitados, ou me deixa mais excitado e isso aumenta o tesão dele que sempre está a pico.
Nós entramos na água e o Pran me beija, me vira na direção da lua me abraça, beija o meu ombro, sobe beijando o meu pescoço e me morde, assim que aquela sensação me atinge o meu pau pulsa forte, quando ele me penetra e rosna eu quase gozo, mas me seguro, ainda não está na hora, hoje é noite do meu lobo. A minha coluna treme e sei que o meu lobo está concordando comigo.
O Pran vai intercalando entre mordidas e beijos e me fode sem parar, nós estamos com tanto tesão que somos capazes de transar a noite inteira, provavelmente é o que vamos fazer.
Quando a lua está alta e eu acho que já é seguro eu finalmente liberto o meu lobo, seguro a cabeça do Pran e o beijo, ele sabe o que vem depois, então se afasta e sorri, eu troco de lugar com ele seguro o seu quadril e meto com tudo, ele rosna e o meu lobo uiva ao mesmo tempo, nós nos movemos juntos, eu indo e ele vindo, a água começa a fazer grandes ondas que vão e voltam batendo em nós, mas não nos importamos continuamos me mesmo ritmo por minutos, talvez até horas intermináveis, eu paro e ele começa, ele para eu começo, quando nós não aguentamos mais segurar eu fodo ele o mais forte que consigo, ele geme, rosna, fala o meu nome, pede por mais e por fim segura a minha mão e morde o meu pulso, esse é o nosso limite, o meu lobo uiva alto e ele solta uma mistura de rosnado com gemido quando gozamos.
Eu me afasto, me solto na água e fico flutuando, enquanto controlo a respiração ele me observa sorrindo, claro que ele nem se cansou, eu estou acabado e ele está sorrindo como se nem tivesse começado e realmente nem começou, assim que eu me recupero ele se aproxima e me beija já pronto para outra.Nós nos secamos e colocamos pijamas, ainda é estranho usar roupas para dormir, sabemos que com as memórias das vidas passadas a Claire não é tão inocente como uma criança deveria ser, mesmo assim escolhemos tratar ela como uma criança comum o máximo que pudermos, não queremos que ela seja uma adulta nessa idade, nem que pense em coisas como sexo nessa idade, então protegemos ela o máximo que podemos.
O Pran deita na cama e eu me deito no seu braço, sorrio e olho para ele.
- Eu quero conversar sobre algo.
Ele fica curioso e acena.
- Sobre o conde... Eu sei que tenho ciúmes dele, não vou negar, mas não é só isso, tem algo nele que eu não confio... Agora que sabemos que temos fundos para viver anos tranquilamente...
Eu não termino, mas ele sorri.
- Você não quer que eu pinte mais pra ele.
- Não só pra ele, mas principalmente pra ele.
Ele pensa por um momento e concorda.
- Tudo bem, vai ser melhor se não chamarmos atenção por enquanto, vamos aproveitar a nossa família, apenas a nossa família.
- Tem certeza que vai ficar bem com isso?
- Tenho sim, se você não gosta e não é necessário não tem porque fazer.
- Eu sinto muito.
- Está tudo bem, de verdade!
Eu o abraço e beijo o seu pescoço, fico aliviado com isso, tem alguma coisa no conde que causa arrepios no meu lobo, ele não é confiável, qualquer pessoa que sabe que um vampiro tem um amor mantém distância, um vampiro demonstrar tanto interesse sabendo disso é muito suspeito. Odeio ter que pedir esse tipo de coisa, mas realmente só estou pensando na sua segurança, é tudo o que eu preciso, que ele fique seguro.
- Eu te amo, Pran!
- Eu também te amo, Pat!

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Puro Sangue
Fiksi PenggemarEm meio a uma fuga para salvar suas vidas, Pat, um lobisomem e Pran, um vampiro puro sangue, são forçados a confrontar suas próprias naturezas e limites quando uma conexão proibida é estabelecida entre eles. Envolvidos em uma relação intensa e peri...