52 - Isaac (Parte 2)

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Tudo fica confuso a partir daí, a loba agarra o meu cabelo e inclina a minha cabeça para o lado, quando percebo ela está de joelhos na minha frente, eu me sinto tonto, mas não acho que é a perda de sangue, é outra coisa... A sua língua passa pela ferida aberta no meu pescoço e o meu lobo assume o controle sem eu conseguir impedir, com ele no comando eu sou puro instinto.

Seguro a sua cintura e me afasto para olhar nos seus olhos, os seus lábios estão vermelhos e o seu rosto corado, os seus olhos brilham refletindo a fogueira ao nosso lado, ela está tão linda nesse momento. Em uma atitude impulsiva eu a beijo, queria fazer isso há muito tempo, mas agora é algo que eu realmente não pude me negar. Espero a loba me afastar, mas me surpreendo quando ela me abraça e senta no meu colo, a minha mão desliza pelas suas costas sentindo toda a sua coluna vibrar, saber que ela me quer, que a sua loba me quer, me deixa excitado. Ela para de me beijar e me morde mais uma vez, sinto novamente que tem alguma coisa estranha, mas quando ela começa a se mover se esfregando no meu pau eu esqueço de tudo.

Seguro o seu vestido e levanto até a minha mão tocar a sua pele, subo pelas suas coxas grossas e alcanço a sua bunda, quando aperto ela rosna, mas não para de me morder. A sua mão desliza pelo meu peito e afasta a minha calça, quando segura o meu pau eu tento me controlar o suficiente para impedir que façamos algo que vamos nos arrepender depois, é algo quase impossível, mas no fim eu consigo segurar a sua mão e fazer parar.

Ela se afasta e me encara com fogo nos olhos, tenho certeza que se eu permitisse ela iria até o fim aqui, mas sei que ela não está pensando direito.

— É melhor você descansar agora.

Sinto raiva, o que me surpreende, eu sei que não quero parar, mas é a coisa certa, porque estou com raiva?

A sua mão começa a se mover novamente levando a minha junto me masturbando, com um sorriso que faz o meu lobo sacudir tentando ir até ela, a Loba mostra as presas e me morde rápido e com força no ombro. Eu me entrego imediatamente, pois quero muito isso, quero ela, quero fazer amor com ela, ter o seu corpo, quero tudo nesse momento.

Em meio a confusão de pensamento eu finalmente percebo o que está errado, então empurro ela e me afasto o máximo que consigo, mas não é suficiente, então saio pelo túnel e vou até a cachoeira, entro embaixo da água e deixo ela me lavar. A confusão de pensamentos me segue até aqui, eu estou satisfeito e excitado, mas também me sinto estranho, tenho vergonha do que fiz e me sinto rejeitado, o que não está certo, porque fui eu que escolhi parar.

Passo a mão pelo meu ombro para confirmar o que já sei, quando ela me mordeu eram presas de vampiro, mas isso aqui é a marca de um lobo, eu tenho certeza. De algum jeito eu me liguei a ela, acho que sou seu familiar agora... E seu parceiro...

— Será que ela sabe o que fez?

Eu fico triste de repente e tenho vontade de chorar, então choro, quero voltar pra ela, mas tenho medo de onde isso vai nos levar, então apenas continuo parado deixando a água me castigar.

Finalmente eu me acalmo e consigo ter pensamentos coerentes, não existe tristeza mais, a vergonha é uma auto repreensão e não rejeição, ainda quero voltar para ela, mas apenas porque quero saber se ela está bem. Isso é tudo.

Entro na caverna encontrando a Loba dormindo, o que é um alívio, vou até o baú e pego roupas secas, me visto e levo uma manta colocando encima dela, volto para o lado do baú, sento no chão e fico observando ela dormir enquanto lembro do que acabamos de fazer.

Acordo sentindo cheiro de peixe, abro os olhos e vejo a loba com uma das roupas do baú, são roupas de homem, mas ela não parece se incomodar. Ela está com uma pequena panela na fogueira e um peixe grande do lado.

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