Acordo sentindo uma dor profunda e chorando, a dor é tão forte que eu demoro para entender que é o Pran que está sofrendo, eu levanto e procuro por ele, a dor aumenta a cada segundo como se o meu coração estivesse sendo dilacerado, eu fecho os olhos e tento me concentrar.
Lembro do que aconteceu, eu o marquei, ele é meu parceiro agora, nós fizemos amor e foi incrível, a mordida dele, sinto um tremor na minha coluna, é o meu lobo, ele gostou do que quer que tenha sido aquilo, tem algo mais, eu tento bloquear os sentimentos do Pran que estão me consumindo, então eu lembro, ele foi embora!
Saio correndo, estou sem roupa, mas não me importo. O carro não está aqui, dou a volta no perímetro e nem sinal dele, entro na cabana, vou para o quarto e procuro no armário, mas só a minha bolsa está ali.
Eu sinto desespero, mas dessa vez não é ele, sou eu, começo a sufocar, o meu coração acelera e a minha coluna treme, o lobo quer assumir, mas não posso deixar, preciso encontrar ele.
Tento respirar, o que parece algo impossível agora, sento na cama, fecho os olhos e me concentro nele, eu estou tento um ataque de pânico, preciso saber se sou eu ou ele. Eu me entrego completamente a conexão e sinto a sua dor mais forte do que antes, ele está triste, está se odiando, esta com saudades, ele sente a minha falta...
Eu vou me acalmando e me deito, no fim eu era quem estava tendo o ataque de pânico. Tento me conectar mais profundamente, para ir além da dor, eu preciso do seu amor, como um viciado precisa da sua droga, não tinha percebido até agora como esse sentimento passou a fazer parte de mim, eu me sinto vazio sem ele.
- Pran...
Sinto surpresa, a dor diminui, mas logo volta. Sei que alguma coisa acabou de acontecer, não sei o que, mas algo aconteceu. Tento repetir o que fiz, me abro a conexão e tento ir além.
- Pran?
Surpresa novamente, o amor afasta todo o resto e me preenche. Ele começa a ficar em dúvida e confuso, mas também tem esperança, será que ele está me sentindo como eu sinto ele?
Penso em algum jeito de saber, mas como? Fecho os meus olhos e tento mostrar que estou preocupado, tento me lembrar de como me senti quando percebi que ele tinha ido embora, mas nada, ele não reage a nada disso, talvez ele esteja reagindo a algo que está acontecendo onde ele está.
- Onde você está, Pran?
Surpresa mais uma vez, será... Será que é isso?
- Pran? Você está me ouvindo?
Ele está confuso, mas eu sinto o seu amor cada vez mais forte.
- Consegue me ouvir, Pran? Por favor, volta!
Ele fica triste, onde será que ele está?
- Eu vou te encontrar, Pran, eu vou te encontrar!
O seu amor me preenche e é toda motivação que eu preciso, pego a minha bolsa, me visto, pego as poucas coisas que tenho e saio, quando chego na porta olho para trás, espero encontrar ele logo para que possamos voltar para cá.
Fecho a porta, respiro fundo e me concentro.
- Eu estou indo, Pran, você não vai me deixar assim!
O seu amor está ali, mas tem também um pouco de ansiedade e tristeza.
Eu começo a andar e não tenho ideia para onde ir.
- Você tinha que me deixar sozinho no meio do nada, Pran?
Ele responde com uma pitada de alegria, não é bem alegria, é diversão, ele deve ter achado engraçado, mas ele logo é consumido pela tristeza.
Depois de andar por quase uma hora, eu resolvo subir em uma árvore para tentar me localizar, olho em volta e me surpreendo.
- Pran, você tem que ver isso, a vista da montanha é incrível!
Ele fica curioso e eu sorrio, vejo uma trilha e agora sei para onde ir, se fosse pela estrada ia levar muito tempo, porque ela faz várias voltas pela montanha.
- Quando eu te encontrar, você vai ter que fazer massagem nos meus pés, Pran.
A situação é toda bizarra, mas pelo menos por enquanto eu sei que ele está bem, não quer ser encontrado, mas está bem. Não sei porque ele fugiu, mas ele me pertence agora, não vou deixar ele se afastar assim, não quando eu sei o quanto ele me ama.Quando chego na cidade está começando a escurecer, eu vou até a casa abandonada em que estávamos nos escondendo, a minha primeira aposta é procurar por onde já estivemos, ele não vai ficar bem sozinho em lugares desconhecidos.
Chego na escada que vai para o porão e sinto o meu coração acelerando de antecipação.
- Pran, você está aí?
Ele fica triste e mesmo antes de chegar no porão sei que ele não está aqui, eu sento no sofá e fecho os olhos.
- Eu estou no porão da casa abandonada, Pran, vem me encontrar...
Ele continua triste e eu estou cansado, levei horas para descer a montanha, quero continuar, mas preciso descansar.
- Eu vou descansar um pouco e já vou até você, Pran, fica comigo...
Ele está preocupado agora, eu sorrio, pelo menos não sou o único preocupado aqui.
Quando estou quase dormindo começo a sentir calor e a minha respiração acelera, eu abro os olhos assustado e começo a ficar excitado, o meu pau fica duro e a minha coluna treme, sinto um arrepio e a minha coluna treme de novo espalhando a sua energia pelo meu corpo, é o meu lobo, ele está sentindo o Pran, ele quer o Pran.
Fico mais excitado, o meu pau pulsa e se mexe sozinho pedindo atenção, eu aperto ele por cima da calça e o meu lobo uiva, o Pran está com muito tesão agora, ele gosta do meu lobo? A minha coluna treme mais forte dessa vez e eu me entrego, tiro a minha calça, deito no sofá e fecho os olhos.
- Me espera, Pran...
Ele se acalma um pouco e o tesão diminui.
- Imagine que estou segurando o seu pau, eu nunca disse isso, mas o seu pau é muito gostoso, adoro ter ele dentro de mim, adoro você me fodendo.
Sou atingido com a sua excitação que agora aumenta sem parar.
- Você está duro, não está? Eu quase consigo sentir o seu pau muito duro e grosso na minha mão, as veias pulsando como se estivessem perto de explodir e a cabeça do seu pau, aposto que está molhadinha, queria muito te chupar agora!
Sinto o tesão dele vindo em ondas se misturando ao meu enquanto me masturbo também.
- Você está rosnando, Pran? Adoro quando você rosna, queria poder ouvir isso agora mesmo, seria capaz de ouvir por horas.
Eu acelero e o meu quadril, como se tivesse vontade própria, começa a ir de encontro a minha mão, é o meu lobo, eu estou perdendo o controle e ele está tentando assumir, mas não vou deixar, quero ir com ele até o fim.
- Está comigo ainda, Pran?
Sinto que ele está com tesão, mas também está animado.
- Quando eu te encontrar eu vou te foder tanto, que nunca mais você vai pensar em me deixar Pran! Eu quero tanto você agora, quero te chupar, te foder, gozar com você. Goza comigo, Pran!
Sinto uma explosão de sentimentos e gozo, quando ele fica calmo eu me acalmo também, fecho os olhos e sinto que estou flutuando, então não era a perda de sangue que me deixava assim. Quando estou quase dormindo sou preenchido por todo o seu amor.
- Eu também te amo, Pran...

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Puro Sangue
Hayran KurguEm meio a uma fuga para salvar suas vidas, Pat, um lobisomem e Pran, um vampiro puro sangue, são forçados a confrontar suas próprias naturezas e limites quando uma conexão proibida é estabelecida entre eles. Envolvidos em uma relação intensa e peri...