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MafePego o meu troféu e passo pelo Marcelo que me abraça, dou um leve tapa nele pela "exposição", já que ele sabe muito bem que eu detesto "aparecer"

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Mafe
Pego o meu troféu e passo pelo Marcelo que me abraça, dou um leve tapa nele pela "exposição", já que ele sabe muito bem que eu detesto "aparecer". Ele ri e sigo em direção ao bar, peço mais um drink, e outro, e outro enquanto observo os outros colegas dançando e confraternizando.

Mah - Vish, você está mais pra lá do que pra cá.- dou risada.

Mafe - Só eu?

Mah - Nãoooo!!- rimos.- Estamos bêbadas.

Mafe - Estamos sim.- rimos ainda mais.- Amiga, eu estou pagando muito mico?

Mah - Você não, eu que devo estar. Fui dançar e fiquei tropeçando um pé no outro.

Mafe - É verdade, parecia um boneco muito louco daquela dança.- seguimos rindo.- Aí, estou cansada, nem sei mais o que estou fazendo, vou embora.

Mah - Até amanhã amiga, cuidado por aí.- nos despedimos com um beijo no rosto.

Mafe
Ando cambaleando até onde acho que deixei o meu carro e levo uma eternidade para encontrar a chave na minha clutche.- Ah, tu está aí sua chave sem vergonha.- tento destravar o carro mais próximo, mas não funciona. Ando entre os carros tentando destravar e falo sozinha como se algum dos carros fosse me responder.- Aí, que ódio.- falo após várias tentativas de localizar o meu carro, até sentir que a chave foi tirada de mim.

Lucas - Jura mesmo que vou deixar você dirigir nesse estado. Cadê o teu marido?

Mafe - Ah, vê se te enxerga! Me devolve isso.- tento sem sucesso tirar a chave dele.- Eu te odeio, odeio e odeio mil vezes.- falo quando ele me coloca nos ombros e anda comigo pendurada por entre os carros.

Lucas - Ah é? E posso saber porque?- consigo achar o carro dela, abro e a coloco no banco do carona, ela fica se mexendo toda, dificultando que eu prenda o cinto.

Mafe - Porque você não voltou pra me buscar, eu esperei 5 anos por você...

Lucas - Eu estou aqui agora.- tiro os cabelos do seu rosto.- Teu marido está na festa?

Mafe - Não, não... Você me fez falar em público, eu odeio isso.- jogo a minha clutch nele.

Lucas - Eu sinto muito por isso... Enquanto a nós, eu...

Mafe - Não existe nós, você tem ela e ela é, ela é tão linda... Seus filhos são lindos...

Lucas - Linda é você, por dentro e por fora.- ela me olha confusa, meio sem entender nada e começa a chorar.- Me fala o que cê tá sentindo.

Mafe - Eu não sei, está tão confuso aqui dentro.- coloco a mão no peito.- Eu estava bem sem você aqui... Eu não quero ficar perto de ti.

Lucas - Se está confuso é porque ainda tem sentimento e eu não vou a lugar nenhum, ainda vou estar aqui.

Mafe - Você voltou só pra me fazer chorar, volta pra Itália.- ele riu.- Não tem graça.

Lucas - Me diz logo, cê veio sozinha?- ela concorda com a cabeça.

Mafe - Eu ainda te odeio.- me encolho no banco e fecho os olhos que estão pesados.

Lucas - Tô sabendo!- dirijo o carro.
...

Léo
Acordo às 4h da manhã com a campainha tocando.- Mafe?- a pego e a coloco no sofá.- Quem é você?

Lucas - Nós trabalhamos juntos, me chamo Lucas.- estendo a mão para ele que desconfiado não corresponde.- Estávamos na festa, a Nanda bebeu demais e estava tentando vir embora dirigindo nesse estado, fiquei preocupado e achei melhor trazer ela.

Léo - Nanda?

Lucas - Sério mesmo que cê está mais preocupado com o jeito que eu a chamo do que com o estado dela? Se ela tivesse conseguido entrar naquele carro sozinha, poderia ter acontecido uma tragédia.

Léo - Você chega na minha casa de madrugada com a minha mulher alcoolizada no colo e ainda quer me dar lição de moral?

Lucas - Cuida dela, otário.

Léo - Escuta aqui cara.- me aproximo encarando ele que para e ficamos testa a testa.- Repete isso que tu disse.

Lucas - Cuida bem dela, se não vou quebrar todos os seus dentes.

Léo - Ah é? Então porque não quebra agora.

Lucas - Em respeito a Fernanda que está impossibilitada naquele sofá, só por isso. Porque ela não merece ser casada com um otário que não pensa nela com cuidado.- viro as costas e saio dali.

Léo - Cara idiota, vem aqui na minha casa e ainda quer cantar de galo.
...

Dia seguinte...

Mafe
Acordo com uma ressaca enorme, nem sei como vim parar em casa. O Léo está com um bico maior do que uma tromba de elefante.- Bom dia!

Léo - Bom dia?? Pra quem?

Mafe - Pra você né! Como foi a sua confraternização?

Léo - Não muito melhor do que a sua.

Mafe - Ué, o que houve?

Léo - Você deve ter se divertido muito com o... Como é o nome dele mesmo? Ah, Lucas.- ela me olha confusa.

Mafe - O Lucas é um dos sócios e...

Léo - Você está dando pra ele?

Mafe - O que você disse?- pergunto perplexa.

Léo - Ele te trouxe pra cá no colo, podre de bêbada e ainda me afrontou...

Mafe - E isso te dá o direito de falar isso de mim?- falo muito chateada.

Léo - Já passou da hora da gente ter essa conversa. Você tem ou não um caso com esse cara.

Mafe - Você é um ridículo!- falo com os olhos marejados.

Léo - Quem cala consente!

Mafe - Vou calar sim, porque é um absurdo isso que você está dizendo.

Léo - Absurdo? Esse é o mesmo cara que vive te dando carona.

Mafe - Ele me dá carona, porque o meu marido é irresponsável, me deixa sem carro e não é capaz de chamar um carro de aplicativo pra mim...

Léo - Aí você paga ele com sexo?- sinto meu rosto arder com o tapa que ela me dá.- Não encosta em mim nunca mais.- falo segurando firme o seu pulso.

Mafe - Vai embora da minha casa. Não quero olhar na cara de um homem que me falta com respeito.

Léo - Você dorme com o seu chefe, me coloca um par de chifres e sou eu que falto com respeito?- falo com tom de deboche enquanto ela chora em silêncio.

Mafe - Você é um ridículo, não sabe o que está falando. Saí daqui.

Léo - Com todo prazer.- entro no quarto e arrumo uma pequena mala, essa é a deixa perfeita para acabar de vez com esse casamento sem graça, agora vou poder aproveitar melhor a minha vida.- Volto quando você não estiver em casa para buscar o resto das minhas coisas.- ela está sentada no sofá chorando e não responde, bato a porta e saio.

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