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ClaraChegamos ao restaurante no horário marcado para o jantar e alguns dos colegas já tinham chegado, inclusive o João

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Clara
Chegamos ao restaurante no horário marcado para o jantar e alguns dos colegas já tinham chegado, inclusive o João. Nos cumprimentamos, apresentei o Lucas para todos e nos sentamos. Foi uma noite incrível, eu não me divertia assim há muito tempo.

Lucas
O jantar com os colegas da Clara foi muito bom, ela parecia radiante e estava nitidamente feliz, notei que um colega específico olhava para ela com certa admiração, ou talvez desejo...- Você estava muito contente essa noite.

Clara - Isso te incomodou?

Lucas - De forma nenhuma, eu adorei ver você socializando toda feliz.

Clara - Foi uma noite excelente, como não tínhamos há muito tempo.

Lucas - É verdade, você até quis beber um pouco de vinho.

Clara - É que fico me sabotando, sabe, tipo: não posso fazer isso porque amanhã de manhã tenho aula, não vou a tal lugar por causa dos meninos, não posso ficar até tarde porque preciso acordar trabalhar... Aí hoje eu consegui beber umas taças de vinho sem me preocupar, e foi simplesmente incrível...- ele ri.

Lucas - Arrumou até um admirador.- ela me olha.

Clara - Eu?

Lucas - Sim, tinha um cara que não tirava os olhos de você.

Clara - Hum, e você ficou com ciúmes?

Lucas - Ciúmes? Talvez.- ela se aproxima sorrindo e envolve o meu pescoço com as mãos.

Clara - Você sabe que eu sou toda sua, não sabe?- ele ri de canto, beijo ele e mesmo já sendo tarde, transamos. Eu estava muito excitada, pode ter sido efeito do vinho, mas durante o sexo, eu só conseguia pensar no João.
...

Uma semana depois...

Mah - Oi, bom dia!

Lucas - Bom dia!

Mah - Você falou com a Mafe?

Lucas - Hoje ainda não. Por que, aconteceu alguma coisa com ela?- pergunto já levantando da minha cadeira.

Mah - Não, calma. Perguntei porque se acaso você fosse ir ver ela, eu tenho uma cópia da chave agora. A mãe dela convenceu ela a dar uma chave para alguém, porque como ela mora aqui sozinha, poderia precisar de ajuda.

Lucas - Me empresta, vou passar lá na hora do almoço.- ela riu e me entregou as chaves.
Na hora do almoço peço uma entrega pelo Ifood e sigo para a casa dela, entro e não a encontro, a chamo, mas como não tenho resposta vou entrando.- O que foi?- me aproximo ao vê-la chorando no quarto da bebê.

Mafe - Eu sei lá, acho que a gravidez acabou com os meus neurônios.- ele me abraça rindo.

Lucas - Me explica pra eu poder te ajudar.

Mafe - Eu comprei esse papel de parede de raposinha, uma tinta branca pérola e essas bisnagas salmão e laranja. Queria colocar o papel naquela parede, mas por razões óbvias não consigo. Aí pintei essas outras duas paredes de branco, mas quero pintar a parede da porta que é menor de uma cor próxima ao tom da raposinha, só que eu já tentei muitas vezes e não consigo chegar no tom.- choro.- Pior é que já nem sei se gosto mais desse tema e dessas cores. Não tá nada como eu queria que estivesse.

Lucas - Senta aqui.- puxo a cadeira e ela senta, alcanço a garrafinha de água dela e me aproximo.- Oi!

Mafe - Oi!- falo um pouco mais calma.- Como você entrou aqui...

Lucas - Pela porta.

Mafe - Aff!- ele ri.

Lucas - Acho que você está cansada, deita um pouco.- ela concorda, toma um banho e quando sai o Ifood já entregou o nosso almoço.- Quando cê tem consulta?

Mafe - Hoje, daqui a pouco.- ele olha a minha caderneta de gestante e fico observando. É lógico que acho linda toda a preocupação e essa atenção que ele me dá. Sei que quanto mais perto ficamos, mais esse sentimento cresce dentro de mim. Sei que preciso me afastar dele, mas todas as tentativas até aqui foram frustradas, quanto mais ele aparece, mais eu quero que ele fique.
Almoçamos, ele não me deixou fazer nada, lavou e secou a louça enquanto eu fui me vestir para ir para a consulta. Ele fez questão de me levar e no caminho ficou tirando sarro de mim, porque chorei por causa da cor da tinta.
A consulta foi horrível, a minha pressão estava 17/10 e fui encaminhada para ser internada, fui o caminho inteiro chorando, deixando ele nervoso também.

Lucas - Você precisa se acalmar, não queremos que ela nasça antes do tempo, né.- ela concorda com a cabeça.- Vai ficar tudo bem.
...

No hospital...

Mafe - Eu não faço nada direito.- me culpo antecipadamente com medo de que algo aconteça com a bebê.

Lucas - Não fala isso.- ela se encolhe na cama.- Tá tudo bem?

Mafe - Sei lá, a minha barriga ficou dura.- ele coloca a mão e conversa com a bebê, diz que ela precisa ficar ali mais um tempinho, a sem vergonha se mexe inteira para ele, é como se ela entendesse tudo o que ele fala.

Lucas - Espera um minuto, eu já volto.- chamo uma enfermeira que passou pelo corredor.- Ela teve 3 contrações em menos de vinte minutos.

Enfermeira - Deve ser contrações de treinamento, é muito normal.

Lucas - Você pode examiná-la ou chamar um médico? Porque a gravidez dela é de risco e ela tem pressão alta.- ela concorda em chamar um médico. Não demorou muito uma doutora apareceu e a examinou.

Médica - Você está com 1 centímetro alto de dilatação, contrações de treinamento e essa pressão desregulada. Vamos entrar com protocolo para proteger os pulmões do bebê, você vai precisar tomar duas injeções, uma daqui a pouco e outra em 24 horas, para ajudar na maturação dos pulmões do bebê. Vou te colocar no soro com medicação para ver se conseguimos parar as contrações e tentar segurar essa moça aí dentro o máximo que conseguirmos. Você precisa fazer repouso absoluto a partir de agora, se não quer que a bebê nasça antes do previsto.

Mafe - Não por favor, eu ainda nem completei 7 meses.- falo chorosa.- Ela não pode vir agora.- a doutora me acalma, diz que o protocolo geralmente funciona, mas por dentro estou muito nervosa.

Lucas - Calma, vai dar tudo certo.- abraço ela que vai se acalmando aos poucos, converso novamente com a bebê na barriga e peço para ela ficar mais um tempinho segura ali dentro.- Eu sei muito bem que cê quer vir pra cá ganhar um colinho, eu também estou louco para te pegar, sentir o cheirinho de bebê, mas cê precisa ficar aí.- ela chuta e rimos.- Cê tem que parar de ser teimosa igual a sua mãe, e obedecer a médica.- a Nanda me dá um tapa no braço quando a chamo de teimosa, me fazendo rir.
Fico ali mais um pouco e vou embora, no caminho ligo para a Clara e peço para não me esperar pro jantar, pois tenho um compromisso.

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