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MafeEles me levaram e começaram a me preparar para a cesárea, eu tentava ficar calma, mas estava muito nervosa, ali sozinha e vulnerável

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Mafe
Eles me levaram e começaram a me preparar para a cesárea, eu tentava ficar calma, mas estava muito nervosa, ali sozinha e vulnerável. Muitos sentimentos gritavam dentro de mim, chorava silenciosamente e a enfermeira tentava me acalmar. O anestesista entrou e seguiu o seu protocolo, me explicou tudo, mas isso não me deixou mais tranquila, deitei naquela cama fria e tentei focar em pensamentos bons, para que a minha filha passasse por esse momento bem.

Enfermeira - Tá tudo bem?- ela concorda com um balançar de cabeça.- A doutora está terminando de colocar as luvas cirúrgicas e já está vindo.

Mafe - Meu Deus, me ajude que dê tudo certo, que a minha filha nasça bem e com saúde.- peço baixinho assim que ela me informa que está mais perto do que eu imaginava.

Enfermeira - O pai também, está terminando de colocar a roupa e já, já estará aqui com você.

Mafe
Aff!- mesmo me sentindo sozinha, com medo e aflita, não sei se queria o Léo aqui comigo nesse momento.- penso.

Doutora Nádia - Oi!- ela respondeu ao meu cumprimento.- Vamos trazer essa mocinha para fora?

Mafe - Já que é necessário, sim.

Nádia - Vou te explicar como vamos proceder. Assim que ela nascer, você vai dar um cheirinho e um beijinho nela, iremos identificá-la com a pulseirinha com o seu nome, depois a pediatra irá examiná-la e como ela é prematurinha, provavelmente irá para a incubadora. Ok! Mas eu não quero que você fique preocupada, isso é um procedimento padrão para essas situações de prematuridade.

Mafe - Tá bom!- nesse momento, parece que o meu coração iria sair pela boca de tão acelerado.

Nádia - Olha um papai ansioso aí.- ele sorriu.- Você pode sentar ao lado da mamãe, ok.

Lucas - Oi!- ela me olha e percebo seu olhar preocupado e olhos marejados.- Vai ficar tudo bem.

Mafe - Você veio?- falo sem entender direito o que está acontecendo.

Lucas - Cê acha mesmo que eu iria perder o momento mais importante da sua vida?- ela chora em silêncio.

Mafe - Mas eu fui horrível com você ontem...

Lucas - Agora não é hora pra pensar e nem falar nisso, temos um nascimento para celebrar.

Mafe - Mas, mas... Eu quero que você saiba que eu falei aquilo tudo de propósito.- ele me olha.- Eu quero muito ter você por perto, mas eu sinto que não posso, que não devo, que é errado...- ele se inclina e beija a minha testa.

Lucas - A gente vai ter muito tempo pra conversar depois.- acaricio seu rosto.

Nádia - Vou começar a incisão, se você sentir qualquer coisa me avisa. A princípio não é para você sentir nada além do que um incômodo porque eu estarei mexendo em você. Ok?

Mafe - Ok!- ela começa e realmente só sinto como se tivesse sendo revirada do avesso.

Lucas - Tá tudo bem?

Mafe - Estou um pouco enjoada, parece que vou vomitar.

Nádia - Tudo bem aí?

Lucas - Ela está um pouco enjoada.

Enfermeira - Doutora.- chamo atenção dela para o monitor que mostra que a pressão da gestante está bem alta.

Nádia - Estou enxergando umas perninhas.

Lucas
Ela sorriu quando a doutora falou que já estava enxergando a bebê, não demorou muito para ouvir o choro forte dela. Eles a limparam rapidamente e trouxeram para perto de nós, colocando mais próximo do rosto da Nanda que chorou muito mais.

Enfermeira - A identificação está correta?- mostro a pulseirinha para ela.

Mafe - Eu não consigo enxergar direito a minha visão está um pouco turva.

Lucas - Está correta sim.- eles a identificam e entregam para a pediatra que a leva, me aproximo para tirar algumas fotos da bebê.

- eles a identificam e entregam para a pediatra que a leva, me aproximo para tirar algumas fotos da bebê

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Mafe - Eu não estou me sentindo bem, eu vou vomitar.

Nádia
Ela mal terminou de falar e o aparelho apitou, sua pressão está muito alta e ela começou a convulsionar. Peço para a enfermeira aplicar a dose de anti convulsivo e tentamos estabilizar a paciente.

Lucas - O que está acontecendo?

Nádia - Tirem o pai da sala.

Lucas - Eu não vou a lugar nenhum. O que está acontecendo?

Enfermeira - Você precisa esperar lá fora agora, a equipe precisa de espaço para cuidar dela.- ele reluta e preciso de ajuda de outros enfermeiros para retirá-lo da sala.

Martina
O Lucas chega na sala de espera literalmente arrastado por três enfermeiros, ele fala e tenta argumentar, mas a confusão é tão grande que não dá para entender nada.- O que houve?- falo me aproximando dele.

Lucas - Eu não sei, em uma hora estava tudo bem, a neném nasceu e daqui a pouco aquele aparelho fez um barulho, todo mundo ficou agitado, a Nanda estava tremendo inteira e me tiraram de lá sem me dizer nada.- falo aflito.

Martina
O Lucas estava visivelmente abalado com o que viu e com a falta de notícias, aguardamos ali por informações, mas a única informação que tivemos foi de que a bebê estava na UTI neonatal e que poderíamos vê-la pelo vidro, fomos para lá. Ficamos observando ela por um bom tempo, ela é tão pequenininha... Depois retornamos para a sala de espera para esperar por notícias da Mafe.

Léo - Eu só vi sua mensagem agora a pouco. Onde ela está? A minha filha já nasceu?

Mah - Já nasceu sim, a bebê está na UTI neonatal, por ser prematura e a Mafe, ainda não tivemos notícias.

Léo - O que esse cara tá fazendo aqui?

Lucas - Estou dando o suporte que você nunca deu, mas eu não vou perder o meu tempo discutindo com você.- ele vai até o balcão pegar autorização para ver a bebê.- Você conseguiu avisar a mãe dela?

Mah - Sim, ela conseguiu passagem só para as 18h, vai chegar aqui só as 23h. São cinco horas de viagem até a rodoviária.

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