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MafeTenho trabalhado muito, viabilizando e orçando materiais que serão usados nas etapas finais das torres, como pisos, cerâmica, sanitários, portas, janelas e metais

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Mafe
Tenho trabalhado muito, viabilizando e orçando materiais que serão usados nas etapas finais das torres, como pisos, cerâmica, sanitários, portas, janelas e metais. Isso tudo precisa passar pela aprovação do cliente, para depois fechar com um distribuidor de melhor custo benefício e finalizar a compra, o que pode levar meses. Mas eu amo escolher essas coisas.
O Léo tinha desaparecido da minha vida, a poucos dias mandou mensagem, dizendo que sente a minha falta,mas tenho certeza que é só um capricho dele, deve estar sem dinheiro. Ainda não tive coragem de contar pra ninguém sobre a minha gravidez, nem para o Léo. Embora esteja me cuidando, tomando as vitaminas, me alimentando bem, fazendo os exames e indo nas consultas, é como se ainda não tivesse caído a ficha de que serei mãe, de que tem uma criança aqui dentro de mim.
Saio do trabalho e estou com o mesmo mal estar de hoje cedo, muito enjôo, dor de cabeça e tontura. Ando até o meu carro e se quer consigo colocar a chave na fechadura da porta de tão trêmula que estou.

Lucas - Você está se sentindo bem?- ela nega.- Vem.- a levo pelo braço até o meu carro e vamos até uma espécie de café ali perto. Ela não quis nada além do que um chá mate, atravessamos a rua e sentamos em um banco da praça.

Mafe
Aquele chá e o ar fresco me salvaram, eu comecei a me sentir muito melhor.- O Romeo melhorou?

Lucas - Ele está ótimo. Graças a Deus não ficou mais doente e os exames dele deram bons.

Mafe - Ah, que ótimo.- falo feliz por ele.

Lucas - E você? Não vai dizer o que tem?- ela bebe o chá enquanto me olha.- Porque eu sei que cê não anda bem, tem feito exames, tem tido mal estares... Se não fosse o fato de você dizer que não deseja ter filhos tão cedo, eu apostaria que cê está grávida.

Mafe - Acertou.- ele me olha um tanto espantado.- Acabei de completar 12 semanas, ou três meses como preferir.

Lucas - Nem sei o que dizer, cê me pegou de surpresa... Mas, você mudou de ideia sobre ter filhos?- ela nega com a cabeça.

Mafe - Foi um imprevisto... Não posso dizer que foi um acidente, a criança não tem culpa.- ele riu da minha fala.

Lucas - E você está bem?

Mafe - Não tenho passado muito bem não, é mais difícil do que eu imaginava.- ele concorda com a cabeça.- Isso que nem estou com um barrigão ainda, nem pari e nem passei noites em claro.

Lucas - Tenho certeza que cê vai tirar tudo isso de letra.

Mafe - Eu tenho um pouco de medo sabe... De fazer tudo errado.

Lucas - Tenho certeza que cê consegue. Bom, eu lembro que cê disse que seu marido queria muito, ele deve estar bastante feliz.

Mafe - Ah sim, sou eu que estou sempre morrendo.- omito com essa brincadeira e ele ri alto.

Lucas - Verdade, nós não temos nem a metade da força que vocês mulheres têm.- ela me olha.

Mafe - Eu ainda não contei pra ninguém, não sei se estou preparada pra isso, será que você poderia...

Lucas - Eu não vou dizer nada, mas cê não vai poder esconder por muito tempo, daqui a pouco vai apontar uma barriga e um bebê mexendo aí.- coloco a mão sobre a barriga dela que me olha.

Mafe - É, eu sei.

Lucas - Cê pode contar comigo se quiser ou precisar.- ela agradece com os olhos marejados.

Mafe - Eu já era chorona, agora então...- ele ri.

Lucas - É compreensível, são os hormônios.- agora é ela quem ri.

Mafe - É bom conversar com você, você me...- ele me olha.- Me acalma.

Lucas - Que bom que ajudo de alguma forma.- nos olhamos.- Cê não parece muito animada, é só o mal estar que está te deixando assim?

Mafe - Também, eu fico um pouco preocupada com o futuro sabe, sei lá, a minha cabeça as vezes dá um nó de tanto pensar

Lucas - Eu entendo.- ela me olha.- Quando a Clara ficou grávida do Lucca, eu fiquei um pouco apavorado também. Recém estava começando a me estabilizar financeiramente, às vezes perdia o sono pensando em como seria dali pra frente.- ela deixa cair algumas lágrimas.- Eu entendo o que cê está sentindo.- limpo suas lágrimas com os polegares.- Mas vai dar tudo certo, vai ficar tudo bem.

Mafe - Eu não queria ser mãe, pelo menos não agora... Mas eu não quero ficar falando isso e nem pensando nisso, porque não quero que ele ou ela se sinta rejeitado, sei lá, mas é inevitável eu sentir isso. Eu devo ser uma péssima pessoa.- desabafo e ele se aproxima me abraçando.

Lucas - Cê não é nada disso, cê só está insegura e é normal. Aconteceu em um momento que cê não esperava e cê está confusa. Isso não faz de você uma péssima pessoa e muito menos uma péssima mãe.

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