03 - Roma

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Hong Cha-young, Roma - Itália

Depois de mais de 13 horas de voo, finalmente estou na Itália, e mais perto dele, que é a parte que mais importa

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Depois de mais de 13 horas de voo, finalmente estou na Itália, e mais perto dele, que é a parte que mais importa.

O voo não foi de todo ruim, pois viajar na primeira classe é uma experiência sensacional, mas ainda assim é muito cansativo ficar mais de treze horas sentada.

Depois de pegar minhas malas, vou até o saguão do aeroporto procurar por ele ou Luca, os dois únicos seres humanos que conheço por aqui. Enquanto olhava para todos os lados à procura de alguém, esbarrei num homem sem querer.

Cha-young: Signore, mi dispiace.  Ero distratto cercando un amico e non l'ho visto, mi dispiaceStai bene?  - Já cheguei tendo a chance de colocar meu italiano em prática, pena ser numa situação tão embaraçosa.

(Senhor, me desculpe. Eu estava distraída procurando por um amigo e não o vi, desculpe. O senhor está bem?)

Quando finalmente olho para o homem, acho seu rosto familiar. Após alguns segundos, me lembro dele. Um amigo da época da faculdade.

Han Min-seok: Cha-young? Hong Cha-young da faculdade de direito de Seul? É você?

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Han Min-seok: Cha-young? Hong Cha-young da faculdade de direito de Seul? É você?

Cha-young: Min-seok! Não acredito que encontrei Han Min-seok na Itália! Está de férias por aqui?

Han Min-seok: Não acredito nisso! Moramos no mesmo país, e nos esbarramos em outro continente. Sim, vim para Itália para descansar um pouco e você?

Parei para pensar no que dizer, pois não queria falar que estaria em Malta. Não poderia arriscar nada por causa de Vincenzo.

Cha-young: Vim para visitar um amigo, mas não sei se fico em Roma. Vamos decidir depois que encontrá-lo.

Han Min-seok: Entendi, bom espero que fique em Roma, assim podemos combinar algo juntos, seria bom colocar o papo em dia. Pode levar seu amigo também. Pegue meu cartão, pode me ligar se decidirem ficar na cidade e marcarmos algo.

Eu pego o cartão no exato momento que ouço me chamarem. Quando viro meu rosto na direção da voz, vejo Luca à minha espera.

Cha-young: Encontrei meu amigo, preciso ir. Foi bom te ver.

Min-seok olha na mesma direção que eu e vê Luca com mais dois homens atrás dele.

Han Min-seok: Digo o mesmo. - ele me abraça. - Não esqueça de me ligar, até mais.

Vou em direção a Luca, e percebo que Min-seok acompanha a cena de longe.

Cha-young: Luca! È bello vederti. Anche tu mi sei mancato, non solo il tuo capo. Anche se mi manca di più, mi dispiace.

(Luca! Que bom te ver. Estava com saudades de você também, não só do seu chefe. Apesar de sentir mais falta dele, desculpe)

Luca: Signorina Hong! Anche tu mi sei mancato. Ok, capisco che il signor Cassano è più importante. Non posso credere che tu abbia imparato l'italiano, la tua pronuncia è fantastica. Sarà sorpreso e felice.

(Senhorita Hong! Também estava com saudades. Tudo bem, eu entendo que o Sr. Cassano é mais importante. Não acredito que aprendeu italiano, sua pronúncia está ótima. Ele vai ficar surpreso e feliz.)

Cha-young: Non ho imparato solo l'italiano negli ultimi anni, ho imparato anche altre cose. Possiamo parlarne in macchina, se vuoi.

(Não foi só o italiano que aprendi nesses últimos anos, aprendi outras coisas também. Podemos conversar sobre isso no carro, se quiser.)

Luca: Naturalmente la signorina Hong.  Mi segua, per favore.

(Claro senhorita Hong. Siga-me, por favor.)

Vamos para o carro, seguidos de mais dois homens. Balanço a cabeça negativamente, rindo comigo mesma. Luca me olha com um olhar divertido.

Luca: Do que está rindo, Srta. Hong?

Cha-young: Antes de te responder, pode parar com essa de Srta. Hong, por favor? Me chame de Cha-young.

Luca: Ok, Cha-young. Vou tentar. - ele ri.

Cha-young: Eu estava rindo do seu chefe. Exagerado como sempre, mandando quase um exército apenas para me buscar no aeroporto.

Luca: Entendo, mas o Capo apenas se preocupa com sua segurança, Srta... - olho feio pra ele. - Cha-young! Ele se preocupa com você, Cha-young.

Eu dou risada cara de medo dele.

Cha-young: Eu sei e, apesar de achar um exagero, acho um pouco lisonjeiro da parte dele também. Então, onde ele está?

Luca: Ele está lhe esperando no apartamento. Não veio, pois estava preparando algumas coisas para você.

Eu assinto e entramos no carro. No caminho até o apartamento de Vincenzo, vou conversando com Luca.

Contei a ele tudo que aprendi além do italiano. Ele ficou incrédulo ao descobrir sobre minhas aulas de tiro, jiu-jitsu, boxe e direção defensiva.

Luca: Uau, Cha-young! Estava esperando uma guerra? - ele ri.

Cha-young: Sim e não. Não havia nada que pudesse gerar uma guerra, mas a minha convivência com Vincenzo me ensinou que não podemos ser pegos de surpresa. Além de que, deixava minha mente sempre ocupada.

Ele sorri e concorda. Logo chegamos ao prédio onde fica o apartamento de Vincenzo. Descemos do carro e Luca se dirige a mim.

Luca: Cha-young, posso lhe perguntar uma coisa antes de subir?

Cha-young: Sim, claro. - respondo, achando estranha a postura dele.

Luca: No aeroporto, vi um homem falando com você, ele estava lhe importunando?

Sorrio, agora entendendo tudo. Ele não podia se aproximar de nós, devido não ser uma área comum do aeroporto. Respondi, tranquilizando Luca.

Cha-young: Han Min-seok? Não, eu literalmente esbarrei nele por acaso. Então vi que era um antigo colega de faculdade, que está de férias aqui em Roma. Ele queria marcar algo para colocarmos o papo em dia, mas como não ficarei aqui, eu recusei. Mas fique tranquilo, não disse nada sobre Malta. Apenas disse que decidiria para onde ir, depois.

Luca: Entendi. Me desculpe se fui indelicado ao perguntar isso. É que, como disse antes, o Sr. Cassano se preocupa muito com sua segurança, e como não podíamos nos aproximar, fiquei preocupado também.

Cha-young: Luca, tudo bem. Seu chefe não vai te matar hoje. Fique tranquilo. - damos risada. - Vamos subir?

Luca: Pode ir subindo, já chego com sua bagagem. - Ele aperta o botão da cobertura, depois coloca uma senha e me deixa no elevador. - Não demoro com suas coisas, boa noite Cha-young.

Cha-young: Boa noite, Luca. Obrigada.

As portas do elevador se fecham. Eu começo a ficar mais nervosa, ele está mais perto, apenas alguns andares e poderei vê-lo.

Vincenzo - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora