À medida que as semanas avançavam, a Fortaleza Vermelha parecia abrigar não apenas o peso do luto, mas também o de um relacionamento em frangalhos. O que parecia um esforço sincero para reconstruir a paz entre Aemond e Visenya estava rapidamente se transformando em uma arena de disputas e ressentimentos. O ambiente opressivo e tenso era um reflexo fiel da deterioração de sua relação.
Visenya, cujo luto parecia estar lentamente cedendo, não estava disposta a aceitar o papel passivo que Aemond tentava lhe impor. Seus comentários carregados de sarcasmo e desafio não eram apenas um reflexo de sua frustração, mas também uma maneira de confrontar a percepção de poder e autoridade que Aemond mantinha.
" Hen ao lentor se dāelza hen ao nyke, Aemond." Visenya proferiu, seu sorriso carregado de sarcasmo. " Kesīr va adrozy ondoso kesrysa, daor Aemond nyke gevie epti rēbagon."(-Seu olhar destila um veneno que supera qualquer lâmina, Aemond. - Deveria agradecer por eu não ser tão letal quanto sua própria sombra)
A resposta era automática, a raiva pulsando através de minhas veias." Hen skoriot dāezmīr syt ēdruta, Visenya. Dārī prūmagon kesīr tolie hen qringon ao lentor iksībagon lentor."( Talvez seja hora de aprender seu lugar, Visenya. Uma esposa não deveria desafiar seu marido com tanta insolência.)
Ela riu, uma risada que reverberava desafio. "Dārī prūmagon kesīr qringon ao hāedar hen ēdruta ondoso iksan, Aemond. Morghot se qemmos hen azantys jikagon, nyke mērī istan se hen... gēlion."(Um marido deveria merecer o respeito de sua esposa antes de exigi-lo. Talvez se você mostrasse mais do homem por trás do título, eu poderia considerar ser menos... incisiva.)
O intercâmbio se tornava cada vez mais amargo e incisivo, e a dinâmica que antes sustentava uma relação de respeito e parceria estava se desmoronando. Visenya não estava disposta a submeter-se sem resistência, e suas palavras mordazes eram uma tentativa de recuperar o controle perdido.
O salão de audiência, normalmente um espaço de dignidade e decisão, agora estava saturado com a tensão de sua disputa. Os nobres e conselheiros, acostumados com a presença autoritária e a soberania de Aemond, estavam visivelmente desconfortáveis, mas cautelosos em não intervir.
Aemond, sentindo o peso das palavras de Visenya, tentava se manter firme. Sua tentativa de restaurar a ordem e afirmar sua autoridade estava se esvaindo frente ao desafio constante de sua esposa. A frustração e a impotência começaram a transparecer em seu comportamento, e a necessidade de controle se manifestava de maneira cada vez mais evidente.
Aemond, com voz endurecida: "Visenya, este não é o lugar para tuas provocações. Há limites para o que uma esposa pode desafiar e esperar que a ordem permaneça."
À medida que a discussão chegava ao clímax, Aemond e Visenya estavam frente a frente em uma batalha emocional que parecia insuperável. A frustração de Aemond em manter o respeito e a autoridade, combinada com a recusa de Visenya em submeter-se sem resistência, criava um campo de batalha interno que ameaçava consumir ambos.
Visenya, com um olhar de desespero: "Aemond, tu não compreendes que não é apenas uma questão de respeito. É sobre a dignidade e o reconhecimento que não tens dado a mim como indivíduo, mas apenas como uma peça em teu jogo de poder."
O silêncio que se seguiu era pesado, e a atmosfera na Fortaleza Vermelha estava carregada de um sentimento de iminente colapso. A relação entre Aemond e Visenya estava à beira de um abismo, e a ideia de reparar as rachaduras parecia cada vez mais distante.
A Fortaleza Vermelha, uma vez símbolo de unidade e poder, tornara-se o palco de um drama pessoal que desafiava as fundações de sua estrutura. A relação entre Aemond e Visenya, marcada por confrontos e desentendimentos, estava em um ponto crítico. As esperanças de reconstruir a harmonia estavam se esvaindo, e o futuro de sua aliança estava envolto em incertezas e tensões que ameaçavam desintegrar o que restava de sua parceria.
Neste cenário, a fortaleza se tornava mais do que um espaço físico; era o espelho das lutas internas e das batalhas emocionais que agora definem o destino de seus habitantes. O que restava era a luta para restaurar a estabilidade ou, talvez, a aceitação de que algumas rachaduras eram irreparáveis, e que o caminho adiante talvez exigisse uma reavaliação fundamental do que era possível salvar.
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Entre Sombras e Dragões- Aemond Targaryen
Fanfiction1° Livro da Duologia: "As Crônicas dos Dragões e Sombras" Em um período de crescente tensão e traição, Visenya Baratheon, uma princesa de espírito indomável, e Aemond Targaryen, um príncipe marcado por seu passado tumultuado, enfrentam uma batalha n...