Entre Sombras e Dragões- Aemond Targaryen

Entre Lutas e Amores

A paz em Rochedo do Dragão era frágil, uma harmonia construída sobre alianças cuidadosamente equilibradas. Aemond e eu, agora renovados em nossos votos, enfrentávamos desafios que iam além das fronteiras de nosso relacionamento.

As tensões na corte não tardaram a se manifestar. O reino, sempre à beira do conflito, demandava a presença de Aemond em questões militares. Guerras antigas ressurgiam, e com elas, a necessidade de proteger Rochedo do Dragão. A espada que havia descansado por um breve período estava novamente em suas mãos, e a batalha chamava por ele com urgência.

Aemond, em sua inabalável determinação, preparou-se para partir, e na noite anterior à sua partida, compartilhamos um momento de quietude em nossos aposentos.

"Aemond, sei que o dever o chama, mas saiba que meu coração o acompanha em cada passo que der no campo de batalha."

"Visenya, sua força me sustenta. Prometo que retornarei para você, não importa o que aconteça."

Com um último beijo e um olhar que dizia mais do que as palavras podiam expressar, ele partiu para a guerra, deixando-me em meio às intrigas palacianas e conspirações. Na sua ausência, minha influência crescia, e, com ela, a responsabilidade de manter a estabilidade na Fortaleza Vermelha.

Os corredores da corte estavam repletos de murmúrios, e o desafio de manter a paz interna tornava-se cada vez mais árduo. As sombras do poder sussurravam promessas tentadoras, enquanto a corte se dividia em facções em busca de vantagens. A lealdade tornou-se uma mercadoria rara, e eu, navegando pelos corredores traiçoeiros da política, buscava equilibrar o peso de um sobrenome com a necessidade de proteger aqueles que amava.

Os dias se arrastavam, e o eco das batalhas chegava como uma canção sombria aos meus ouvidos. Em meio ao caos, uma trégua silenciosa se formava nas noites de espera.

As cartas de Aemond eram meu consolo e minha âncora. Cada linha escrita por ele me conectava a um amor que transcendia a distância e a guerra.

Aemond (por carta): "Minha Visenya, enquanto as lanças se chocam e os tambores de guerra ecoam, meu pensamento persiste em você. Em cada investida, vejo seus olhos, e a lembrança de seus votos renovados se torna minha armadura. A guerra pode ser cruel, mas nossa união é inquebrantável. Aguardo o dia em que retornarei aos seus braços."

As sombras da incerteza pairavam, e eu, envolta em vestes de comandante e esposa, assumia o papel de guardiã da fortaleza. Conspiradores tramavam nas sombras, tentando minar a estabilidade construída com tanto esmero. Em meio a intrigas, percebi que a força de Rochedo do Dragão residia não apenas em suas muralhas.

Em uma dessas noites, sob o manto da escuridão, encontrei-me com Christopher, o cavaleiro de confiança de Aemond, após a morte de Oton. Após o falecimento deste último, Aemond exigiu que outro cavaleiro leal fosse designado. Seus olhos, leais e compreensivos, buscavam os meus em busca de orientação.

Christopher: "Princesa, as sombras da traição crescem. Seria prudente fortalecer nossas alianças, mas com cuidado. Nem todos que se aproximam oferecem lealdade verdadeira."

Assenti, ciente de que a política da corte era uma dança complexa, onde um passo em falso podia levar à ruína. Entre compromissos e decisões cruciais, senti a gravidade da coroa sobre minha cabeça.

Visenya: "Christopher, precisamos manter nossos ouvidos atentos e nossos aliados mais próximos. Nas sombras, onde as intrigas se entrelaçam, encontraremos nossa força. Mantenha a guarda, meu amigo. Aemond confia em sua vigilância, e eu confio em você."

Christopher, com um gesto de respeito, afastou-se, deixando-me diante das sombras que dançavam nos corredores da Fortaleza Vermelha. Suas palavras serviram como um lembrete da constante vigilância necessária para proteger o que construímos.

Naqueles momentos de solidão e silêncio, as palavras de Aemond ecoavam em minha mente, lembrando-me de que, mesmo na distância, nosso amor e compromisso eram o farol que iluminaria o caminho rumo à estabilidade. Enquanto a guerra rugia lá fora, eu, Visenya Targaryen, permanecia como a sentinela fiel nas sombras da Fortaleza, determinada a proteger tudo o que nos era querido.

Cada dia era uma batalha por si só, mas, com determinação e amor como guias, enfrentava os desafios que surgiam, mantendo viva a esperança de um futuro onde a paz e o amor prevaleceriam.