Entre Sombras e Dragões- Aemond Targaryen

Renascimento sob as Estrelas

O aniversário de Visenya se aproximava, e a atmosfera na Fortaleza Vermelha estava carregada de expectativas. As festividades planejadas para celebrar mais um ano de vida da princesa haviam envolvido todos os cantos do castelo em uma frenética preparação. Os corredores reais ecoavam com o burburinho dos preparativos, enquanto bandeiras e decorações tingiam o ambiente com as cores da casa Targaryen.

Visenya, apesar dos desafios recentes, aguardava com alegria a celebração. A perspectiva de ver Rhaenyra, sua cunhada, na festa adicionava um toque especial à ocasião, prometendo risos e memórias compartilhadas. As duas sempre foram próximas, suas conexões tão fortes quanto o sangue de dragão que corriam em suas veias.

No grande salão, decorado com tapeçarias que testemunharam a história dos Targaryen, Visenya observava a chegada de seus pais, a nobre princesa Alyssa Targaryen e Orys Baratheon. A visão deles, majestosa e digna, enchia seu coração de alegria e orgulho. Eles eram não apenas seus pais, mas também pilares da linhagem que ela carregava com reverência e determinação.

"Minha querida Visenya", disse Alyssa, envolvendo-a em um abraço caloroso. O perfume de rosas da mãe envolvia Visenya, confortando-a. "Que este dia seja repleto de alegrias e que as estrelas celebrem contigo."

A presença de Orys Baratheon, figura paterna e protetora, trouxe uma sensação de segurança para Visenya. Ele sempre fora uma âncora, alguém em quem ela podia confiar incondicionalmente. Juntos, formavam uma família que transcendia as complexidades das alianças e rivalidades de Westeros, um porto seguro em meio à tempestade política que muitas vezes varria a terra.

Ao longo do dia, Visenya recebeu os parabéns de cortesãos, membros da família e amigos próximos. Cada sorriso, cada gesto de carinho, era uma prova de que a luz do renascimento brilhava sobre ela. Entre as congratulações, uma carta de Rhaenyra chegou, carregando palavras de afeto e a promessa da irmã de estar presente para celebrar. A expectativa do reencontro aquecia o coração de Visenya.

À medida que a noite caía e as estrelas pontilhavam o céu, Visenya se dirigiu para os jardins da Fortaleza Vermelha, encontrando um refúgio sob o manto celeste. Sentada junto à Fonte das Rainhas, ela contemplava as águas que refletiam as estrelas, cada uma delas contando uma história cósmica. Ali, sozinha com seus pensamentos, ela se permitia um momento de introspecção.

"Para onde você foi, pequeno ser celestial?" pensou Visenya, referindo-se à vida que se perdera em sua tragédia pessoal. Apesar da dor ainda presente, havia uma aceitação crescente dentro dela. As estrelas acima pareciam sussurrar promessas de renovação, de ciclos eternos de vida e morte, lembrando-a de que a esperança sempre poderia ser encontrada, mesmo nos momentos mais sombrios.

De volta aos aposentos reais, Visenya agradeceu aos deuses pela presença de sua família e pela luz que se infiltrava mesmo nas sombras do passado. O banquete em sua homenagem começou, e a alegria contagiante da celebração enchia o salão. Risos e música dançavam no ar, envolvendo todos em uma aura de felicidade compartilhada.

Em meio às festividades, Visenya, erguendo sua taça, propôs um brinde: "À vida, à família e ao renascimento. Que possamos encontrar luz mesmo nas noites mais escuras."

Os convidados ergueram suas taças em uníssono, e o salão ressoou com cânticos de celebração. O som dos cálices tilintando era música para os ouvidos de Visenya. Ela, rodeada por amor e apoio, sentia-se verdadeiramente viva sob as estrelas que testemunhavam seu renascimento.

A presença de Rhaenyra, quando finalmente chegou, foi um ponto alto da noite. As duas cunhadas se abraçaram, suas risadas misturando-se aos sons da festa. "Nunca duvidei que você encontraria o caminho de volta para a luz, Visenya," disse Rhaenyra com um sorriso.

O futuro, antes obscurecido pelas sombras, parecia agora repleto de promessas de esperança e novos começos. Visenya sabia que, independentemente dos desafios que ainda estavam por vir, ela estava cercada por aqueles que a amavam e apoiavam. Juntos, poderiam enfrentar qualquer tempestade. E assim, sob o brilho eterno das estrelas, ela permitiu-se acreditar em um amanhã mais brilhante.